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RASUL
“Caçador do Eldorado” teria ido à Portugal e à Espanha negociar a localização das minas 01/01/1600 2 fontes 1° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
2° fonte: Belchior Dias Moréia. Consulta e Wikipedia As primeiras minas de prata haviam sido descobertas no Brasil por Gabriel Soares de Sousa, que morreu em 1592, cronista e explorador. Era primo de Belchior Dias Moréia, que com ele aprendeu a varar os sertões da Bahia e de Sergipe, em busca de ouro e prata, mas estava a serviço dos reis da Espanha. Atraiu com isso o interesse de Belchior, que veio se estabelecer na terra. Após dez anos de pesquisa, anunciou a descoberta das minas de prata. As supostas minas de Itabaiana jamais foram encontradas. Se foram descobertas, como afirmava ele, o segredo ficou guardado. Pedindo mercês em troca da informação sobre o local das minas, Belchior foi a Portugal e de lá à Espanha, em 1600, para conseguir um título de nobreza. Demorou-se quatro anos, sem sucesso. Voltaria duas vezes à Europa com novos insucessos. Os governadores Luís de Sousa, de Pernambuco, e D. Francisco de Sousa, da Bahia, marcaram encontro com Belchior Dias Moreia e viajaram juntos para Itabaiana, para marcar a localização das minas. Negando-se a mostrar o local enquanto não fosse recompensado com as mercês, Belchior Dias Moréia foi preso e passou dois anos na cadeia.
Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador 01/01/1600 3 fontes 1° fonte: “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
3° fonte: Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo Segundo Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855): Em 1602, voltando o governador para Portugal deixou a fundição a seu filho D. Antonio de Sousa a quem propriamente Sardinha fizera o presente. Deste recebeu-a Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo. [Página 203]
A documentação da Câmara de São Paulo registra que um engenho de ferro foi construído em 1660 na região do Ibirapuera, que teve como sócios D. Francisco de Sousa e Afonso Sardinha, cuja escritura de sociedade foi lavrada pelo tabelião Simão Borges de Cerqueiro. Um segundo engenho estaria supostamente instalado às margens do Rio Jerubatuba (atual Pinheiros), nas proximidades do baixo de Santo Amaro. Não restam dúvidas que os únicos engenhos de ferro conhecidos nesse período se localizavam em Araçoiaba.
Esses fornos tornaram-se famosos, porque são considerados como os verdadeiros precursores da siderurgia brasileira, ou ainda, a primeira fábrica de ferro do Brasil, por terem sido construídos em 1599 e a documentação da Câmara de São Paulo registrar a escritura de compra e venda dos fornos do Ibirapuera como ocorrida em 1600, isto é, após os fornos de Biraçoiaba. [Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho]
Chegou a São Paulo 01/01/1600 1 fontes 1° fonte: Um neerlandês em São Paulo, Jacyntho José Lins Brandão D. Francisco entregou-se às pesquisas de metais na região. Até julho de 1601 a comitiva governamental desceu à costa por três vezes, indo aos rios "Araçoiaba, Jaraguá, Ibituruna e a outros". "Acompanhou-o Geraldo Beting, esse fidalgo português em todas as expedições que partiram de São Paulo". Também conhecido como Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting. Natural de Doesburg, Geldrie, Holanda. Engenheiro, veio para o Brasil, na companhia do governador D. Francisco de Souza, posteriormente a 1591, para trabalhar em pesquisas minerais, vivendo na Bahia até o ano de 1600 e passando para São Paulo após essa data. Acompanhou o governador em suas incursões à costa, aos rios Araçoiaba, Jaraguá e Ibituruna, acontecidas até julho de 1601.
Vindo da Bahia com o Governador D. Francisco de Souza (como trataremos adiante), transferiu-se para São Paulo, onde fixou residência e se casou com Custódia Dias. Era Custódia filha de Manoel Fernandes Ramos.
Carta dos camaristas de São Paulo 13/01/1600 2 fontes 1° fonte: Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História
D. Francisco de Souza refere-se apenas ao ouro de Montesserrate e não ao ferro; isto porque essas minas localizavam se na serra de Jaraguá e não em Araçoiaba, conforme a carta que a Câmara de São Paulo dirige ao donatário da Capitania a 13 de janeiro de 1606.
Nesse documento os vereadores confirmàm que "muito tem a terra que dar, é grande, fértil de mantimentos e muitas aguas e lenhas grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro .. , mais ha na serra de Biraçoiaba, 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastade e perto dali como 3 léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá 60 léguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate ... ".
Ora, Jaraguá distancia-se da capital de São Paulo, aproximadamente 3 léguas e meia e portando seria de estranhar que a denominação minas de Montesserrate abrangesse o sítio bem mais longínqüo das serras de Araçoiaba, mesmo que a ela se atribuíssem as regiões adjacentes de Jaraguá.
Aliás, em linha reta dista aproximadamente 90 km a Serra de Araçoiaba da Serra do Jaraguá. Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso. [Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História, 1965. Páginas 185 e 186]
2° fonte: “Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda E se a imagem serrana das vizinhanças de São Paulo ainda não falasse bastante à sua imaginação, outros motivos, em particular a suspeita de que estando ali se acharia mais perto do Peru, por conseguinte das sonhadas minas de prata e ouro, poderiam militar em favor da escolha que fêz dessa vila para lugar de residência. Justamente pela época em que andaria na côrte da Espanha a pleitear junto ao Duque de Lerma e Filipe III sua nomeação para a conquista, benefício e administração das minas das três capitanias do Sul, devera ter chegado às mãos do donatário de São Vicente, aparentado seu, uma carta dos camaristas de São Paulo com data de janeiro de 1600, que era de natureza a suportar tais ambições e ainda mais corroborar suas ilusões acêrca da distância entre aquela vila e o Peru.
A carta é, antes de tudo, um cerrado libelo contra os capitães, ouvidores e até governadores-gerais que segundo diz, não entendiam e nem estudavam senão como haviam de "esfolar, destruir e afrontar" o povo de São Paulo.
Para dar remédio a tais malefícios, pede-se ao donatário que, por sua pessoa, ou "coisa muito sua", trate de acudir com brevidade à terra que o Senhor Martim Afonso de Sousa ganhou e Sua Majestade lhe deu com tão avantajadas mercês e favores.
E para mostrar a bondade da mesma terra, referem-se os oficiais da Câmara entre outras coisas, às minas, exploradas ou não, que nela se acham, a de Caatiba, de onde se tirou o primeiro ouro, e ainda a serra que vai dali para o norte - "haverá sessenta léguas de cordilheira de terra alta, que tôda leva ouro" -, além do ferro de Santo Amaro, já em exploração, e o de Biraçoiaba, que é região mais larga e abastada, e também do muito algodão, da muita madeira, de outros muitos achegos, tudo, enfim, quanto é preciso para nela fazer-se "um grande reino a Sua Majestade".
Ao lado disso, fala-se também no grande meneio e trato com o Peru e na presença de "mais de 300 homens portuguêses, fora seus índios escravos, que serão mais de 1500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Peru por terra, e isto não é fábula" [M. E. de AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 11, págs. 224 e segs. Cf. também ACSP, li, págs. 497 e segs., onde vem reproduzida a carta dos camaristas de São Paulo, de acôrdo com o texto anteriormente impresso por Azevedo Marques.].
Sôbre a distância entre o litoral atlântico e os Andes são muitas vêzes imprecisas e discordes as notícias da época, e já se sabe como a idéia de que os famosos tesouros peruanos eram vulneráveis do lado do Brasil, chegara a preocupar a própria Coroa de Castela nos dias [Visão do Paraíso, 1969. Sérgio Buarque de Holanda. Páginas 94 e 95]
Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba 01/02/1600 1 fontes 1° fonte: Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História De fato, não tendo ainda sido publicado o regimento das terras minerais, a fim de poder regulamentar a extração das riquezas de subsolo, em fevereiro de 1600 o governador geral expedia da vila de São Paulo, um mandado para que "todas as pessoas que quiserem ir ou mandar sua gente tirar ouro ás minas de Nossa Senhora de Monserrate para onde ele, dito senhor governador parte quarta-feira, com o favor de Deus possa tirar o dito ouro das ditas minas, pagando os quintos dele á sua magestade, registando em cada semana..."
Está em Santos 24/03/1600 2 fontes 1° fonte: Vultos e episódios do Brasil, 1932. Baptista Ferreira
2° fonte: “História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara 06/06/1600 3 fontes 1° fonte: Vultos e episódios do Brasil, 1932. Baptista Ferreira É difícil reconstituir-lhe os pagos em São Paulo. Em 24 de março de 1600 e a 27 de julho de 1601 estava em Santos. Em 26 de junho de 1600, armando cavaleiro Sebastião de Freitas, fala na minas de Biraçoyava e outras por onde andou e na ilha de Santos por ter novas de andarem por São Sebastião quatro velas inimigas.
2° fonte: “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) Sebastião de Freitas, por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.
Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."
3° fonte: “História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
D. Francisco 20/06/1600 5 fontes 1° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (Antonio Raposo) ter vindo de Hespanha na armada real que ia para o estreito de Magalhães na qual vinha por general dela Diogo Flores de Valdez e nela veio até esta capitania de São Vicente e depois disto esteve em o forte que está situado na barra desta capitania a sua custa sem receber soldo e depois disto vindo eu a esta capitania ao descobrimento destas minas de ouro e prata e mais metais me acompanhou o dito Antonio Raposo a serra de Biraçoiaba e Caativa, e Bituruna com sua pessoa e escravizados e depois disto me acompanhou ás minas de ouro de Jaraguá e depois disto tendo eu aviso que na barra desta capitania andavam alguns inimigos corsários e indo eu de socorro ao Porto da Vila de Santos me acompanhou sempre com sua pessoa e armas, e escravizados e tornando eu outra vez de socorro a tomar uma urca de holandezes e irlandeses que no dito porto estava me acompanhou ...
2° fonte: Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História Além do mais, em fins do século XVI, segundo expressão de Azevedo Marques, foi tão abundante a extração do ouro nessa serra, que se chamou "Perú do Brasil" (76) e de fato, D. Francisco de Souza na provisão de 1600 refere-se específica e unicamente à exploração do metal precioso.
3° fonte: “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
4° fonte: Vultos e episódios do Brasil, 1932. Baptista Ferreira
5° fonte: Antonio Raposo, o Velho. Consulta em genearc.net
Nomeação 08/08/1600 1 fontes 1° fonte: Consulta em projeto compartilhar Em 1600 foi nomeado capitão dos índios da aldeia de São Miguel, e mais tarde da aldeia de Guarapiranga.
RGCSP – I, 83- Provisão de Capitão dos índios de S Miguel
Dom Francisco de Souza do conselho de el-rei....por confiar de João Soares morador nesta villa de sam paulo... o encarrego ora de capitão da Aldeia de S Miguel dos índios forros... a qual provisão aqui trasladei hoje oito de agosto de mil e seiscentos anos Belchior da Costa o escreví.
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