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Carta de D. Luiz Antonio, ao Conde de Oeyras, o grande Sebastição José de Carvalho e Mello
3 de março de 176806/04/2024 19:58:03

“A Fábrica de Ferro é uma das coisas que tem me dado maior trabalho, sem que até agora conseguisse o desejado fruto, ou seja pela pouca experiência do Mestre ou por demasiada malícia dele, porque para tudo pode ter lugar a suspeita.

Sendo S. Magestdade que Deus Grande Servido dar faculdade a Domingos Ferreira Pereira para poder nesta capitania ao Morro do Hibarassoyaba, no distrito da vila de Sorocaba, a fazer as primeiras experiências e em uma pequena forja, que, para isso erigio com o mestre de caldear o ferro, João de Oliveira Figueiredo, tirou as primeiras amostras que em 9 de dezembro de 1765 remeti a vila de Santos a V. Excelência.

Passado pouco tempo, voltou o dito Domingos Ferreira Pereira com o Mestre para o Rio de Janeiro, dizendo que ia ajustar a Sociedade desta negociação entre as pessoas com que estava contratado; e partindo-se demorou mais de um amo, sem formar a dita Sociedade, nem os Sócios lhe aprontaram os meios necessários para a criação destas Fábricas.

Voltando segunda vez a capitania, sem concluir coisa alguma lhe procurei fazer nesta cidade uma Sociedade, fazendo vir a minha presença os homens de negócio, que me pareceram mais capazes, e propondo-lhes as utilidades que podiam resultar ao publico e ao Real Erario.

Com efeito se ajustaram na forma que pedia o dito Domingos Ferreira Pereira, cedendo este aos Sócios a metade de tudo o que lhe pertencia nesta negociação, em virtude da graça que obteve de S. Magestade de que fizeram segurança de escritura, obrigando-se os sócios a concorrer logo com dez mil cruzados principio da primeira Fábrica, tanto se saber a Arte do Mestre, como tão bem para se fazerem as experiências sobre o rendimento da pedra, e da conta que fazia, e tão bem se obrigaram os mesmos sócios a erigir todas as mais Fábricas que se julgasse precisas para sustentar o ferro com abundância, não só esta capitania, mas tão bem as mais deste Brasil, concorrendo toda a Sociedade para fazer os mais gastos, que acrescessem depois de acabados os dez mil cruzados que entraram para a fundação da primeira fábrica.

Porém, como o Mestre de caldear o ferro João de Oliveira de Figueiredo tinha ficado no Rio de Janeiro com a intenção de ir a Angola, como se dizia, e sem ele, não se podiam por em prática as experiências, escrevi ao Conde da Cunhya, Vice-Rey para que o fizesse vir, o que ele prontamente executou, remetendo-o preso em dias de Fevereiro de 1767.

Logo que chegou o Mestre, achando-se já estabelecido o contrato da Sociedade, na forma que a V. Excelênci8a tenho referido, foram dar principio a primeira Fábrica em dias de junho do referido ano de 1767, e depois de examinarem e conhecerem aquela situação, que na distância de duas léduas em quadra é continuada a mina de pedra férrea, com abundância de lenha e agora (água?) para sustento das fábricas, entraram logo em construção da primeira, ponto em prática as experiências de caldeação de ferro e aço, e modo de estende-lo.

Nestas obras se tem trabalhado desde aquele tempo até o presente, com grande despendio dos acionistas em fazer fornos grandes, e pequenos por diferentes modos, safras, martelos, malhos, rodas e engenhos para os mover, e tudo o necessário tenho madando lá assistir pessoas Engenhosas e experientes, e não é possível acertar-se com a caldeação do ferro nem faze-lo igual ao da primeira amostra, que a V. Excelência remeti.

Nestes termos ou isto é insuficiência do Mestre, o que pode ser, por ele não ter nunca trabalhado em Fábrica, nem visto as de Biscaya, ou será compra de pessoas mal intencionadas, que pelos meios dele se fazer ignorante, pretendam inutilizar a Fábrica.Artífice que cá se ache, e juntamente se pode haver algum segredo que se remedie qualquer defeito, que possa ter a a mesma pedra, para se haver de tirar ferro de qualidade, daquele que enviei ao sr., e que não podia haver melhor, nem mais perfeito, e foi tirado desta mesma pedra, de que não há dúvida. [Revista do Instituto Histórico e Geografico de SP (1904) p.44, 45]
Carta de D. Luiz Antonio, ao Conde de Oeyras, o grande Sebastição José de Carvalho e Mello

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