Quase que imediatamente a morte de D. Francisco de Souza, Antonio de Añasco, comunicava, com pesar, o falecimento de D. Francisco, dando como motivo o desgosto pela falsa notícia da morte do filho D. Antonio, colhido por piratas argelinos, em alto mar, enquanto levava presentes de ouro a El-Rei. Curioso como Añasco praticamente chegou às portas da vila de São Paulo, justo na região das minas de Montesserrate e Araçoiaba.
Ainda em 1611, morria, na vila de São Paulo, o governador Francisco de Souza e seu filho, Luis de Souza, herdava o governo. Este emitiu uma comissão para que os caciques do Guairá, que quisessem ir a São Paulo aldear-se com seus parentes ou trabalhar nas minas, fossem autorizados a seguir o capitão Pedro Vaz de Barros,enviado à região. Pedro Vaz e Antonio de Añasco se encontraram em Itanguá-Mirim,próxima à atual Sorocaba, depois que o tenente guairenho seguiu os índios e seus caciques, que atenderam à comissão e migraram em massa a São Paulo.
Curioso como Añasco praticamente chegou às portas da vila de São Paulo, justo na região das minas de Montesserrate e Araçoiaba. O tenente, que já devia conhecer Pedro Vaz, senão pessoalmente, de nome (pois, em 1603, quando enviou os quatro soldados a São Paulo, Pedro Vaz era capitão da vila), endereçou uma carta ao governador Diego Negrón em que relatava o encontro.
Nela, comunicava, com pesar, o falecimento de D. Francisco, dando como motivo o desgosto pela morte do filho D. Antonio, e também contava como havia seguido os caciques e suas tribos até as proximidades com São Paulo. Segundo Añasco, Pedro Vaz dizia que fora buscar os caciques com ordem dos padres jesuítas de São Paulo, mas diante da força de seus argumentos, sem, contudo, precisá-los, o capitão português acabou apresentando a comissão do governador Luis de Souza. Añasco ainda voltaria ao Guairá com uma parte dos caciques e índios, mas os encontros entre guairenhos e paulistas pelos sertões não terminaram aí. [p.153]
O Araçoiaba era para ele uma montanha que se denominava "serro de Nossa Senhora do Monte Serrate, que tem o círculo de cinco léguas, de cujas fraldas extraem os portugueses muito ouro de 23 quilates e em seu cume, encontram-se muitas betas de prata; perto desse serro, d. Francisco de Sousa, cavaleiro daquela nação, fundou um povoado que continua dedicando-se ao benefício dessas minas de ouro e prata". Não encontrara no entanto o fidalgo português nesse local os metais nobres que tanto ambicionava. E mergulhado no isolamento dessas paragens desde janeiro de 1611, desamparado de toda sua antiga comitiva e de todo seu antigo fausto, veio por fim a perecer, em meados de junho, com o mais humilde e desabaratado dos seus antigos caminheiros do desconhecido.
Da melancolia e da singularidade deste fim do magnifico cortesão dos reis de Castela, nasceram, à maneira de legendas, versões várias. Dom Antônio de Anasco contava que morrera de desgosto ao receber a falsa notícia da morte de seu filho Antonio, colhido por piratas argelinos, em alto mar, quando levava presentes de ouro a El-Rei. Frei Vicente do Salvador anotava, entristecidamente, que perecera duma epidemia em São Paulo e tão pobre que se não fôra a piedade dum teatino, nem uma vela teria na sua agonia. [p. 396]
Em 1611, Pedro Vaz de Barros, comandando 32 homens,brancos e muitos índios tupis, em Guairá, teve “dares e tomares” com D.Antônio de Añasco, conforme este relata numa carta a Diego Marin Negron, a 14 de setembro do ano acima indicado (Anais do Museu de S.Paulo, vol. 1º, pág. 154). Pedro Vaz de Barros ia com um mandado de D. Luís de Sousa,filho menor de D. Francisco de Sousa, e que ficara governando a repartição do sul, por morte de seu pai e ausência de seu irmão D. Antônio de Sousa, para buscar índios para trabalho das minas. Este mandado está transcrito nos Anais do Museu Paulista (vol. 1º, pág. 148 e seguintes).
Seguiu-se D. Luís de Sousa, Conde do Prado, senhor de Beringel, que os historiadores confundem com D. Luís de Sousa Henriques, filho de D. Francisco de Sousa e governador efêmero, por morte deste, das capitanias do Sul. Aquele D. Luís de Sousa tomou posse do governo a 1º de janeiro de 1617, e só passou a residir na cidade do Salvador depois que as cartas régias de 30 de maio e 6 de novembro de 1618 o ordenaram expressamente – Anais do Museu Paulista, III, 2ª parte, pp. 69 e 78. [p. 105, 106]
D. Francisco não teve tempo de mandar cunhar novos mimos dourados para el-rei, nem chegou a importar suas lhamas. Abandonado pelos integrantes de sua comitiva e empobrecido pelos anos mal gastos no Brasil, ele morreu em junho de 1611. Não deixou muita saudade. São Paulo, Lisboa e Madri o esqueceram tão rapidamente que até mesmo a localização de seu túmulo acabou se perdendo na poeira da história. [p. 80]
Em 1611 morreu D. Francisco na vila de São Paulo, "estando tão pobre" - escreveu Frei Vicente - "que nem uma vela tinha para lhe meterem na mão". Ausente D. Antônio, que na forma das prerrogativas outorgadas por el-Rei devia suceder a D. Francisco, evocou o governo D. Luis, mas sua gestão foi curta, porquanto logo vieram instruções de Lisboa para desobrigarse das três Capitanias. Em 1612, com efeito, foi reunificada a colônia e assumiu no ano imediato o décimo governador geral do Brasil, Gaspar de Sousa.
D. Francisco de Sousa foi nomeado capitão-general e governador do distrito das três Capitanias de São Vicente, Espírito Santo e Rio de Janeiro e da conquista e administração das minas descobertas e por descobrir nas ditas capitanias, por alvará de 2 de janeiro de 1608, mas só depois de um ano veio tomar conta de seus cargos. Trazia elementos para bem desempenhar-se de sua missão, a que deu promissor início; a morte colheu-o, porém, a 11 de junho de 1611, na ausência do filho mandado à Espanha com as amostras do ouro das minas, e tomado por corsário na viagem. [p. 107, 108]
Ainda em 1611, morria, na vila de São Paulo, o governador Francisco de Souza e seu filho, Luis de Souza, herdava o governo. Este emitiu uma comissão para que os caciques do Guairá, que quisessem ir a São Paulo aldear-se com seus parentes ou trabalhar nas minas, fossem autorizados a seguir o capitão Pedro Vaz de Barros,enviado à região. Pedro Vaz e Antonio de Añasco se encontraram em Itanguá-Mirim,próxima à atual Sorocaba, depois que o tenente guairenho seguiu os índios e seus caciques, que atenderam à comissão e migraram em massa a São Paulo.
Curioso como Añasco praticamente chegou às portas da vila de São Paulo, justo na região das minas de Montesserrate e Araçoiaba. O tenente, que já devia conhecer Pedro Vaz, senão pessoalmente, de nome (pois, em 1603, quando enviou os quatro soldados a São Paulo, Pedro Vaz era capitão da vila), endereçou uma carta ao governador Diego Negrón em que relatava o encontro.
Nela, comunicava, com pesar, o falecimento de D. Francisco, dando como motivo o desgosto pela morte do filho D. Antonio, e também contava como havia seguido os caciques e suas tribos até as proximidades com São Paulo. Segundo Añasco, Pedro Vaz dizia que fora buscar os caciques com ordem dos padres jesuítas de São Paulo, mas diante da força de seus argumentos, sem, contudo, precisá-los, o capitão português acabou apresentando a comissão do governador Luis de Souza. Añasco ainda voltaria ao Guairá com uma parte dos caciques e índios, mas os encontros entre guairenhos e paulistas pelos sertões não terminaram aí. [Anais do Museu Paulista, Tomo I, 2ª Parte, 1922, p.153]
Em 1611, Pedro Vaz de Barros, comandando 32 homens, brancos e muitos índios tupis, em Guairá, teve “dares e tomares” com D. Antônio de Añasco, conforme este relata numa carta a Diego Marin Negron, a 14 de setembro do ano acima indicado (Anais do Museu de S. Paulo, vol. 1º, pág. 154).
Pedro Vaz de Barros ia com um mandado de D. Luís de Sousa,filho menor de D. Francisco de Sousa, e que ficara governando a repartição do sul, por morte de seu pai e ausência de seu irmão D. Antônio de Sousa, para buscar índios para trabalho das minas. Este mandado está transcrito nos Anais do Museu Paulista (vol. 1º, pág. 148 e seguintes).