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José de Anchieta (1534-1597)
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      1573
Grou
Atualizado em 25/02/2025 04:46:42
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A verdade é que o primeiro Domingos Luís Grou possuía uma data de terra, que vizinhava com a sesmaria concedida aos índios de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba, como reza a provisão de Jerônimo Leitão passada a 12 de outubro de 1582, em S. Vicente, e registrada na Câmara da vila de S. Paulo em 26 de agosto de 1522 (Registro Geral,vol. 1º, págs. 354 a 357).

Citando o Pe. Simão de Vasconcelos, na vidado Pe. José de Anchieta, Antônio de Alcântara Machado narra que noano de 1570, dois moradores de S. Paulo “um deles nobre e conhecidopor Domingos Luís Grou, ambos casados e ambos com família” tendocometido um assassinato fugiram com os seus para o sertão, metendo-se de companhia com os bárbaros, que estavam com os nossos em guerra, estimulando-os a que acometessem e pondo em assombro e medo toda a capitania”. Nessa ocasião Anchieta resolveu intervir conjurando o perigo. Obteve dos camaristas “salvo-conduto e perdão daqueles delinqüentes” [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 180]

e em companhia do Pe. Salvador Rodrigues e do secular Manuel Veloso e de alguns índios desceu o Anhembi. A canoa em que iam, naufragou e o Pe. Anchieta foi salvo por um índio, e o lugar, que era encachoeirado, ficou a chamar-se Abaremanduava que quer dizer “cachoeira do Padre” (Cartas, Jesuíticas, vol. 3º, pág. 554).

É esse sem dúvida o episódio referido pelo Padre Pedro Rodrigues na vida do Padre José de Anchieta (Anais da Biblioteca Nacional, vol. 29, pág. 219) quando conta que “sucedeu que dois homens, de consciências largas e de nome, temendo o castigo de suas grandes culpas, se levantaram e com suas famílias, se foram meter com os gentios inimigos pelo que, com razão, se temiam não viessem com poder de gente a destruir a capitania.

Vendo o Pe. José que não havia contra esse perigo forças humanas e confiado só nas de Deus se determinou de ir em pessoa a buscar os alevantados e reduzi-los a obediência do seu capitão levando-lhes largos perdões de todo o passado. Foi com ele o Pe. Vicente Rodrigues e outros homens e um índio esforçado”. Houve o naufrágio da canoa em que iam e o índio salvou o Pe. Anchieta, depois de dois mergulhos, que duraram meia hora debaixo d’água. Trouxe o Padre Anchieta os dois homens alevantados para a vila.

Mas, daí a um ano, um desses homens (e que não é nomeado) “quis tornar ao sertão, mas o capitão recusou-lhe a licença, e por isso ele o maltratou por tal forma que um filho do capitão o matou a frechadas. O episódio do naufrágio foi posteriormente a 1572, quando Anchieta veio a S. Vicente com o Bispo D. Pedro Leitão e o Visitador daCompanhia Pe. Ignácio de Azevedo.

Com Antônio de Macedo, filho de João Ramalho, DomingosLuís Grou e mais 50 homens fizeram uma entrada ao sertão, que muitopreocupou a Câmara da vila de S. Paulo, supondo-os todos mortos pelos índios, o que a levou a fazer em 1590 um ofício ao Cap. JerônimoLeitão tudo narrando com minúcias (Atas, vol. 1º, págs. 388 a 390).

Um filho de Domingos Luís Grou, de nome Mateus Luís Grou, meio sangue indígena, já foi o cabo da entrada ao sertão de Ibiaguira; uma filha, Hilária Luís, casou-se com Belchior Dias Carneiro, outro meio sangue indígena, neto de Tibiriçá (vol. 2º, pág. 111), que morreu em 1607, no sertão dos Bilreiros, para o lado dos Carijós, comandando uma bandeira que, a pretexto de procurar metais, fora cativar índios para trabalhar nas minas de ferro, por determinação de Diogo de Quadros e era cunhado de Mateus Luís Grou; e outra filha – Maria Luís Grou – casou-se com Simão Álvares, outro mestiço índio, um dos comandantes de terço das tropas de Antônio Raposo Tavares o destruidor das reduções do Guairá.

Domingos Luís Grou desapareceu na entrada, a que se referea Câmara, feita com Antônio de Macedo, devorado pelos índios.Encontra-se a confirmação de sua morte em 4 de Junho de1594, conforme deduzo do seguinte extrato por mim feito em 1902,dum livro de notas da vila de S. Paulo, do tabelião Belchior da Costa,que me foi confiado pelo Dr. Luís Gonzaga da Silva Leme – livro muitoestragado–ea quem logo o restituí.“1594 – Junho – 4. Maria Afonso, viúva de Marcos “Fernandes dá em dote a sua filha Francisca Alvares, para “que se case comAntonio de Zouro, um pedaço de chão, terça “parte da data da câmarapegado a outro que ela comprou de “Domingos Luís Grou, já defunto,e pegado com a data de “Gaspar Collaço Villela no arrabalde da villa deS. Paulo”, e “também vende parte desses chãos a seu sobrinho AlonsoFeres “Calhamares casado com sua sobrinha...[“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Páginas 181 e 182]



 Fontes (1)

 1° fonte/2024   

Consulta em geni.com
Data: 2024




[4458] Consulta em geni.com
09/07/2024


Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII
Data: 01/01/2013
Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181


ID: 5979





  


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