Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
José de Anchieta (1534-1597)
315 registros
1976 (ver todos)

1976

Registros  (315)
Atualizados
Recentes
Descendentes



      1976
*Revista Brasileira
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
  •
  •
  •


Não podia, pois, ele faltar, como não faltou, no primeiro capítulo das entradas. Realmente, quem foi a primeira figura dessas entradas, no quinhentismo?Afonso Sardinha, a quem se dá o apelido de "patriarca do ouro". Os dois Afonso Sardinha, pai e filho, foram mestres "curçados" do bandeirantismo, no sentido legítimo desta palavra.

Pois bem, entre os primeiros negros trazidos para o Brasil estão os de Afonso Sardinha, governador do Jaraguá. Em princípios do seiscentismo, começaram a figurar "percas pretas" nos róis dos inventários. Mas já nos últimos anos quinhentistas "a alguns importava Afonso Sardinha", que os mandou buscar por intermédio de Gregório Francisco, chegando ao gosto de possuir um navio de carreira de Angola para São Vicente.

Já estava então muito em voga, informa Teodoro Sampaio (1855-1937), adquirir escravizados na África. Os fazendeiros faziam sacrifícios, emprenhando-se por dívidas para equiparem navios que iam às feitorias portuguesas do Congo buscar negros que na lavoura da colônia provaram melhor que o próprio nativo.

Cada qual fazia as suas contas para quando chegasse o seu navio de Angola ou recebesse o seu quinhão no carregamento de africanos. O testamento de Afonso Sardinha, em 1597, é um documento que traz muita luz em tal sentido.

Conclusão lógica é que os primeiros negros de serra acima, que tomaram parte no bandeirismo, foram os de Afonso Sardinha. Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas.

Embora não tivesse chegado a realizar grandes correrias heroicas, (não podia começar pelo fim) o "patriarca de de ouro" foi um bandeirante com raio de ação bem desenvolvido.

Seu nome é apontado pelos historiadores em vários assaltos ao sertão bruto. Sua presença no mataréo já é assinalada em 1590, através de numerosas entradas. Em 1599 estava ele bandeirando no rio Jeticahy, hoje Rio Grande.

Como admitir que o importador de negros de Angola não se tivesse utilizado deles nas suas proezas sertanistas? E estas suas proezas sertanistas, que forma o prelúdio das grandes façanhas, poderiam ser omitidas como secundárias?

Acredito que não e por muitos motivos. Por exemplo: a repercussão que tiveram os seus achados de ouro no espirito daquele encantador d. Francisco de Souza, a quem se apelidou de "eldoradomaniaco", redunda logo em mais duas bandeiras, muito importantes, que foram as de André de Leão e Nicolau Barreto.

Desde o início da mineração do Jaraguá, levas de nativos e de negros africanos, que começaram a ser introduzidos na Capitania, eram conduzidos pelos seus donos ao sopé do morro, a fim de intensificarem esse trabalho, que prometia lucros fabulosos. [Revista Brasileira, 1976. Páginas 77 e 78]



Mapa de Jeronimo Marini
Data: 01/01/1511
01/01/1511


ID: 5784





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!