A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá
1674
07/04/2024 02:48:01
E a Oficina dos Reais Quintos existia em 1674, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá. Teria sido extinta em 1682 e restabelecida em 1719, para ser definitivamente abolida em 1736, quando foi substituída por uma Intendência do Ouro. Benedicto Calixto diverge dessas datas e aponta o ano de 1697 para sua instalação e 1730 para sua extinção, mas ele mesmo a menciona como existindo em 1735, razão pela qual não pode ser levado em consideração. ( FONTES : ARRUDA, A Circulação, As Finanças e as Flutuações Econômicas , 192 - CALIXTO, Capitania de Itanhaém. Memórias Históricas - PEDRO TAQUES, História da Capitania de São Vicente , 141 - SANTOS, Memórias Históricas da Cidade de Paranaguá, 38/46 - Pauliceae, 2:260). [1]
No ano seguinte volta Sua Alteza ao assunto, dessa vez, porém, em carta a Manuel de Lemos Conde, o provedor das minas de Paranaguá, estranhando a longa falta de notícias sobre o rendimento daquelas minas. E é como quem responde às queixas e veladas censuras de D. Pedro que o pró- prio provedor anuncia, logo depois, o achado de outras riquezas, com que o Brasil pudesse, enfim, equiparar-se às índias espanholas. Por tratar-se de metal de menos preço, a existência da prata parecia talvez mais digna de crédito aos que já se mostravam céticos acerca da propalada riqueza das veias de ouro da região. Explica-se assim que essa nova quimera rapidamen- te ganhasse curso na Corte e mesmo entre os moradores de Paranaguá e São Paulo, sendo precisos mais seis ou sete anos para desvanecer-se. [2]
A Oficina dos Reais Quintos existia, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:
“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou. Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral