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Barueri/SP
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Almeida afirma que “os sorocabanos viviam, pois, de caçar índios para as suas fazendas e vendêlos e procurar ouro em todos os montes, barrocas e córregos” (ALMEIDA, 2003, p. 52), quandona verdade o número excessivo de mão-de-obra indígena nas fazendas revela que o comércio deíndios ao nordeste açucareiro era ínfimo comparado ao movimento bandeirante e concentrava-se,sobretudo no excedente de contingente (MONTEIRO, 1995a, p. 78).A mão-de-obra indígena, fator primordial para a economia regional e centro do projetocolonialista (MONTEIRO, 1995a, p. 136), era resultado não apenas de excursões que visavam osíndios em suas sociedades nativas, mas também nos aldeamentos onde recebiam instruçãoreligiosa jesuítica. André Fernandes, irmão de Balthazar, detinha uma maciça força de trabalhoindígena proveniente do aldeamento de Barueri, localizada próxima a Santana de Parnaiba(MONTEIRO, 1995a, p. 169). Sorocaba, cujo montante inicial de escravos era das Missões doGuairá, também recebeu índios do aldeamento de Barueri, contra, evidentemente, a vontade dosjesuítas, que lutavam pela alma e pelos corpos indígenas.

A disputa acirrada entre colonos ejesuítas culminou na expulsão destes na década de 1630 da capitania de São Vicente, emboratenham sido restituídos em 1653 sem o direito de administrar os aldeamentos15. Os índios, apesardo protesto dos jesuítas contra as relações de exploração a que os nativos eram submetidos peloscolonos, recebiam tratamento semelhante nos aldeamentos (MONTEIRO, 1995a, p. 125), comopode ser visto pela quantidade de índios de padres e do mosteiro, e como são designados: servose do serviço. Enfim, o transporte do aldeamento de Barueri de índios a Sorocaba parece terexistido, pois Thomazio, filho de Marcelino “e de sua mulher, Janeroza, servos de Catharina daCosta”16 foi batizado pelo branco Domingos Ferreira e por “Maria índia, da aldeia de Marueri”17.O termo “índia” se refere explicitamente a uma pessoa vinculada ao aldeamento, diferentementedos outros registros que classificam os índios como gentios, carijós, negros ou servos. Carijó,aliás, era a denominação dada aos Guaranis, mas com a sua escravização sistemática, o termoacabou tornando-se uma categoria para nomear índios escravizados. Os índios eram assim vistoscomo “remédio para a pobreza” em um discurso moralizante em que a escravização se justificava [Fragmentos de História: índios e colonos em Sorocaba - 1769-1752, 09.2012. Erik Petschelies. Página 286]




[24803] Fragmentos de História: índios e colonos em Sorocaba - 1769-1752, 09.2012. Erik Petschelies*
01/09/2012




  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!