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180505/04/2024 13:07:32

No precedente capítulo deixamos bem assinalado orumo que ia tomando à exploração do ferro na região do Ipanema. Êsse rumo novo indicava o advento de umestadista de larga visão nos Conselhos do Rei de Portugal : tratava -se de D. Rodrigo de Souza Coutinho, ulterior mente Conde de Linhares. Em 1797 entrava ele êle parao Ministério Português, na qualidade de Ministro daGuerra. No trono sentava- se então D. Maria I, mas,dada a demência da Soberana, era seu filho, o Príncipe D. João , herdeiro presuntivo da corôa , quem governavade fato, embora com o título de regente.D. Rodrigo foi encontrar na sua pasta, à espera desolução, a proposta dos Capitães -mores de Sorocaba eItú para a restauração da fábrica de ferro do morro Araçoiaba, e não repugna admitir que tal proposta fosse oponto de partida das suas cogitações sôbre aquele negócio .A proposta continuou sem solução, pois o Ministro, enfronhando - se cuidadosamente do assunto, chegou à convicçãode que aos proponentes faltariam recursos para umatentativa mais viável do que as anteriores ; e no seu espírito se esboçou desde logo um plano de exploração encabeçado pelo governo da Metrópole. O influxo benéficodo novo ministro não tardou a se fazer sentir ; temosuma prova disso nas providências que assinalaram ogoverno do Capitão General Antonio Manoel de MeloCastro e Mendonça, providências já sumariadas no precedente capítulo. D. Rodrigo procurou a colaboração dealguns brasileiros de mérito, ouvindo- os de bom grado efacilitando- lhes a imprensa. A história do Brasil, diz oVisconde de Porto Seguro, não pode evocar o nome deLinhares sem reconhecimento sem ver nele um grandepatriota, pois do próprio Brasil descendia ele pelo ladomaterno. Um dos brasileiros por ele distinguido foi JoséBonifácio de Andrada e Silva , o futuro Patriarca da Independência. D. Rodrigo fez dele o Intendente Geral dasminas de Portugal, onde José Bonifácio então residia .Em 1803 o Coronel Martim Francisco Ribeiro deAndrada, irmão de José Bonifácio, era inspetor das minase matas da província de São Paulo e, nas viagens ao Morro do Ferro ( 10 ) , examinou cuidadosamente as suas( 10 ) Em sua monografia sobre Rafael Tobias ( pág . 120 ) ,diz o Cônego Castanho que Martim Francisco, em sua viagem de1803, ficou conhecendo o reizinho ( apelido familiar de Tobias) . Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia , quandofundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longedos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba . Pode- semesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. (página 32 e 33)
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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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