Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba
5 de maio de 1682
01/05/2024 07:31:25
Pedro II
Data: 01/01/1698
Carta régia do regente dom Pedro (depois rei dom Pedro II) autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba. [0]
Carta régia do regente dom Pedro (depois rei dom Pedro II)autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto MoreiraCabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro emAraçoiaba. Tais minas foram descobertas em 1589 pelo paulista AfonsoSardinha, o primeiro brasileiro que fundiu, posto que em pequena escala,algum ferro. [OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p.288]
Foram os Bandeirantes os primeiros que estiveram na região,afugentando os indígenas os quais viviam em suas tabas no ângulo formadopelos rios Sorocaba e Tatuuvu, hoje Bairro da Barreira. Em 1680, PaschoalMoreira Cabral e seu irmão, o Alcaide Jacynto Moreira Cabral, acompanharamFrei Pedro de Souza nas explorações do Morro Araçoiaba, em busca demetais. Os irmãos Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e Martins GarciaLumbria, autorizados por Carta Régia de 05 de fevereiro de 1682, levantaram aFábrica de Ferro do Ipanema, em Araçoiaba da Serra, criando também apovoação de Nossa Senhora Del Papolo, que obteve o título de Paróquia. Coma construção da Fábrica, algumas pessoas foram residir na região,determinadas a se entregarem à agricultura. Passados sete anos, uma OrdemRégia proibiu toda espécie de agricultura nessas terras, bem como todo ogênero de negócio e de corte de madeira, por serem destinadasexclusivamente para alimentar as fornalhas.[1]
Pelo lado paterno, era neta de Simão da Costa, natural da cidade de Beja, cm Portugal, e de sua mulher D. Branca Cabral, natural da cntáo vlUa de S. Paulo. Bisneta de Luiz da Costa Cabral, cavalleiro fidalgo da casa real, e de sua mulher D. Antónia Gomes Fróes, ambos da cidade de Beja. D. Branca Cabral era irmã germana de Pedro Alves Moreira, o qual foi pae do alcaide-mór Jacintho Moreira Cabral e do coronel Pascoal Moreira Cabral, escolhidos por EI-Rei D. Pedro II, em Maio de 1682, para penetrarem o sertão das serras de Cahativa e Biraçoyaha (*), e nellas descobrirem as minas de ouro e examinarem com frei Pedro de Souza as pedras de prata. Estas pedras de prata não eram senão as pedras de ferro Por sua avó D. Branca Cabral, era bisneta de Pedro Alvares Cabral, natural da ilha de S. Miguel, e de sua mulher D. Suzana Moreira, natural de S. Paulo, irmã germana de D. Maria Moreira, que foi mulher de Innocencio Preto, natural de Portugal, ouvidor da capitania de S. Paulo e S. Vicente, tendo tomado posse em 1584. Outros dizem Araçoyaha e Varassoiaba, Grupo de mon- tanhas de formação metallurgica, próximas á cidade de Sorocaba. Éalli a Fabrica de ferro de Ypanema : a qual, ao principio, foi iniciada por meio de uma associação de accionistas, e depois passou ao domínio do Estado até hoje. [2]
OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO p.288 / archive.org
Carta régia autorizando os paulistas Manuel Fernandes de Abreu, Jacinto Moreira Cabral e Martim Garcia Lombria a estabelecer fundições de ferro em Araçoiaba
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202
27963 368
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Como explicar a colonização ter iniciado-se na América e não na África? A África era mais próxima e a conheciam melhor. O périplo africano inicia por volta de 1412, com a tomada de Ceuta. A viagem de Vasco da Gama foi 1497 e a de Bartholomeu Dias em 1499. Ou seja, temos quase 1 século de conhecimento da África. Mas a colonização deu-se na África, mas sim na América.