O Amor de “Romeu” e Benedita: O suicídio da escrava grávida |
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Quarta-feira, 19 de Março de 1862 |
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Última atualização: 14/01/2021 06:48:59 |
Benedita, a escrava de Manoel Monteiro de Carvalho, era amásia de um escravo do seu inimigo Raphael Aguiar de Barros, "recolhendo todas as noites o dito escravizado em casa de seu senhor".

| O Amor de “Romeu” e Benedita: O suicídio da escrava grávida |
| | Data: 29 de Julho de 1862 |
| Acervo/Fonte: Jornal Pedro II/CE |
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Avisado por outro escravizado, seu João Pires proibiu os encontros amorosos dos dois escravizados. Dois dias depois, Benedita realizou seus afazeres habituais e, terminados esses, dirigiu-se para o quintal sendo encontrada duas hora depois enforcada ao lado do amásio.
Descobriu- se que estava grávida. A descrição da cena do enforcamento deixa transparecer que o suicídio de ambos foi realizado ritualisticamente eis que a escravizada:
"foi encontrada enforcada conjuntamente com seu amante no mesmo galho de uma árvore e em um mesmo cipó sobre o falho para não haver desequilíbrio pela desigualdade de peso, ficando ambos em uma só altura" (..)
Denota-se que o suicídio fora premeditado e que procurava simbolicamente emitir uma mensagem, talvez a de que a escravidão, nesse caso o ridor do senhor, não era suficiente para destruir aquela união.
O caso ocorreu na Vila de Campo Largo, atual município de Araçoiaba da Serra, em 1882, seis anos antes da abolição da escravatura no Brasil.
A história dos dois escravos foi relatada em duas publicações do antigo jornal Diário de Sorocaba, em 1882.

| | Data: 19 de Mar?o de 1863 |
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As reportagens, datadas de 19 e 21 de março daquele ano, revelam a relação de amor entre o casal e um desfecho digno de William Shakespeare. |
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| testem.asp
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