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Foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 pela gente do "bacharel"
153207/04/2024 18:57:03

Quanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradiccio- nalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Mon- tes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e ve- reador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixan- do-lhe o nóme. E como a história se repete, vemos na des- cripção dessa ilha em 1817 ordenada pelo Régio Aviso de 21 de Outubro daquelle anno, e reproduzida na "Revista Nacional" de 1877, Vol. I pelo Dr. Inglez de Souza, que a mesma ilha "vinha servindo de pasto para gado vaccum". Henrique Montes, companheiro de Melchor Ramirez e como elle sobrevivente da Expedição Solis, viveu por muitos annos em S. Vicente e na região do "Prata" (1), onde Diogo Garcia e outros expedicionários foram encontral-o por vezes, e foi companheiro e collaboradôr de Gonçalo da Costa e do "bacharel". A ambição paréce, foi o que provocou a sua desgraça, levando-o a pôr-se em desaccordo com os seus ami- gos e protectores, por desejar umas terras que estariam em poder do mesmo "bacharel" ou de um dos seus genros. Essas terras éram as de Jurubatuba e principalmente as da actual ilha Barnabé, onde podiam-se fazer todas as criações ima- gináveis sem necessidade de cercas e sem o perigo dos ani- maes do matto que naquelle tempo infestavam todos os lo- gares. {jdjk]

Jurubatuba (antigamente Jarabatiba ou Geribatiba) - Nome do rio, da cachoeira e do recanto, fronteiros à cidade. È um dos pontos históricos da terra, onde tinha pouso a tribo de Caiubi. Foi doado em 1532 por Martim Afonso a Henrique Montes, prático da expedição, o qual foi assassinado em 1535 pelas forças do "Bacharel", que invadiram S. Vicente e sua região. Consideradas devolutas as suas terras, obteve-as Braz Cubas, de d. Anna Pimentel, em doação de 25 de setembro de 1536, em Lisboa, para onde embarcara em 1535 e de onde voltou somente em 1540, tendo mandado de lá para tomar posse delas, a seu pai, João Pires Cubas.

Jurubatuba não procede, como erroneamente interpretaram até bem pouco tempo, de GERIBA-TY-BA ou TUBA - "abundância de jaruvás" (espécie de coqueiros) e sim de YERE-ABATY-BAE, contraído de YER´ABATY-BAE, que, na pronúncia indígena, parecia aos primeiros colonizadores JERIBATIBA ou JUBATUBA. Significa "atado e de muitas voltas" e refere-se ao rio, que corre todo entre montanhas, é encachoeirado e dá realmente muitas voltas num trajeto bastante curto, o que alonga a distância aos canoeiros.

Caneú - Nome do lagamar fronteiro ao Valongo de Santos, cujas águas apresentam uma largura de alguns quilômetros, onde vêm desembocar quase todos os rios, cachoeiras, gamboas, furados e ribeirões formados na serra de Paranapiacaba, da parte de dentro, desde Jurubatuba até S. Vicente, ou formados nos morros centrais da ilha de S. Vicente.

Esta última circunstância é exatamente que lhe dá o nome, significando CANEÚ, segundo o sapiente Frei Francisco dos Prazeres Maranhão: "ONDE AS ÁGUAS SE REÚNEM", que é o que acontece no lagamar santista, como já dissemos.

Todas as demais versões são inconsistentes e abstrusas.

Ilha Barnabé - Pequena ilha imperfeita, fronteira ao Valongo de Santos. Em 1532 denominava-se ILHA PEQUENA, em 1600 já era ILHA DE BRAZ CUBAS, em 1700 passava a ser ILHA DOS PADRES, por pertencer aos padres do Carmo (em parte, ao que parece) e, finalmente, em meados do século passado chamava-se ILHA BARNABÉ, por pertencer a Barnabé Francisco Vaz de Carvalhaes, chefe de importantíssima família local, que foi presidente da Câmara algumas vezes, e nela construiu solar de moradia, cujas ruínas ainda lá estão, em péssimo estado.

Esta ilha é um dos pontos históricos do território santista, e nela a gente do "Bacharel" criava porcos e galinhas da Espanha de 1516 a 1530, vivendo em perfeita harmonia com os índios de Cayubi, Piqueroby e Tibiriçá, que dominavam desta parte do litoral ao planalto, e viviam na ilha de S. Vicente em grande número, conforme depoimento da época.

Foi seu primeiro proprietário, após a chegada de Martim Afonso, o ambicioso Henrique Montes, em 1532. Em 1536 passava à propriedade de Braz Cubas. Cerca de 1630 passava à propriedade parcial dos padres do Carmo, por doação de Pedro Cubas, filho de Braz Cubas; no século passado já figurava como propriedade (parcial) de Barnabé Francisco Vaz de Carvalhaes, pasando deste a dª. Anna Zeferina Vaz de Carvalhaes, e desta aos seus descendentes, dos quais parece ser o último o Barão de Carvalhaes, residente em Pau, na França, que a negociou por alto preço há poucos anos, com a Cia. Docas de Santos, tendo esta transferido para lá os seus enormes depósitos de inflamáveis e corrosivos (gasolina, óleos etc.). [Toponímia Santista: Origem e significado das denominações brasílicas e portuguesas aplicadas aos lugares e bairros mais conhecidos da cidade e do município de Santos. 26.01.1939. Jornal “A Tribuna”]
*Foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 pela gente do "bacharel"

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Você sabia?
Em 9 de julho de 1501 comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:

“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou."
Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral
A vinda do Apóstolo São Thomé á estas partes da América, e principalmente ao Brasil e ás regiões do Paraguay, está baseada em tais fundamentos, que d´ela não se pode duvidar.

Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, 1863, tomo XXVI


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