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Manuel Preto consegue terras
29 de setembro de 161506/04/2024 19:59:12

O sítio Jaraguá, desde a primeira concessão de sesmaria, feita em 12 de outubro de 1580 a Antonio Preto, passou por sucessivas transmissões. Em 1615, encontrava-se dono do sítio, Manuel Preto, filho do primeiro possuidor, o qual erigiu a igreja Nossa Senha da Espectação do Ó.Em 1617, eram proprietários de parte dessa gléba, por troca que fizeram de terras com os nativos de Pinheiros, o casal Manuel Pires. Em 5 de junho de 1648, foi o sítio do Jaraguá, com sua casa de dois lances, de taipa de mão, atribuído em partilha, avaliado tudo, pomar e roça, em 55$000, no inventário dos bens deixados pelo paulista Raphael de Oliveira. [Jornal Correio Paulistano, 22.06.1929. “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos.]

A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda doportuguês Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juizOrdinário da Câmara em 1575. O pai de Manuel Preto partindo de Piratininga acompanha o RioTietê aportando na margem direita em um areal, uma légua e meia (cerca de 9 km) da antiga vila.

Escolhe uma colina vizinha à várzea, com vista estratégica do planalto paulistano para construir sua moradia, olaria, moinho e engenho (c.1580). Manuel Preto, herdeiro das terras, solicita junto a Câmara uma provisão para erguer em sua fazenda uma capela dedicada a N. Sra. da Esperança, pois naquele lugar, longe da vila e isolado pelo rio Tietê, tornava-se difícil cumprir as obrigações religiosas: Pede autorização para “[...] se levantar altar nela, pagando chancela ordinária, e possaenterrar seus defuntos, batizar e casar [...]” (Livro de Tombo da Sé de São Paulo, 2-2-19). Obtevedespacho favorável em 29 de setembro de 1615 pagando dois marcos de prata à chancelaria. Aescritura lavrada impunha como dote hipotecar sua fazenda vinculando-a a conservação da capela. Por volta desta época é iniciada a construção da ermida de Nossa Senhora do Ó. Nobreviário romano, as antífonas de vésperas das proximidades do natal começam com o vocativo“Ó”. Deste nome provém a festa e designação do famoso bairro da Freguesia do Ó, antigaresidência de Manuel Preto, sua esposa Águeda Rodrigues, dos mais de mil índios vindos dosertão guairenho, familiares, descendentes de espanhóis, portugueses e homenageados nosversos do cantor Gilberto Gil. Cf. SOUZA, Ney de. (org.). Catolicismo em São Paulo: 450 anos depresença da Igreja Católica em São Paulo. São Paulo: Paulinas, 2004, p. 82 e 83. Em 18 dedezembro de 1788, o Pe. João Franco Rocha, morador da Freguesia, pede a Sé da cidadeprovisão para reedificar uma nova igreja, pois a antiga ermida, além de ser muito pequena,ameaçava ruir. Pelos relatos sabemos que a primitiva capela se localizava na parte baixa daFreguesia, sofrendo constantes desgastes devido à umidade do Tietê e afluentes. Em 1796 umanova igreja é erguida no alto da colina e reconhecida como paróquia. Pe. João Franco Rocha éeleito seu primeiro pároco. Situava-se onde hoje encontramos o Largo da Matriz Velha. Os limitesda antiga Freguesia do Ó em 1802, segundo a divisão da Sé de São Paulo compreendia a estradaque vai para o lugar conhecido como Cantareira até a baixada do Tietê na Ponte Grande e destaacompanhava a várzea direita até a divisa com a vila de Santana de Parnaíba. Interessante notarque ainda nesta época as fronteiras territoriais da antiga Freguesia eram extensas e bem próximasdaquelas deixadas na escritura de terras de Manuel Preto, inventário datado de 1618. A MatrizVelha desapareceu na noite de 22 de novembro 1896. Segundo os relatos, a igreja erguida peloincansável Pe. João Franco Rocha foi consumida por um incêndio provocado pelo zeloso sacristãoque, ao tentar queimar uma colméia de abelhas instalada na portada do templo, acabouocasionando a tragédia. Desta restaram apenas à sacristia, posteriormente demolida e as imagensde Santa Luzia e Nossa Senhora das Dores. A cabeça de Nossa Senhora milagrosamentesobrevivente ao incêndio foi inserida no alto do arco-cruzeiro protegendo a terceira igrejaconstruída em uma praça próxima da antiga ermida incendiada, hoje Largo de Nossa Senhora doÓ (Matriz Nova), inaugurada em 1901. Cf. Arquidiocese de São Paulo. 200 anos de ParóquiaNossa Senhora do Ó, 1796-1996. São Paulo, 1996, p. 14, 20, 21, 22, 23 e 28. [Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária Colonial p.244;245]
Manuel Preto consegue terras

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Quando perceberam q não era a índia

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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