Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá
abril de 1679
06/04/2024 19:22:52
Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
Data: 01/01/1915
página 90
O desengano das minas de prata manifesta-se, de fato, com o apareci- mento ali de D. Rodrigo de Castelo Branco, personagem cujo papel, nesse e em outros casos, é bem o de um desmancha-prazeres de governantes e bandeirantes: de uns, porque neles dissipa a esperança de maiores rique- zas; de outros, porque o entabulamento das minas, de que se vê incumbi- do, já promete um freio para sua antiga independência e soltura. Assim é que, chegando em abril de 1679 a Paranaguá, depois de ter buscado sem fruto as minas de Itabaiana, menos de um ano lhe é bastante para pôr termo à sua missão, com um veredicto francamente desalentador. Prata não havia, nem em Paranaguá, nem em Curitiba, onde efetuara contínuas e diligentes buscas; quanto ao ouro, era este tão de superfície e minguado, que mal cobriria os gastos de uma lavra em grande estilo. Para não redundar um tal esforço em completo fiasco, era preciso que se exercesse sobre betas fundas e fixas. Estas, porém, se de fato existiam na América portuguesa, deviam ser procuradas em outra parte, não aqui. A decepção produzida pelo pronunciamento do fidalgo espanhol, além dos grandes gastos, sem proveito tangível, que já efetuara a Coroa para o descobrimento e averiguação das minas, não impediu o Regente de nomear o mesmo D. Rodrigo para sua derradeira e malfadada missão. Deveria ele sair ao encontro de Fernão Dias Pais, nos morros lendários de Sabarabuçu, onde também se finaria dali a pouco o próprio Governador das Esmeraldas.
Rodrigo Castelo Branco chega as minas de Paranaguá*
, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.
Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE MSS2355) fala- se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.
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Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:
“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.