em quadra para o rossio e pastos de gado, correndo direito ao longo da costa e 6.000 braças para o sertão e mais 6 léguas de terras em quadra1.
Retornou Jorge Ferreira a S. Vicente onde serviu de 1567 em diante os cargos de capitão mor e ouvidor, conforme provisão de Martim Afonso de Sousa; a 10 de junho do mesmo ano, em Santos, despachou sesmaria a José Adorno e a 9 de agosto passou carta de demarcação e confirmação das terras de Brás Cubas (RIHGSP, XLIV, 235, 237 e 240). A 7 de janeiro de 1570, doou sesmaria a Rodrigo Álvares, o velho, mestre de navios (C.c. Apolônia Vaz) estabelecido na Capitania há vinte anos (Ordem do Carmo, ANRJ).
Segundo os autores, obteve pelos anos de 1573, com filhos e gen-ros, vastas sesmarias no Rio de Janeiro, situadas nas regiões do Rio Iguas-sú e do Cabo Frio. A 10 de junho de 1585, teria comparecido à junta das vilas de S. Vicente e Santos, convocada pelo Cap. Mor Jerônimo Leitão, para decidir sobre a guerra contra os gentios hostis, carijós e tupis do sul (ACCSP, I, 281)2. Transferiu-se o Cap. Mor Jorge Ferreira para o Rio de Janeiro onde, nos anos de 1590 e 1591, beneficiou com doações de grandes áreas de ter-ras as Ordens do Carmo e de S. Bento, segundo as escrituras mencionadas pelos autores. Faleceu em avançada idade, creio em 1591 ou pouco depois (salvo confusão com algum descendente).Pais de, ao menos:1 (II)- BELCHIOR FERREIRA, n. em Portugal por 1523, veio para a Capi-tania com seus pais, provavelmente casado com CATARINA MONTEIRO, n. por 1527 ou antes, que poderia ser irmã ou parenta de seu cunhado Cristóvão Monteiro, estabelecido em S. Vicente em 1537, da governança em Santos e ouvidor do Rio de Janeiro em 1568. Teria falecido por volta de 1552 deixando filhos órfãos, ao menos:1 (III)- BELCHIOR FERREIRA, n. em S. Vicente por 1544, mora-dor no Rio de Janeiro onde foi qualificado testemunha a 8 de maio de 1627 “com idade superior a oitenta anos” para depor no processo de beatificação do Padre José de Anchieta: - conheceu-o na Capitania de S. Vicente e no Rio de Janeiro, há cerca de setenta e quatro anos, porque ele o criou e doutrinou na Casa dos Jesuítas, em S. Vi-cente. Foi seu companheiro de visitas e jornadas emSantos, Bertioga, Itanhaém e S. Paulo. Discorreu sobre as virtudes e os milagres do Padre Anchieta (Processo Apostólico do Rio de Janeiro, ano de 1627).2 (III)- (?) CAP. JORGE FERREIRA DORMUNDO, n. em 1546, seria irmão do anterior (o apelido Dormundo ou Drumond provavelmente oriundo da Ilha da Madeira). Depôs na mesma cidade a 17 de maio de 1603, aos cinqüenta e se-te anos de idade, no processo de beatificação do Padre José de Anchieta: tinha conhecimento do Padre Anchieta há cerca de trinta anos, tanto na Capitania de S. Vicente, onde ele testemunha assistiu por muito tempo com sua casa e família, como no Rio de Janeiro. Servia nesse ano de 1603 o posto de capitão da fortaleza de S. João Batis-ta (Processo Informativo do Rio de Janeiro, anos de 1602 e 1603). Pouco depois de 1620 já havia falecido (Revista da ASBRAP nº 3, p. 10). Em 1619, uma pessoa de nome João Ferreira Dormundo escreveu o testamento de Antônio da Fonseca (INV. E TEST., XXVII, 9) e em janeiro de 1620 serviu o cargo de escrivão da Câmara (ACCSP, II, 421).2 (II)- MARQUESA FERREIRA, n. por 1525, C.c. o OUVIDOR CRISTÓVÃO MONTEIRO – segue.
3 (II)- JORGE FERREIRA, n. por 1527, que, segundo os autores, foi morto em 1554 pelo gentio tamoio, em Boissucanga, lugar próximo à Ilha de S. Sebastião. Pelas suas atividades de sertanista, era adul-to nesse ano.
4 (II)- BALTAZAR FERREIRA, n. por 1529, viveu na Capitania de S. Vi-cente e teria seguido ao Rio de Janeiro com as tropas dessa Capi-tania, em 1560.
Depôs seu sobrinho, retro, Belchior Ferreira, no Rio de Ja-neiro, em 8 de maio de 1627: sentia muito o Cap. Mor Jorge Fer-reira pelo filho Baltazar, mal encaminhado com uma mulher, não podendo por via alguma aparta-lo do mau estado. Pediu ao Padre José de Anchieta, que o fora visitar, repreendesse ao dito seu fi-lho. Respondeu-lhe o padre que pediria a Deus o tirasse do peca-do; e dentro daquela semana o dito mancebo se apartou da má ocasião. O que ele testemunha tudo viu e se achou presente e o [p. 167, 168]
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!