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O Descobrimento foi parceria com a Itália. Eduardo Bueno (revistaepoca.globo.com)
13 de dezembro de 201007/05/2024 23:13:39


Foram os italianos que descobriram o Brasil? De certa forma, sim. Não se trata de defender a tese de Francisco de Varnhagen. Em 1854, ele afirmou que o primeiro europeu a visitar o litoral brasileiro fora o florentino Américo Vespúcio, em viagem realizada em 1499. Embora pesquisadores respeitáveis, como o italiano Riccardo Fontana, continuem acreditando que a frota de Vespúcio aportou no Rio Grande do Norte, a maioria dos historiadores acha que ela esteve apenas nas Guianas e pouquíssimos são aqueles que concedem ao padrinho da América a ventura de ter sido o primeiro a colocar os pés na Terra Brasilis.

Ainda assim, não restam dúvidas de que os italianos tiveram profundas influências diretas e indiretas no "achamento" do Brasil. Em primeiro lugar, a própria Marinha portuguesa fora "fundada" por um italiano: em 1317, contratado pelo rei dom Diniz, o almirante genovês Manoel Pessagno (Peçanha para os lusos) chegou a Lisboa trazendo "20 homens sabedores do mar" para virtualmente ensinar os portugueses a enfrentar os perigos do "Mar Tenebroso" (o Atlântico).

Portugal era "a varanda debruçada sobre o Atlântico". Mas os italianos, e genoveses, em especial, foram os primeiros a desafiar aquelas águas misteriosas. Em 1291, os irmãos Vivaldi ousaram cruzar as Colunas de Hércules (o Estreito de Gilbraltar), costeando parte da África. Pouco depois, Lanzarotto Malocello descobriu as Ilhas Canárias. A partir da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em maio de 1453, capitais genoveses e florentinos foram investidos em Portugal. Sem aquele dinheiro, os lusos dificilmente teriam sido capazes de continuar a sua aventura ultramarina.

Três ricos mercadores italianos ajudaram a bancar a armação da frota de Pedro Álvares Cabral, que partiu para a Índia e, no meio do caminho, descobriu o Brasil. Eram eles os florentinos Bartolomeo Marchionni e Girolamo Sernigi e o genovês Antonio Salvago. Dono de amplos canaviais na Ilha da Madeira, amigo do rei dom Manuel, Marchionni possuía uma fortuna calculada em 100 mil ducados e era tido como o homem mais rico de Lisboa. Sem o seu financiamento, Cabral não teria, talvez, chegado à India nem ao Brasil.

Os italianos dão as cartas

A contribuição dos italianos não se restringe à força da grana ou às técnicas de navegação. Como bem coloca o pesquisador Riccardo Fontana, são italianas as fontes primárias que lançam nova luz sobre o mistérios que ainda cercam o Descobrimento do Brasil. Com efeito, várias cartas escritas por mercadores de Florença e Gênova, então residentes em Lisboa, se referem à viagem e ao desembarque de Cabral. "Esses textos", diz Fontana, "permitem escapar dos rigores impostos pela famigerada política do sigilo lusitana e libertam o pesquisador de uma concepção exclusivamente lusófila, e por isso mesmo limitada, da História".

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Pessoas (4)
Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
99 registros
Eduardo Bueno2 registros
Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
Falecido há 132 anos / 76 registros
Américo Vespúcio (1454-1512)
63 registros
-
Temas (2)
“Descobrimento do Brazil”
206 registros
Italianos
72 registros
Você sabia?
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.
Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral
Nunca celebrarei a morte de um ser humano, primeiramente pela mãe dele, e pelos filhos dele, segundo, como presidente da Colômbia, queria ele preso.César Augusto Gaviria Trujillo
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