de 57

Destaques

Diogo Flores Valdez

SOBRINHOS
ano:1583
idade:53 anos
Registros: 14 de 66 registros (ver todos)
Fontes:2

0 erros
2 fontes

ver ano (57 registros)
1° - 01/01/1583 - Armada de Valdez chega em Santos e se depara com galões ingleses
0 fontes


2° - 16/02/1583 - Carta enviada de Santos
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
2° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Tratava-se, portanto, de homem experimentado já nas armadas espanholas. Através de sua carta, enviada de Santos em 16 de fevereiro de 1583, ficamos sabendo que a armada saiu do Rio de Janeiro rumo ao Estreito em 02/11/1582, com 15 naus. Depois de enfrentarem uma tormenta e o naufrágio de uma das naus, fizeram uma conferência entre os capitães na qual se resolveu que todos voltassem à ilha de Santa Catarina. Em 14/12, encontraram com a nau de alguns freis que se dirigiam ao Rio da Prata, e por meio deles foram avisados da presença de navios ingleses na costa, e que haviam sequestrado pilotos e um “cavalero con cartas”.

Os registros sobre a viagem do frei Juan de Ryvadeneira permeiam os legajos com os documentos da viagem de Valdés. O frei teve uma viagem tumultuada e pleiteou acompanhar o almirante, o que lhe foi recusado. Acabou saindo de Lisboa e enfrentou sérios problemas com corsários na costa do Brasil. Frei Juan ia acompanhado de vários franciscanos para assumir a missão evangélica em Tucumã e no rio da Prata. Encontrou com a armada de Valdés em Santa Catarina

De todo o modo, depois do embate vitorioso contra os ingleses, Higino lembrava que ”el gobernador desta capitania y los regidores me an requerido por dos veces que no salga deste puerto sin aberles en el un fuerte para que se puedan defender...”



3° - 14/03/1583 - O Conde de Lançarote, governador do presídio espanhol instalado na Ilha da Madeira, relatou ao rei, que desembarcara na ilha Manuel Telles Barreto, governador do Brasil
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
3° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

O governador, reconhecido por frei Vicente de Salvador como homem prófilipino, parece ter causado outra impressão em alguns castelhanos seus contemporâneos. O Conde de Lançarote, governador do presídio espanhol instalado na Ilha da Madeira, relatou ao rei em 14 de março de 1583, dentre outras coisas, que desembarcara na ilha Manuel Telles Barreto, governador do Brasil, e, por conversações e práticas que tivera com ele, dizia não ter ficado muito satisfeito. O governador castelhano recomendava ao rei ter cuidado, pois Barreto bem poderia ter articulado alguma coisa com antonistas na Madeira. Além disso, levantou dúvidas sobre o ouvidor-geral que acompanhava o governador-geral e de quem parecia muito próximo. Nos relatos do Conde, a Madeira parecia ser um antro de pró-antoninos e os portugueses, gente para se desconfiar. Em outra carta, ele narrou uma briga entre um marinheiro português, da armada do governador Barreto, e um soldado castelhano do forte, que resultou na morte do marinheiro e num levante anticastelhano liderado por um certo Juan de Bettencourt. O Conde lamentava a quantidade de “pesadumbres y quien vivere entre portugueses bien se las a de pasar siempre porque aun que sea um sancto caído del cielo entiendo que entre ellos no sea de poder conservar...” Por fim, conta que foi obrigado a enforcar o soldado para acalmar os ânimos, mas este morrera como mártir, ressalvava o conde. [1] As desconfianças em relação à Barreto também foram partilhadas por Valdés. Em carta ao rei, comentou como: en lo que toca a Manuel Tellez Barreto que VM alli imbio por governador combiene como tengo dada relacion a VM le embie a llamar porque si alla no estubiese algunos dias la tierra acabaria de perder-se porque de mas de no tener las partes que se requerem para aquel cargo es demasiada la aficion que tiene a las cosas de Don Antonio y como tal tiene sus criados en su servicio y algunos deudos de Don Antonio



4° - 15/04/1583 - Armada de Valdez chega em São Vicente
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
4° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Diante das dificuldades, Valdés diz que resolveu voltar a São Vicente, onde chegou em 15 de abril de 1583, ocasião em que encontrou Higino. Depois de valorizar a própria decisão de ter mandado as três naus a São Vicente - que resultou na vitória sobre os ingleses –, o almirante fala sobre a construção do forte da Barra Grande, em São Vicente, que, segundo ele, teria sido solicitado pelos moradores locais e pelo capitão Jerônimo Leitão. “Y asi el contador lo comenzo a fabricar conforme la traza que para ele dio Bautista Antonelli el inginiero que VM embio para los fuertes de lo estrecho...”.

Ao chegar a São Vicente, resolveu acelerar o término do forte e aparelhá-lo com artilharia de bronze e “ferro colado” e cem homens de guerra, nomeando por alcaide Thomas Garri, que ia nesta função para um dos fortes do Estreito, “persona diestra para aquelo efecto”. Nomeou também por capitão um sujeito chamado Fernando de Miranda, seu sobrinho, que tinha ordem para acabar a fortaleza. Garri, de 45 anos, fora deão de Cartagena, em Múrcia, e escapou a nado de uma das naus afundadas na baía de Cádiz, quando, então, foi nomeado alcaide de um dos fortes do Estreito por intervenção do Duque de Medina Sidonia, já que o primeiro nomeado morrera afogado no mesmo naufrágio224. Garri teria se integrado bem à região, visto que, alguns anos mais tarde, ressurge num caso de tentativa de enforcamento. Como capitão da fortaleza, quis enforcar, em surdina, um tal de Antonio Gonçalves que tentara matar o capitão Jerônimo Leitão. Segundo testemunhos, o caso não teve desfecho trágico porque Anchieta interveio no episódio alertando a todos das intenções de Garri.225 Já o sobrinho de Valdés, Miranda, casou-se com a filha do capitão Jerônimo Leitão por intervenção do almirante. De acordo com sua missiva, Valdés imaginava que a terra, mesmo pobre, tendia a aumentar e prosperar. As apostas pareciam mesmo elevadas, já que, até um cunhado do almirante, chamado Francisco Martins Bonilha, que viera com mulher e filhos, resolveu ficar na capitania e se instalou na vila de São Paulo.

A aliança de Valdés com o capitão Jerônimo Leitão foi de fato bastante profícua. Rendeu, à capitania, um forte aparelhado, e um casamento, ao capitão. Vinte anos depois, um filho de Jerônimo, o mameluco Simão Leitão, lembrava desta ajuda do pai em seu memorial, no qual pedia mercês ao rei Felipe III, no Maranhão. Dentre o enorme rol de serviços do pai, constava que: Ajudou no provimento da armada do estreito de Magalhães de Diego Flores Valdés ambas as vezes que por ali passou e na briga que três navios dela tiveram com dois galeões ingleses lhe acodiu com gente deixando o mesmo Diego Flores encarregado da capitania do forte que na paragem da Paraiba se fez para que acabasse a obra dele e o sustentou por espaço de sete anos. Ainda apresentou como prova “seis cartas do dito Diego Flores porque se mostra que teve com ele boa correspondência nas cousas do serviço de VM”



5° - 17/04/1583 - “han llegado nuevas de aver Diego Flores tomado 13 navios franceses sobre la costa del Brasil y aver salido herido en un brazo”
0 fontes


6° - 01/05/1583 - Encontro com Anchieta
0 fontes


7° - 01/06/1583 - Carta de Pedro Sarmiento
1 fonte


 • 1° fonte (2005)
7° registro
INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS




8° - 01/06/1583 - Diego de La Ribera, que também ficou no Rio de Janeiro com a missão de liderar a armada em direção ao Estreito, comentava o alívio que representou a chegada das quatro naus com Alcega, mas que elas seriam insuficientes para a missão de abastecer Sarmiento. Reclamava da pobreza e pedia socorro
0 fontes


9° - 01/06/1583 - Carta defendende Valdez
2 fontes


 • 1° fonte (2005)
9° registro
INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS

Fragmento do percurso escrito e assinado por Pedro Sarmiento sobre o ocorrido ao exército do general Diego Flores de Valdés, que iria fortificar e povoar o Estreito de Magalhães e datado no Rio de Janeyro em 1º de junho de 1583.



 • 2° fonte (2010)
9° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Além do pitoresco caso criminal, outro fator de mobilização da vila em torno da armada foi desencadeado pela mais aguda solicitação de gado para o abastecimento das naus de Valdés. Em junho de 1583, os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade”.

As culpas pareciam recair sobre Valdés. De fato, desde Sevilha, a tibieza do almirante chamava a atenção. Pedro Sarmiento era recorrente nas cartas quanto às dificuldades que Valdés colocava ao bom andamento da expedição. Ao que tudo indica, ir ao Estreito não deve ter empolgado muito o general asturiano, assim como não deve ter empolgado uma boa quantidade de potenciais povoadores e membros da armada que estavam estacionados no Rio de Janeiro.

Dentre os defensores de Valdés, citamos a significativa carta do capitão Martim de Zumbieta, escrita também em 01 de junho de 1583, do Rio de Janeiro. Como a própria carta de Valdés, Zumbieta reforçava a importância do Brasil para os interesses da Coroa.

Segundo Zumbieta, o problema das costas do Brasil era seu tamanho, além de serem “continuadas con las del piru...y no lejos de la costa da mina e santomé...” E arrematava: “las dilaciones siempre traen consigo grandes inconbenientes...” Via como única solução a fortificação, a exemplo do que fora feito em São Vicente. Como Antonelli, sugeria a fortificação do Rio de Janeiro. Entretanto, parecia não se fiar muito nos portugueses e, sob uma verdadeira proposta integracionista, recomendava que, “en todos los puertos e poblaciones desta costa del Brasil”, se colocassem gente de Castela.242 Identificava certo clima de tensão, por causa dos padres, bispos e administradores leigos muito “aficionados”, e aconselhava nomear gente de condições mais “mansos quietos humanas y bien inclinados”, porque onde havia gente levantada havia padres. Ao final, defendia as ações de Valdés, e dizia o quanto se apiedou do almirante quando o encontrou em São Vicente “muy desconsolado de ber que la fortuna le abia sido tan contraria em nesta jornada”. Para isentá-lo, desconfiava da real possibilidade de defender o Estreito. Acreditava que a chave para a defesa da costa estava no Brasil e no Rio da Prata, e não em Magalhães.



10° - 15/06/1583 - Os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade”
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
10° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Além do pitoresco caso criminal, outro fator de mobilização da vila em torno da armada foi desencadeado pela mais aguda solicitação de gado para o abastecimento das naus de Valdés. Em junho de 1583, os camaristas se queixavam da “grande tormenta de fome” ocasionada pela remessa de gado para a armada de “sua Majestade”. No dia 10 de agosto, registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos.



11° - 01/08/1583 - Carta de Diogo Flores Valdez
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
11° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

No quadro da viagem de Valdés, a capitania de São Vicente teve um papel bastante relevante. Segundo carta ao rei enviada em agosto de 1583, o almirante ressaltava a necessidade de que VM “no estime poco el Brasil”, pois apesar de pouco povoada, tratava-se de terra rica. A carta exaltava, recorrentemente, a importância de sua chegada num lugar que vivia sob clima de agitação e subversão, visto que a maioria das pessoas da terra era de gente vinda de Portugal e em quem não se podia confiar; além disso, ingleses e franceses frequentavam livremente o litoral.

Mas, nesse sentido, São Vicente parecia-lhe diferente, já que era “la (capitania) que VM tiene mas obediente en esta costa y de mejor gente y que es tierra de mas ymportancia que ay em estas partes.” As causas enumeradas, com base nas notícias que colhera, sustentavam a tese de que a terra era rica em minérios.

E essa riqueza seria de tal monta que a prata era melhor que a de Potosí. Existiriam ainda cerros de ouro e muito cobre, este último utilíssimo para os engenhos de açúcar. Havia indícios que mostravam a proximidade com as minas de Potosí de, no máximo, trezentas léguas: a circulação de muitos índios chiriguanos e de boatos, junto aos índios, de que no interior existiam homens brancos barbados.

Por fim, cita o caso de um português que matara alguém em São Vicente e fugiu a pé para o Peru, onde recolheu certa quantidade de prata antes de voltar a Portugal. Essas notícias davam a certeza a Valdés de que era temerário que a capitania ficasse sob a jurisdição de um homem só, como o donatário Pero Lopes de Souza. Ela deveria, isto sim, por sua importância e riqueza, pertencer ao rei, que poderia “recompensar aquello en outra cosa antes que nada desto se entenda

Segundo ele, escolhera três das maiores naus da armada, com seiscentos homens, para que voltassem a São Vicente e Rio de Janeiro, e ali estacionassem e fortificassem a região até receberem novas ordens. Em São Vicente, recomendou que desembarcassem povoadores casados com seus filhos e mulheres para receber mantimentos, pois faltava muito na armada.

Depois de enviar Alonso de Sotomayor, pelo rio da Prata, ao Chile, empreendeu uma nova tentativa de cruzar o Estreito, mas de novo foi malsucedido. Para ele, tanto Sarmiento quanto o piloto Anton Pablo tinham dado informações erradas sobre a largura do Estreito, opinião, aliás, compartilhada por Antonelli. [Página 80]



12° - 10/08/1583 - No dia 10 de agosto, registrava-se, nas atas, provisão do capitão-mor, Jerônimo Leitão, ordenando que os habitantes remetessem 200 reses para a armada, estacionada em Santos
1 fonte


 • 1° fonte (2010)
12° registro
“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga

Em sessão dos camaristas, com a presença dos homens bons da vila, nomeados na ocasião como povo, decidiu-se por negar o pedido, visto que já tinha sido entregue gado no ano anterior, em troca do qual não haviam recebido dinheiro, conforme prometido, mas vinho, vinagre e ferro, todos por alto preço. Sem contar que o pouco gado restante estava prenhe e magro. Apesar das queixas das autoridades e dos reforços na solicitação, o pedido não foi atendido e o gado do planalto foi preservado. O sujeito responsável pela cobrança foi o feitor e almoxarife da capitania, Melchior da Costa, que, coincidentemente, quando os galeões ingleses estacionaram em Santos, estava “en la vila de sampablo del campo estudando em mandar hacer bastimentos para la dicha real armada”.



13° - 09/10/1583 - “para o bem do povo e de alguns espanhóis que andam nesta vila e termo dela fugidos”
0 fontes


14° - 01/12/1583 - Gaspar Luis e Manuel Pereira, mercadores da cidade do Porto, foram interrogados em Sanlúcar de Barrameda
0 fontes


01/01/2005 - k-3721 - INVENTÁRIO DEDOCUMENTOS HISTÓRICOS BRASILEIROS
01/01/2010 - 24461 - “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga