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Iporanga/SP
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1790

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No ano de 1630, foi fundada na Vila de Iguape a Casa de Officina Real da Fundição do Ouro, cujo precioso metal era transformado em barras e remetido para o Thesouro Real da Fazenda, em Santos. Nessa época, era Almotacel de Iguape o brasileiro Manoel dos Reis, que por ordem real exercia a chefia da Casa da Fundição, e encarregado do transporte do ouro fundido em barras. O precioso metal era conduzido por terra à Vila de Santos, por três pedestres, sob o comando de um chefe que tinha o título de Capitão do Mato.

De volta daquela cidade, então vila, o chefe da escolta real apresentava ao Almotacel o competente recibo do ouro que havia feito, a fim de ser-lhes pagas as diárias e despesas da viagem de ida e volta, da maneira seguinte:3 pedestres a $400 por dia,6 dias .................................. 7$200Ao chefe a $800 por dia,6 dias .................................. 4$800Despesas .......................... 3$000Soma ................................. 15$000

No lugar denominado Registro, no Ribeira, existia um oficial encarregado de fiscalizar e pesar o ouro que descia pelo Ribeira, e também cobrar o dízimo do mesmo.

Em 1654, nos meses de julho e agosto, foram registrados pelo oficial do Registro, 780 oitavas de ouro lavrado.

No dia 26 de dezembro de 1670, por falecimento do Almotacel, foi entregue à Câmara, por ordem da Real Fazenda, a Casa da Oficina de Fundição, como consta de documentos, tendo sido pela mesma aberto o cofre, onde encontraram 24 oitavas de ouro.

Em 20 de outubro de 1737, a Câmara pôs em reparação a obra para o conserto da Casa de Fundição, o que foi arrematado pelo alferes Joaquim Teixeira de Azevedo pelo preço de cinquenta mil réis, sendo seu fiador o alferes Antônio Gonçalves da Rocha; foi entregue pronta a referida obra à Câmara em janeiro de 1738.

Em abril de 1763, foi recolhida à Casa os acessórios da Casa de Fundição, entre eles martelos, bigornas, tascos, tiaras, miras, foles, etc, como tudo constam por documentos, os quais deixo de transcrevê-los porque seria tomar grande espaço nesta exposição rápida.

Em dezembro de 1790, o capitão Bento Pupo de Gouvea, procurador da Irmandade do Bom Jesus, comprou para a mesma uma morada de casa de pedra e cal e quarenta e oito oitavas de ouro lavrado, por 165$440 réis, importando as quarenta e oito oitavas de ouro em 54$440 réis.

Compulsando diversos documentos, averiguamos que, naquele tempo, as compras de casas e terrenos eram pagos em ouro.

Naquela época, era moda usual em Iguape, principalmente em Iporanga, o belo sexo trazer os cabelos cobertos de ouro em pó. Até representava um presente de núpcias o noivo oferecer à noiva um litro de ouro em pó, afim de adornar a cabeleira. Nos bailes, não se via uma moça que não trouxesse os cabelos encaracolados e dourados pelo ouro em pó. Era luxo nessa época.

Pelos documentos que existem nos faz acreditar que a Casa da Fundição do Ouro é a que hoje chamamos “Cadeia Velha” [atual Museu Musicipal].(Texto publicado originalmente na "Tribuna de Iguape", nº 518, 18/10/1925, pág. 1)WALDEMIRO FORTES (1873-1932, farmacêutico, historiador, jornalista, orador, músico e poeta. É autor da letra da valsa “Saudades de Iguape”.





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!