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Simão de Vasconcelos (1597-1671)
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Àmérica portuguesa: paraíso terreal. Sandro da Silveira Costa, Mestre ...
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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las, primeiramente, nas latitudes correspondentes às terras coloniaisespanholas da América. Assim, tudo parecia apontar para os sertões de Porto Seguro. Os ínfimos resultados de uma série de explorações realizadas durante os séculos XVI e XVII no rumo indicadonão estimularam novas expedições na busca de riquezas mineraisem solo brasileiro. Havia, assim, motivos para acreditar que as riquezas minerais estavam, por vontade divina, reservadas aoscastelhanos.

Embora os cronistas da segunda metade do século XVI tenham dado como possível a existência de jazidas de diamantes no Brasil, apenas por volta de 1727 notícias seguras a respeito começaram a surgir25. Na América espanhola, pelo contrário, o encontrode jazidas minerais ocorreu rapidamente". Este fato favoreceu aaplicação de volumosos investimentos da Coroa espanhola na organização do império colonial e prontificou os conquistadores acontinuarem a exploração da América espanhola. Fomentou, igualmente, a crença de que Deus reservara aos espanhóis o encontrodo El Dorado, local paradisíaco, repleto de riquezas e bemaventuranças.

É possível apontarmos um mito da conquista cuja difusão nocontinente americano esteve a cargo dos portugueses e, do Brasil,expandiu-se para o Paraguai, Peru e o Prata. Não foi novidade paraos portugueses a lenda da pregação de São Tomé na Índia, largamente difundida e mencionada em muitos escritos medievais, comoos de Marco Polo. Além disso, essa lenda era imemorial no Extremo Oriente, quando atingido, no século XV, pelas naus de Vasco daGama. O que poderia ter surpreendido os lusitanos era a extensãodo culto, presente entre os índios americanos. De acordo com aspalavras de Sérgio Buarque de Holanda:

A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus emterras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova GazetaAlemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos naviosarmados por D. Nunes Manuel, Cristóvão de Haro e outros, que a 12de outubro de 1514 aportava, já de torna-viagem, à Ilha da Madeira.Dos dados que o autor da Gazeta pôde recolher a bordo [...] contava a existência naquela costa de uma gente muito boa e livre condição, gentesem lei, nem rei, a não ser que honram entre si os velhos. Contudo, atéàquelas paragens tinha chegado a pregação evangélica e dela se guardamemória entre os naturais. "Eles têm recordação de São Tomé", diz otexto. E adianta:

"Quiseram mostrar aos portugueses as pegadas deSão Tomé no interior do país Indicam também que têm cruzes pelaterra adentro. E quando falam de São Tomé, chamam-lhe o Deuspequeno, mas que havia outro Deus maior. No país chamamfreqüentemente a seus filhos Tomé".

Nos séculos XV e XVI se especulava sobre uma ligação porterra entre a América e a Ásia, originária das velhas concepções deCristóvão Colombo. Circulava, igualmente, a idéia de que a pregação de São Tomé se estendera à América e ao Brasil. Salientando,novamente, as idéias de Sérgio Buarque de Holanda:Aos europeus recém-vindos tratavam logo os naturais de mostrar [apresença de São Tomé] encontradas em várias partes da costa. Simão deVasconcellos, por exemplo, refere-nos como os viu em cinco lugaresdiferentes: para o norte de São Vicente; em Itapoã, fora da barra da Baíade Todos os Santos; na praia do Toqué Toqué, dentro da mesma barra;em Itajunl, perto de Cabo Frio, e na altura da cidade de Parnaíba.A uma das pegadas mostradas na Bahia, de que dá conta Vasconcellos,referiu-se provavelmente o Padre Manoel da Nóbrega, onde escreveu,em carta de 1549, que `[...] sus pisadas están sendadas cabo a un rio, losquales yo fuy a ver por más certeza dela verdad, y vi con los propriosojos quatro pisadas muy sefialadas con sus dedos[...]". Segundo osíndios, quando o santo deixou aquelas pisadas, ia fugindo dos índiosque o queriam flechar, e lá chegando, abriu-se o rio à sua passagem, e elecaminhou por seu leito a pé enxuto, até chegar à outra margem, ondefoi à Índian.Parece claro que muitas menções à presença de São Tomé naen América se devem, sobretudo, à colaboração dos missionários católicos, onde incrustaram-se tradições cristãs em crenças origináriascrdos índios. Parece claro também que a presença das pegadas deCL: São Tomé na América foi associada à passagem de algum herói [Páginas 9 e 10 do pdf]





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!