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Padre João Fernandes Gato
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Iperu-Guarçu que foi cacique dos carijós recebeu festivamente os pádres João Fernandes Gato e João Alfredo, urinando debochadamente na presença dos jesuítas
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Iperu-Guarçu que foi cacique dos carijós. Este gozava de largo prestígio e era respeitado por todos, inclusive os arachãs que lhe rendiam homenagem. Manteve estreito relacionamento com os portugueses, notadamente o padre de Jerônimo Rodrigues, entre 1605 e 1607. Era bastante irreverente. Em 1617 recebeu festivamente os ádres João Fernandes Gato e João Alfredo, urinando debochadamente na presença dos jesuítas. Perguntado se determinado menino era seu filho, respondeu: Sim, para vós outros o açoitardes”. Enviou uma embaixada de seis índios ao Rio de Janeiro, chefiada por Araraibé, com a finalidade de conseguir do Padre Simão de Vasconcelos a permanência dos seus jesuítas no seu meio. O pedido foi atendido. Já em 1605 o padre Jerônimo dizia que nunca vira no Brasil índio tão soberbo. Vendia os próprios parentes aos brancos, que por isso o achava bom. Seu nome está ligado ao Rio Tubarão em Santa Catarina. [osbrasisesuasmemorias.com .br/iperu-guacu]

6.5 - Ovelhas no meio dos lobos

Em 1617 os jesuítas resolveram retornar à terra dos carijós, nutrindo ainda o desejo de estabelecer residência estável entre ele. Vieram os Padres João Fernandes Gato e João de Almeida. Ao chegarem, perceberam alguma coisa no ar: os portugueses, por mensagens secretas, preveniram os nativos conta os padres, aconselhando-os a se acautelarem com aqueles dois homens, que eram mais e que, se chegassem a ouvir-lhes a voz, ficariam sem remédio seus escravos!Os moradores de São Vicente, Santos e São Paulo fizeram os maiores esforços para que a expedição fracassasse, pois temiam muito perder os postos de resgate, que lhes possibilitavam altos negócios.

Os nativos não lhes deram crédito e receberam os padres com festa e regozijo na Ilha de Santa Catarina. De toda a redondeza acorreram para saudá-los. Puderam os missionários pregar com muito fruto, passando-de logo para a Laguna e depois para Araranguá e Boipetiba, último posto de resgate usado pelos paulistas.

Além da pregação, curaram doentes, alguns com postemas perigosas, sangraram outros e instruíram os que estavam em perigo de morte, principalmente crianças, batizando-os em seguida.

Em Boipetiba (Mampituba), encontraram-se com o Caraibebê (Grande Anjo), um dos principais chefes do sertão do Rio Grande, temível feiticeiro, do qual diziam que não nascera de mulher e que dava aos filhos mais do que pediam para assim o temerem e obedecerem a qualquer recadinho. Igualmente puderam falar com os Arachãs.

O caminho da Laguna a Boipetiba foi feito a pé e adoeceram os dois padres, o Padre João Fernandes estando quase à morte. Ainda assim, da cama, "que eram quatro paus fendidos sobre quatro forquilhas, com uma pouca de erva em cima", atendia aos nativos, que também adoeceram. O principal da aldeia de Boipetiba, vendo que o padre não melhorava e temendo que morresse em sua casa, o que era considerado de mau agouro, pediu que o botassem foram. Mas, escreve o Padre João de Almeida, "livrou-o Deus desse trabalho com a saúde que lhe deu."

Esta missão teve os melhores frutos, vindo milhares de nativos ao encontro dos sacerdotes. Certamente eles representavam para os carijós o único caminho de liberdade, pois "queriam ter perpétua amizade com os portugueses, mas viver sob o patrocínio dos padres." [A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja. Páginas 69 e 70, 11 e 12 do pdf]



Diáspora Cárijo
Data: 01/01/2001
Créditos/Fonte: O Povo Brasileiro


ID: 13753





  


Sobre o Brasilbook.com.br

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