Clemente Álvares, paulista, mineiro prático e sertanista, que desde 1588 explorou minérios nos entornos de São Paulo (...) [“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII”, 1954. Francisco de Assis Carvalho Franco. Páginas 26 e 27]
Em 1588 Clemente aprendia o oficio de ferreiro com Domingos Fernandes. Foi ativo sertanista, descobridor de minas de ferro e ouro. [Projeto Compartilhar, Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira. projetocompartilhar.org /Familia/ClementeAlvares.htm]
Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.
Na sessão de 15 de abril de 1588, o procurador do Conselho Gonçalo Pires, dizia aos seus companheiros de Câmara: "O povo clamava da pouca justiça, mòrmente se agravava de grande carestia e desordem do mestre ferreiro". Este era Domingos Fernandes, que acabava sendo intimidado a mandar seus aprendizes à vila, a fim de que a Câmara fizesse as diligências necessárias para a apuração do caso. Os aprendizes depuseram esclarecendo que o Mestre ferreiro realmente não obedecia às posturas municipais e que, para dificultar a observação da tabela de preços por parte dos fregueses, a colocara numa haste tão alta que ninguém a poderia ler. E acrescentavam que se alguém protestava contra aquilo, dizia que trouxessem uma escada para facilitar a leitura. As Atas, infelizmente, não nos contam o final do episódio, que revela, entretanto, o senso de humor e as manhas de um velho ferreiro. [História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca. Páginas 45 e 46]
A Câmara da São Paulo quinhentista preocupou-se com o ofício de ferreiro. Ter-se-ia elaborado regimento ao mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”, relativo às foices roçadeiras caçadas e descalçadas, enxadas, machados, e cunhas de resgate, pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes e verdugos de engenho cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou o carvão.
Em 1588 também houve problemas com esse mesmo ferreiro, acusado de desordem e abuso. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa. No mesmo ano, a Câmara da Vila de São Paulo solicitou ferros, sem os quais não se poderiam promover castigos.
[23985] S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay 01/01/1920 [27311] História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca 01/01/1961 [23603] Inventários e Testamentos como documentos linguísticos LXXXIX, Célia Maria Moraes de Castilho. Universidade de São Paulo 01/01/2011 [24423] Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo 01/01/2012
Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema Data: 01/01/2012 Créditos/Fonte: Eduardo Tomasevicius Filho Página 41
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“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” Data: 01/01/1954 Créditos/Fonte: Francisco de Assis Carvalho Franco Página 26
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“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” Data: 01/01/1954 Créditos/Fonte: Francisco de Assis Carvalho Franco Página 27
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Clemente Data: 01/01/1606 Créditos/Fonte: Boigy "Cadernos da Divisção do Arquivo Histórico e Pedagógico Municipal" 01/01/1606
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!