Já, a partir de 1933, o processo de industrialização de São Paulo, que reunia infraestrutura necessária para tanto, entrou em uma órbita irreversível e a cidade passou também aser palco de intensas ondas migratórias, provenientes principalmente do Nordeste.A urbanização e a edificação do espaço metropolitano se aceleraram e a cidade perdeu,definitivamente, seu ar interiorano.Todo esse contexto histórico foi descrito em projetos elaborados pelo Colégio edirecionado por professores de História que na época da comemoração dos setenta anos defundação da escola, incorporaram um conjunto de pesquisas. O objetivo principal deveu-se aoconhecimento das origens, entre os alunos, e a recuperação de todo cenário político e culturalda cidade.Foi nesse contexto que, no dia 06 de outubro de 1933, Dom Duarte Leopoldo e Silva,Arcebispo de São Paulo, concedeu à Madre Natividade Gorrochátegui (Superiora Geral dasAgostinianas), licença para que se estabelecesse uma comunidade na rua Apeninos, 363, VilaMariana.Por que Vila Mariana? Talvez porque fosse um dos bairros de maior prosperidade naépoca.
2.4 A história da Vila Mariana.
Os primeiros indícios históricos (documentos) estabelecem 1782 como o início da formação do bairro, Vila Mariana. Essas informações foram retiradas de documentos disponíveis no artigo “República de Vila Mariana”.
As primeiras referências ao bairro aparecem quando Lázaro Piques recebe do Presidente Da Província, Dr. Francisco Cunha de Menezes, a doação das terras de uma Sesmaria, entre o Riacho do Ypiranga e a estrada do Cursino. O local (região) era conhecido como “Ypiranga de Cima”.
A Sesmaria era cortada por estradas e caminhos importantes como: “Estrada Vergueiro”, para Santos, o “Caminho do carro de Santo Amaro”, o “caminho para Sorocaba” e “Itu”, o “Antigo Caminho para Pinhaíba” (Santos) e o “Caminho para Curral Grande” (Vila Conceição e Diadema).
Em um ponto, na margem do “Caminho para Santo Amaro”, (atual Rua Afonso Celso) existia um local com cruzes em sua margem. Este local e arredores passaram a ser conhecidocomo “Cruz das Almas”. [Página 61]
Registros escritos confirmam a existência de algumas casas e moradores à margem do “Caminho do Carro de Santo Amaro”, local da atual Caixa de Água, que também era conhecido como “Mato Grosso”.
Em um outro ponto do “Caminho do Carro de Santo Amaro” existia, desde 1840, um “Pouso de Tropeiros” (Um Cubatan ou posto de descanso e pernoite). Esse “Pouso” ficava exatamente onde começava uma estrada conhecida como “Caminho para Pinheiros”, Sorocaba, Parnaíba e Itu.
Essa estrada era um importante atalho para quem vinha de Santos pela “Estrada do Vergueiro”, com destino a Sorocaba, sem ter de passar pela cidade de São Paulo. O marco do início desta estrada existe até hoje e encontra-se na esquina da Rua França Pinto com a Rua Domingos de Moraes.
Por volta de 1878, o Imperador D.Pedro II emite um Decreto para assentar na região de “Cruz das Almas” vinte famílias de imigrantes italianos vindos de Mântua, região norte da Itália. Devido a esse assentamento de imigrantes, o local passou a ser conhecido como “Colônia”, designação que permaneceu até 1884, quando surgiu o nome “Vila Mariana”. A origem do nome Vila Mariana foi explicada pelo engenheiro Alberto Kuhlmann (2004, p.2), que deixou a seguinte anotação:
Na esquina da Av. Rodrigues Alves com Rua Domingos de Moraes residia umaprima do engenheiro de nome Mariana. Na época era costume usar-se na frente dascasas uma placa com a designação inicial “Vila”, seguido do nome da matriarca, ouda família.
Assim na residência dessa prima via-se a placa “Vila Mariana”. Como o local eratotalmente descampado e sem referências, as pessoas passaram a utilizar a residência(Vila Mariana) como referência, costumavam dizer: “Vamos nos encontrar lá naVila Mariana”. Mais tarde surgiu a linha férrea e consagrou-se a denominação dolocal, pois em 1885 foi construída a estação do Trem de Vila Mariana, e ao seu redorsurgiram loteamentos e casas, formando uma vila (bairro).
Em janeiro de 1885 uma Ata da Assembléia Legislativa Provincial de São Paulo fazreferência ao nome do local como Vila Mariana. Essa ata é considerada como o primeirodocumento oficial constando o nome, Vila Mariana.15 [Página 62]
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
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