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Consulta do Conselho Ultramarino
27 de fevereiro de 164705/04/2024 08:34:42

Uma consulta do Conselho Ultramarino, datada de 27 de fevereiro de 1647, nos mostra o real estado da situação e os papéis de cada um dos agentes: jesuítas, moradores, oficiais, etc. O governador geral do Brasil, o governador da capitania do Rio de Janeiro, e oficiais da Câmara do Rio de Janeiro e de São Paulo, escreveram ao rei D. João IV sobre o que se passava com relação aos padres da Companhia de Jesus naquelas partes. Os moradores solicitavam ao rei que a administração dos índios fosse confiada inteiramente à eles (moradores), e, ainda, queixavam-se da restituição dos bensaos jesuítas.

Como justificativas dessas queixas, citavam o fato de que os padres inacianos haviam fechado o caminho para a vila de São Paulo, impedindo o comércio. Nesse documento, por sinal, extremamente importante e rico de detalhes, Salvador Correia de Sá e Benevides, atuando como “conselheiro do Conselho Ultramarino”, nos propicia um vastíssimo cenário da situação. Também o governador do Rio de Janeiro,Duarte Correia Vasqueanes, informa à Sua Majestade sobre a sua visão dos fatosocorridos, onde acha que o rei deveria conceder o perdão de todas as culpas dosmoradores de São Paulo, pois, segundo Duarte Correia, os paulistas poderiam se passarpara o lado dos castelhanos por vingança.232 Os jesuítas, durante o processo deexpulsão, foram tratados com rigor e violência pelos moradores de São Paulo. Mesmoquando já estavam exilados em Santos, foram obrigados por moradores armados da vilade São Paulo a embarcarem para o Rio de Janeiro. As autoridades coloniais cobravamuma maior firmeza do rei, no sentido de punir os paulistas desordeiros e230 AHU_ACL_CU_023-01, cx. 1, doc. 12 231 AHU_ACL_CU_023-01, cx. 1, doc. 12. Franciscanos e Jesuítas na América Portuguesa, sempre estiveramenvolvidos em disputas. Após a publicação do Breve de Urbano VIII, em diversas ocasiões, principalmentedurante as missas, os franciscanos tentavam colocar os jesuítas contra o povo. Além disso, os franciscanoseram a favor da escravidão indígena e condenavam a riqueza da Companhia de Jesus – Sentença que osPadres do Mosteiro de São Francisco de São Paulo, obtiveram contra os jesuítas em 1651 – Códice 4- folhas141 a 142 – Fundo: Papéis do Brasil – IANTT232 AHU_ACL_CU_023-01, cx. 1, doc. 14 91criminosos.Também, alegavam que o cargo de capitão-mor deveria ser provido pelo rei enão pelos donatários, evitando assim, vinganças e abuso de poder.233Em seu parecer ao rei, Salvador Correia de Sá e Benevides recomenda à SuaMajestade que os jesuítas deveriam voltar à São Paulo, “...porque são úteis para a boaadministração da justiça, serviço de Deus, e polícia dos lugares das conquistas”.234 ParaSalvador Correia de Sá e Benevides o mais importante era garantir a paz nas capitaniasdo Sul, para que os descobrimentos das minas pudessem ser efetuados. Tambémconsiderava os jesuítas fundamentais na administração dos gentios. Mas em face daviolência dos conflitos ocorridos, pede à D. João IV que entregue a administração dasaldeias à padres seculares e capitães leigos. O Conselho aceita o parecer de SalvadorCorreia de Sá e Benevides, menos no quesito da administração das aldeias, pois achaque os jesuítas são os mais indicados para cuidar dos índios aldeados.235Entre essaconsulta ao Conselho Ultramarino (1647) e a efetiva volta dos jesuítas em 1653, asnegociações de ambos os lados continuaram.
Consulta do Conselho Ultramarino

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Em 1538... aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los.
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Cada experiência é um degrau para o progresso da alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução.Masaharu Taniguchi
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