Tieté - Primitivamente denominado Anhemby é dos rios da província o que tem o predicamente de ser genuinamente paulista. Nasce na Serra do Mar, em território do município de Parahybuna, passa junto á capital, percorre a província sem competidor em toda a sua extensão de sudoeste a noroeste, dividindo-a em duas partes sensivelmente iguais, e vai desembocar no Paraná, após um curso de cerca de 1300 quilômetros.
De álveo tortuosíssimo, o Tieté não permite a navegação que comportam suas águas, pelo grande número de cachoeiras, corredeiras e outros obstáculos que a formação granítica de seu leito a cada passo levanta. Não obstante, era este antigamente o caminho por onde seguiam, em canôas, as expedições com destino a Mato Grosso, as quais partiam de Porto Feliz, pelas dificuldades opostas pelo grande salto que faz o rio perto de Ytú; e ainda hoje é do mesmo modo e pela mesma via que se fazem as comunicações com a colonia militar do Itapura, situada na barra do Tieté, á margem esquerda do Paraná. [Página 200]
(...) Viação - Como a circulação do sangue é a primeira condição da vida animal, as estradas em geral, facilitando a comunicação entre os povos, estimulando e desenvolvimento as suas relações comerciais, representam importantíssima função na economia social. Assim sendo, bem é de ver que o serviço da viação na província é contemporaneo da fundação da capitania.
De feito, logo depois de ter Martim Afonso de Sousa escolhido o local em que se devia fundar a povoação de São Vicente, a mais antiga d´esta parte da Terra de Santa Cruz, foi seu primeiro cuidado mandar abrir uma estrada que, começando no sítio onde posteriormente se levantou o forte da Estacada, quase defronte o rio de Santo Amaro, junto ao lugar que então servia de ancoradouro ás embarcações, seguia pela praia de Embaré, continuava pela de Itararé e ia finalizar em São Vicente. Tal foi o primeiro caminho que o homem civilizado abriu na província de São Paulo.
No ano de 1560, o governador geral Mem de Sá, visitando a capitania e indo a São Vicente e Paratininga, tomou a picada que, através da serra de Paranapiacaba, era a mais trilhada pelos nativos em seu trajeto para o litoral. Principiava o caminho na raiz da serra, no porto de Santa Cruz do rio Cubatão, denominado primitivamente porto das Armadias, e em terras de Ruy Pinto, e no lanço da serra que atravessava as ingremidades e alcantis de mui difícil acesso.
Compreendeu logo o governador que outro caminho convinha abrir, afim de facilitar a comunicação de beira mar para o interior. Neste intuito dispôs que se abrisse o novo caminho por melhores localidades, encarregando desta tarefa ao padre Anchieta, que de bom grado a desempenhou, aproveitando-se de um trilho feito também pelos nativos, e por ele conhecido, o qual veio a se chamar - caminho do padre José. [Página 265]
IMGSM: 1
Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo Data: 01/01/1888
ID: 12209
Relatório apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo Data: 01/01/1888 Página 265
ID: 13217
Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo Data: 01/01/1888 Créditos/Fonte: Commissão Central de Estatistica São Paulo Página 455
ID: 12210
Relatorio apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Provincia de S. Paulo Data: 01/01/1888 Créditos/Fonte: Commissão Central de Estatistica São Paulo Página 534
ID: 12211
Relatório apresentado ao Excm. Sr. Presidente da Província de S. Paulo Data: 01/01/1888 Créditos/Fonte: Comissão Central de Estatística São Paulo Página 536
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