1958 - A fome de ouro e prata – II O Monte Tayó. Lucas A. Boiteux.Blumenau em Cadernos. Tomo I. nº 5. Março 1958. Páginas 92-96.
I – O conhecimento dessa famosa montanha, ao que parece, data da épóca dacata de prata e ouro, primórdios do século XVII, pois, por 1689, quando, ao tomar crueldesforço, os piratas assassinaram o Capitão Francisco Dias Velho, colonizador da Ilhade Santa Catarina, um dos filhos dêste destemido bandeirante, de nome Salvador (?) –segundo Almeida Coelho – „Se achava na terra firme tirando ouro no morro do Tayó,donde logo veio".
Quando da abertura da estrada de ligação entre Araranguá e Curitiba, pelointerior (1728), o Sargento-Mor Souza Faria, encarregado dessa empresa, ao alcançar aaltura da Ilha de Santa Catarina, encaminhou-se para o norte à procura do morro Tayó;mas debalde. Passava esse cêrro – escreve o mestre Taunay – por abundantíssimo emprata. Em sua informação, disse Faria: - „Bons desejos tive de os socorrer, mas a fome ea miséria em que nos aviamos todos, nos obrigou, não só deixar o morro, mas ainda amesma Serra do mar". Explicava êle que de um rio chamado Santa Luzia, seguiu viagempara os campos e passando neles algumas restingas de matos deu em outro campo maisalto e alísio, de onde avistou „um morro, que pelo roteiro que levava dos sertanistasantigos julgou ser o rico e sempre procurado morro do Tayó e ao mesmo pareceu ao seuPiloto".
Da Serra Negra (Ibituruna, Buturuna, Vuturuna), descreve Faria, „corre umribeirão que vai buscar as cabeceiras do dito morro Tayó, o qual morro é baixo, redondoe agudo com sua campina ao pé e tem este feitio. Tem tambem sua campina da banda donorte e da banda do sul, mato carrasquenho; pelo pé deste morro podem buscar ouro; equando se queira alongar para as matas do mar, não seja pela parte do sul, seja pelaparte do norte, que dali emanam as cabeceiras todas do Tajay-merim, que não poderãodeixar de acharem ouro.II – Em o Mapa castelhano de J. C. Cano y Olmedilla, 1775, já figura o monteTayó. O governador de Santa Catarina, coronel Gama Freitas, oficiava a 2 de maio de1776 ao Vice-rei, marquês do Lavradio a respeito da jurisdição de sua Capitania sôbre a [Itajaí: uma cidade em busca de seu fundador, textos compilados. Página 105]
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Conclusão:
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Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!