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Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira
27 de fevereiro de 202305/04/2024 00:28:38

Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7A FAMÍLIA PIRES

Dentre as mais comuns e mais influentes famílias da Paulistânia, estão os Pires, famosos com as batalhas contra o clã dos Camargo.

Sobre a origem dessa família, o genealogista Pedro Taques diz seguinte o seguinte: "Grande variedade encontramos sobre a origem dos Pires da capitania de São Paulo. Segundo umas memórias de pais a filhos, foi progenitor desta família Salvador Pires, que de Portugal trouxera dois filhos:

Salvador Pires e Manoel Pires; porém, o exame e lição dos cartórios nos levaram a descobrir a verdade sobre o assunto, que é a seguinte: entre os nobres povoadores da vila de São Vicente, que a esta ilha chegaram com o fundador dela o fidalgo Martim Affonso de Sousa em princípios do ano 1531, vieram João Pires, chamado — o Gago — natural da cidade do Porto e seu primo Jorge Pires que era cavaleiro fidalgo (naquele tempo era este foro o melhor) cujo alvará veio ao nosso poder para o lermos. Este João Pires trouxe consigo da cidade do Porto o filho Salvador Pires, o qual se casou (não se sabe ao certo se em Portugal ou em São Vicente) com Maria Rodrigues também natural do Porto, que veio para São Vicente com seus irmãos, filha de Garcia Rodrigues e de Izabel Velho.

De São Vicente passaram para Santo André da Borda do Campo João Pires o Gago e seu filho Salvador Pires com sua mulher Maria Rodrigues, e ficaram nessa povoação que foi aclamada vila em 1553 em nome do donatário da capitania Martim Affonso de Sousa e seu amigo Tibiriçá e João Ramalho, sendo o dito João Pires o Gago o primeiro juiz ordinário desta vila." Se vê que a família Pires teve seu princípio neste Salvador Pires casado com Maria Rodrigues, ambos naturais do Porto, e não em outro Salvador Pires, filho deste, o qual foi casado com Mecia Fernandes.

Salvador Pires, filho do Salvador e de Maria Rodrigues, foi casado com N? de Brito e segunda vez com Mecia Fernandes (ou Mecia-ussú no idioma da língua geral, que quer dizer Mecia grande) esta natural de São Paulo, filha de Antonio Fernandes e de Antonia Rodrigues, e neta de Antonio Rodrigues e da índia batizada pelo padre José de Anchieta com o nome de Antonia Rodrigues, a qual foi filha de Piqueroby, maioral de Uraí.

Salvador Pires teve grandes lavouras mantidas por numerosos trabalhadores que eram índios catequizados sob sua administração. Foi pessoa principal no governo da república e faleceu com testamento em 1592 em São Paulo na sua fazenda de cultura, situada acima da cachoeira - Patuahy -no rio Tietê com uma légua de terra em quadro. Foi seu testamenteiro e curador de seus filhos, Bartholomeu Bueno de Ribeira, seu genro.

Dentre os Pires mais ilustres temos:

-Manuel Pires, que Integrou em 1628 a bandeira de seu genro Antônio Raposo Tavares ao Guairá e ao Tape, atual Paraná e Rio Grande do Sul, onde tivera êxito em expulsar os espanhóis.

-Antônio Pires de Campos: Filho de Manuel de Campos Bicudo, Antônio Pires de Campos, assim como o seu pai, foi um bandeirante paulista, casado com Sebastiana Leite da Silva, que foram os primeiros a adentrar as terras do atual estado de Mato Grosso no século XVIII.Tendo adentrado o sertão de Mato Grosso várias vezes, Pires de Campos era exímio conhecedor da região, tendo realizado um relato minucioso sobre as várias nações indígenas, bem como seus usos e costumes, que habitavam todo o percurso dos rios Grande até Cuiabá.

-Salvador Pires de Medeiros foi bandeirante e morreu em São Paulo antes de 1642.Filho de Salvador Pires e Mécia Fernandes (ou Mécia-açu). O pai figurou nas primeiras expedições contra o índio hostil à vila de São Paulo de Piratininga, que nascia, e foi procurador do Conselho em 1563 e juiz ordinário em 1573; morreu em 1592.

Pires de Medeiros era dono da Fazenda Ajuá (atual bairro de Perus) na encosta Serra da Cantareira e de sesmaria em Jatuaí, Sorocaba, dada em 1610; era bandeirante, e em 1620 teve patente de capitão de ordenança, tomou parte na bandeira de Nicolau Barreto (1602) e na de Antônio Raposo Tavares (1628), na qual levou os três filhos, que tomou o Guairá dos espanhóis.

- Cornélio Pires: O maior estudioso do caipira foi Cornélio Pires, que compreendeu, valorizou e divulgou a cultura caipira nos centros urbanos do Brasil, foi também o primeiro a gravar modas caipiras em discos. Cornélio Pires em sua obra Samba e Cateretês, registrou inúmeras letras de modas caipiras, que ouviu em suas viagens, e que, sem esta obra, teriam caído no esquecimento. Cornélio Pires registrou também a influência da imigração italiana entrando em contato com o caipira e os termos caipiras mais usados em seu Dicionário do Caipira publicado na obra "Conversas ao pé do Fogo".Cornélio produziu cerca de 500 discos, sendo o primeiro que lançou, em discos de 78 Rpm a música caipira, hoje popularmente chamada de "música de raiz", ou "música caipira" em oposição ao sertanejo universitário.A GUERRA DOS PIRES VS CAMARGOSOs confrontos se iniciaram por volta de 1640, com componentes shakespeareanos, quando Alberto Pires matou Leonor Camargo, sua mulher, e Antônio Pedroso de Barros, seu cunhado. Há versões que afirmam que Pires teria atingido sua mulher por acaso, e, sem saber como justificar sua morte, matou também o cunhado, acusando os mortos de adultério. As famílias Camargo e Barros decidiram se vingar. E Alberto Pires morreu meses depois.O ano de 1640 registrou ainda outro conflito entre os clãs. Pedro Taques de Almeida, parente dos Pires, se desentendeu com Fernão de Camargo, chamado de "Tigre" por sua violência e valentia. Os dois desembainharam adaga e espada no pátio da matriz e, em poucos minutos, a população toda se envolveu na luta, configurando uma verdadeira batalha campal. O tal pátio, hoje, é a praça da Sé.

Um ano depois, no mesmo local, Tigre matou Taques com um golpe pelas costas. Esse dia selou o início da guerra civil que duraria três décadas e só acabaria no aniversário de 106 anos da vila, em 25 de janeiro de 1660, com a assinatura de um acordo de paz. Mas há relatos das rixas entre clãs até mesmo entre o século XVIII e XIX.

Os conflitos, que se tornaram políticos com a disputa pelo controle da Câmara, podem ser explicados pela ausência de governo. "No período colonial, a família preenchia um espaço deixado pelo Estado português", afirma a historiadora e professora da USP Eni de Mesquita Samara.Entre essas famílias paulistas, estavam os Dias Pais, Castanhos, Camargos, Nunes de Siqueira, Sanches de Aguilar, Buenos e Correia Soares. Por três séculos, escreveram a história da capitânia e mantiveram os sobrenomes próximos do poder.*Pires é um sobrenome muito comum, então não dá pra saber ao certo através do mapa, se este é a disseminação correta dos Pires de origem vicentina. Já que existiram outros Pires de outros origens portuguesa pelo Brasil.Já dentro de sua descendência registrada genealogicamente, muitos seriam bandeirantes, tropeiros, fazendeiros, barões, ervateiros, militares, governadores, estancieiros e outros.Principalmente em São Paulo, Sul do Brasil, Minas Gerais, Sul da Bahia, Centro-Oeste Brasileiro além de Rondônia e Tocantins.Fonte para consulta: -Genealogia Paulistana de Luiz Gonzaga da Silva Leme- Nobiliarquia Paulistana Histórica e Genealógica, de Pedro Taques de Almeida Paes Leme-Felipe de Oliveira
Genealogia das famílias formadoras da Paulistânia- 7, Felipe de Oliveira

Relacionamentos
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Pessoas (11)
Bartholomeu Bueno I
40 registros
Izabel Velho
4 registros
João Pires, o gago (1500-1567)
20 registros
José de Anchieta (1534-1597)
283 registros
Maria Rodrigues
3 registros
Martim Afonso de Sousa (1500-1564)
184 registros
Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777)
Falecido há 246 anos / 59 registros
Piqueroby (1480-1552)
65 registros
Salvador Pires (f.1592)
42 registros
Salvador Pires de Medeiros (1580-1654)
13 registros
Salvador Pires, moço (1570-1616)
12 registros
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Cidades (3)
São Paulo/SP
3529 registros
sem imagemSão Vicente/SP
581 registros
Sorocaba/SP
10973 registros
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Temas (4)
“Jatuabi”
23 registros
Patuahy
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