Se ajuntaram em câmara os oficiais dela, Afonso Sardinha e Fernão Dias, vereadores, e Sebastião Leme, Fernão Dias Juiz e o procurador do conselho Jerônimo Maciel, para assentarem coisas e bem da república e assentaram o seguinte, despacharão uma petição de Jerônimo Fernandes e lhe acrescentaram a carne maio real mais por falta de gado e por estar muito magro e assim requereu o dito procurador do conselho que em nome do povo lhes requeria que eles requeressem ao senhor capitão Jerônimo Leitão que ele fizesse guerra contra os nativos do sertão porquanto eles vieram contra nós a guerra e se ajuntaram de todas as aldeias do sertão desta capitania tendo primeiro morto três ou quatro homens brancos e nativos espiões e botaram fama que tinham morto a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou com todos seus companheiros que seriam por todos os brancos perto de cinquenta homens, e com esta fama de terem mortos estes brancos se ajuntaram e viram com grande guerra e puseram esta capitania com aperto e em ponto de se perder e mataram três homens brancos e feriram outros muitos e mataram muitos escravizados e escravizadas e nativos e nativas expiões e destruíram muitas fazendas de brancos como de nativos e queimaram igrejas e quebraram a imagem de Nossa Senhora do Rosário dos Pinheiros e fizeram outros delitos por quanto mereciam gravemente castigo e que porquanto eles eram vizinhos e estavam amigos conosco e eram nossos compadres e se comunicavam conosco quando de nossos regastes e amizades e isto de muitos anos a esta parte e sem lhe fazermos nenhum mal eles mataram brancos e se levantaram contra nos e nos fizeram tanto mal se lhe não derem o castigo que merecem com muitas brevidade se poderia disso resultar muito dano a esta capitania e estava em risco de se despovoar esta vila e a capitania ficar em aperto e em balanço de se perder e que ele dito capitão podia fazer justamente esta guerra porquanto eles deram ocasião licita para isso e aguardam a dar conta ao senhor governador ou governadores na dilação se podia recrescer mais males e se espalharia a gente e os inimigos se reformariam outra vez e ajuntariam mais gente e tornariam com maior ímpeto e guerra por estarem muito perto e ser gente bárbara e usada na guerra e andarão aos saltos como nos tem ameaçado que farão dizendo que em nos acabarão nesta capitania, haviam de ir ao Rio de Janeiro e acorrer ao Rio de Janeiro e as mais partes dessa capitania, digo consta dizendo que haviam de dar o capitão e os padres aos inglês e fazem com eles pazes e trato. [Atas da Câmara da cidade de São Paulo (07.07.1590) páginas 403, 404 e 405]
A primeira Real Fábrica de Ferro nasceu de uma lenda. O Morro de Ferro, às margens do Ipanema, foi descoberto em 1589 por Afonso Sardinha, quando em expedição a procura da Lagoa Dourada, “que num ponto qualquer da serra existia, nadando em suas águas peixes e patos de ouro”. Hoje (1960), a quem quer que se pergunte em São João do Ipanema, sobre a tal Lagoa, não se houve resposta. Ninguém a viu, mas ninguém a contesta. Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima
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Sinceramente esperamos, fervorosamente rezamos, para que este poderoso flagelo da guerra possa finalmente acabar. Mas se Deus quiser que ela continue até que toda a riqueza pilhada pelos escravos, 250 anos de labuta não retribuída afunde e até que cada gota de sangue derramada pelo chicote deva ser paga por outro golpe de espada, como foi dito três mil anos atrás e ainda precisa ser dito o julgamentos do senhor são justos e verdadeiros completamente.Abraham Lincoln (1809-1865) 9 registros