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Caminho aberto por Garcia Paes
171009/04/2024 14:49:00

A autora ratifica ainda que o porto de São Sebastião se tornou uma área dearticulação entre as áreas de mineração e o exterior, em concordância com Silva (1975) queindica que nos fins do século XVII e início do XVIII, juntamente com o porto de Ubatuba, oporto de São Sebastião escoava o ouro das Minas mencionando ainda que “[...] os caminhospercorridos pelo ouro correspondem a velhas trilhas indígenas” (SILVA, 1975, p. 23). Esegundo Almeida (1959, p. 80) por volta de 1727, “[...] era vultuosa a quantidade de ouroexportado pelos portos de São Sebastião e Ubatuba”, porém esse escoamento, a partir de 1710foi tido como ilegal. A partir desse fato, como mostra Campos (2000), a exportação de ouro,chegava até os portos do Litoral Norte por rotas de descaminho do metal precioso. Essas rotas,fugiam do ‘caminho novo’, aberto por Garcia Rodrigues Pais, em 1710, caminho este que ligavadiretamente as Minas Gerais ao Rio de Janeiro, e que era intensamente fiscalizado, então sebuscava o litoral norte de São Paulo por alguma vereda, antiga trilha indígena, a mais conhecidaera a que passava por Guaratinguetá em direção ao porto de Ubatuba. Essa facilidade nocontrabando, nesse época, era auxiliado, em São Sebastião “[...] em função do seu grau deisolamento e esquecimento quanto a uma fiscalização mais efetiva sobre as possibilidades decontrabandos diversos” (CAMPOS, 2000, p. 91).Segundo Campos (2000) os tropeiros que traziam o ouro das Minas Gerais, tinham,de maneira geral, como frete de volta, produtos agrícolas e o sal, visando ao abastecimento daspopulações das áreas de mineração.Especificamente quanto ao sal, considerando o grau de importância deste, até pornomear da “Rota do Sal”, o objeto de estudo da iniciação científica desenvolvida anteriormente(SILVA, 2007), identifica-se esta como um precursor secundário da origem da Estrada do PadreDória, pois não pode-se perder de vista os caminhos indígenas, possivelmente apropriados paraeste fim. Destaca-se que o sal já era um item utilizado pelos índios, que realizavam a coleta emsalinas naturais existentes na costa brasileira, porémQuando começou a se desenvolver o comércio do Sal, a Coroa Portuguesa não viucom bons olhos a presença desse produto, suscetível de prejudicar as importações doSal português e decretou a proibição da exploração de Sal no Brasil (THIÉBLOT,1979, p. 16),
Caminho aberto por Garcia Paes

Relacionamentos
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Garcia Rodrigues Paes (1659-1738)
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Você sabia?
Como explicar a colonização ter iniciado-se na América e não na África? A África era mais próxima e a conheciam melhor. O périplo africano inicia por volta de 1412, com a tomada de Ceuta. A viagem de Vasco da Gama foi 1497 e a de Bartholomeu Dias em 1499. Ou seja, temos quase 1 século de conhecimento da África. Mas a colonização deu-se na África, mas sim na América.
*“Portugal e Brasil: Antigo sistema colonial”; Fernando Novais; Curso de pós-graduação Geografia; youtube.com/watch?v=JsAXNoumgS8

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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