Abriram duas ruas em terrenos de pessoas nobres, 7 de Setembro e Constituição, e na demanda que se seguiu nos tribunais
1824. Há 201 anos
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Clero, nobreza e povo, o triptico da monarquia lusitana, esteve emplena vigência em Sorocaba até 1824, quando se cumpriu o dever dojuramento à Constituição. Ainda dessa vez, aparecem nitidamente asassinaturas dos padres, dos oficiais de milícia e de ordenanças com os vereadores, e o povo, que assina em cruz. Em 7 de Setembro desse ano houveum motim, já agora perfeitamente democrático, pois só assinaram em cruz,mas ainda assim, pelo sistema antigo, o mesmo que elevou Dom João I aotrono, um levante oficializado na Casa da Câmara e a toque de sino. Assimabriram duas ruas em terrenos de pessoas nobres, 7 de Setembro e Constituição, e na demanda que se seguiu nos tribunais, até última instância, oadvogado do povo vale-se das velhas Ordenações sobre direitos deaguadas e servidões públicas. Os dois donos de tais terrenos, AméricoAires e Joaquim Ferreira Barbosa, pertenciam à nobreza por serem homens bons (da governança da vila), por não usarem ofícios mecânicos, reservados ao povo, e por serem também ricos. Mas. a maioria da nobrezapaulista não constituía a aristocracia do dinheiro.
Segundo o historiador Aluísio de Almeida, a rua Sete de Setembro a via se chamava Rua das Tropas por ser, na época, caminho dos tropeiros, que aproveitavam as chácaras ali existentes para descansar e fazer suas refeições. No ano de 1824 a rua teve seu nome alterado para Sete de Setembro, dois anos após a proclamação da independência do Brasil por Dom Pedro I. (cruzeiro do sul 4/2/2021)