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Guaré ou Cruz das Almas ()
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Essas várzeas, que no período colonial desempenharam o papel estratégico para a segurança da pequena vila, tornaram-se obstáculo para o crescimento urbano nos séculos subsequentes. Localizada entre o núcleo histórico e o primeiro ponto de travessia do Tietê, extremo do desenvolvimento setentrional da cidade até o século XIX, a região era conhecida pelo nome do ribeirão que a cortava: ‘Guaré’, designação indígena da vegetação que cobria aquelas paragens.

Anteriormente habitada pelos nativos, a primeira notícia que se tem de ocupação colonial da área é a respeito da construção da ermida dedicada a Nossa Senhora da Luz. Como o próprio nome indica, situava-se em local afastado da povoação original; tornou-se, entretanto, bastante popular como local de peregrinação e passeio. Construída pelo português Domingos Luiz Grou, o “Carvoeiro”, e sua mulher, Ana Camacho – que figuravam entre os mais abastados moradores da vila de São Paulo no século XVI – a capela recebeu, por volta de 1583, a imagem de Nossa Senhora da Luz, que atualmente se encontra no Museu de Arte Sacra, constituindo uma das mais notáveis peças da imaginária paulista. Cartas de doações de terras, de fins do século XVI, nas quais a ermida da Luz servia como referência para a demarcação de limites, constituem, entre outras tantas, provas de sua instalação no Guaré anteriormente a 1600.

No início, os terrenos eram, simplesmente, requeridos em datas à edilidade, assim, a partir de 1580, a Câmara inicia a distribuição daquelas terras a particulares, reservando terrenos ao patrimônio municipal, processo que iria se estender até cerca de 1870, determinando as feições do bairro. (JORGE, 1988, p.13) Assim, os [Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge. Página 35]

O português Domingos Luiz Grou e sua mulher, Ana Camacho, descendente de João Ramalho, figuravam entre os mais abastados moradores da Vila de São Paulo no século XVI. Cidadão de grande prestígio, era chamado o ‘Carvoeiro’ por ser natural de Carvoeira,povoação do Conselho de Torres Vedras. Possuía muitos bens, entre os quais algumas casas de sobrado em frente à Matriz e uma fazenda de criação de gado no Piranga, sendo então o principal fornecedor de carne da povoação.

Mudando-se para a região do Guaré, ergueram a ermida junto à sua casa, sob invocação de Nossa Senhora da Luz, à qual eram devotos. Não se sabe a data exata de sua inauguração. Por volta de 1583, recebe a imagem de Nossa Senhora da Luz, que ficava na fazendo do Piranga e, atualmente, encontra-se no Museu de Arte Sacra, constituindo uma das mais notáveis peças da imaginária paulista. Cartas de doações de terras, de fins do século XVI, nas quais a ermida da Luz servia como referência para a demarcação de limites, constituem, entre outras tantas, provas de sua instalação no Guaré anteriormente a 1600. De 1603 é a carta de doação para patrimônio da capela, estabelecendo a anulação de uma escritura anterior (efetuada em 1580, ainda no Piranga), a terça de Domingos Luiz e Ana Camacho para a casa; e a nomeação de uma pessoa de sua descendência para a administração da ermida, o que incluía a ornamentação, os cuidados e os reparos que se fizessem necessários, bem como a organização das festas costumeiras. Essa doação foi ratificada em testamento de [Projetos de Intervenção no Bairro da Luz: patrimônio e cultura urbana em São Paulo. Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Márcio Novaes Coelho Jr. Orientador: Prof. Dr. Luís Antônio Jorge. Página 75]


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“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
Data: 01/01/1886
Página 352


ID: 12770


“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
Data: 01/01/1886
Página 353


ID: 12769


“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
Data: 01/01/1886
Página 354


ID: 12768





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

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Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!