A Obra Pia da Terra Santa no Brasil vendeu esse imóvel à Associação Protetora do Recolhimento de Desvalidos de Petrópolis
9 de maio de 1919
09/04/2024 08:07:02
). Em 9 de maio de 1919, a Obra Pia da Terra Santa no Brasil vendeu esseimóvel à Associação Protetora do Recolhimento de Desvalidos de Petrópolis parao atendimento a órfãos e idosos. Entre 1969 a 1998, funcionou como internato,semi-internato e apoio a crianças e adolescentes76. Em 2001, o prédio passou aabrigar o Centro Educacional Terra Santa (OFM, s.d.i.) cujo lema é Acolhendo eeducando para a vida. Observa-se a retomada do sentido da hospitalidade nasfunções de recolhimento, internato e acolhimento adquiridas pela casa dePetrópolis. Enfim, repete-se aqui a definição de hospício dada pelo Abate Bergier:na Espanha são conhecidos com o nome de hospício as casas demisericórdia, onde se abrigam a muitos pobres, dando-lhescuidados e sustento, e se lhes obriga a exercer suas profissões eofícios, oferecendo-se neles ensino a muitas crianças pobres, quecom o tempo chegam a ser membros úteis e de mérito ao Estadoe à nação (Bergier, 1846)
A Obra Pia da Terra Santa no Brasil vendeu esse imóvel à Associação Protetora do Recolhimento de Desvalidos de Petrópolis
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
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É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.