Auto da rematação das passagens deParanapanema, Apiahy, e Itapetininga,por tempo de um anno a Gaspar Airesde Aguirre e pela quantia de 578000Anno do Nascimento de Nosso Senhor JesusChristo de mil sete centos sessenta e oito annos nesta cidade de São Paulo, e casas de residência do Governo delia, e na em que se faz a Junta da arrecadação da Fazenda Real, sendo em Mesa o Illmo. elExmo. Snr. D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão General desta Capitania e Presidente da ditaJunta e os mais Ministros a ella deputados, exceptoo Dr. Ouvidor geral por impedido a saber o Provedor, e contador da mesma José Honorio de Valladares e Aboim, e o Doutor Procurador da Coroa, eFazenda, Bernardo Rodrigues Solano do Valle, com migo Escrivão da Fazenda Real ao diante nomeado,ahi appareceu presente Gaspar Aires de Aguirre morador em Sorocaba pelo qual foi dito fazia lanço,como com effeito fez nas passagens de Paranapanema, Apiahy, e Itapetininga por tempo de um annoque ha de ter digo teve principio no dia primeirode Janeiro do presente anno de mil sete centossessenta e oito, e finalizar no ultimo de Dezembrodo mesmo- arnno, e em preço, e quantia de cincoentae sete mil reis livres para a Fazenda de Sua Magestade, com as mesmas condições, com que ultimamente foram rematadas as passagens desta Capitania nuConselho Ultramarino tudo na forma com que foramestabelecidas, e para esta rematação precederam Editaes públicos e as mais solennidades, que dispõe oRegimento, e se procedeu nella com observância dasordens de Sua Magestade, e porque entre os lançosque houveram foi este o maior, determinaram os Senhores Presidente, e Ministros da Junta, que vistonão haver quem mais lançasse, e o muito tempo, quetinham andado em pregão se deviam rematar ao ditoGaspar Aires de Aguirre pelo que mandaram ao Porteiro João Ferreira dos Passos, que afrontasse, erematasse as ditas passagens ao mesmo Gaspar Ayres de Aguirre o qual deu por fiador á décima aManuel José da Encarnação morador desta cidade o•que o dito Porteiro executou pela maneira seguintedizendo—cincoenta e sete mil reis me dão pelas passagens de Paranapanema, Apiahy," e Itapetininga, portempo de um anno, com as mesmas condições comque ultimamente foram rematadas no Conselho Ultramarino, afronta faço que mais não acho, se maisachara mais tomara dou-lhe uma, dou-lhe duas, doulhe outra mais pequenina, e chegando-se ao lançador Gaspar Aires de Aguirre lhe metteu um ramo verdena mão, e dizendo bom proveito lhe faça, e poresta forma houveram os Senhores Presidente, e Ministros da Junta estas passagens por rematadas porum anno pela maneira acima declarada pelo preço,e quantia de cincoenta e s ete mil reis pagos no cofreda Junta no fim do mesmo anno e será o dito rematante obrigado a afiançar a dita quantia na Provedoria da Real Fazenda, e a fazer todas as despesas,propinas, e obra pia á sua custa ficando livre paraa Fazenda de Sua Magestade o preço desta rematação a qual se lhe faz debaixo das penas impostas nosDecretos do mesmo Senhor sobre os colonos, e companheiros, e a resolução de vinte e sete de Setembrode mil sete centos e quarenta e seis, e mandaramque o preço deste contracto. se fizesse delle cargapor lembrança ao Almoxarife, remettendo-se para acorte o um por cento da obra pia da forma que SuaMagestade tem determinado, e pelo rematante foidito acceitava esta rematação. com! todas as obrigações, e condições aqui expressadas, e todas as maisque Sua Magestade quer se verifiquem em semelhantes rematações, e de tudo mandaram fazer este autoque assignaram, com o remiatante, e Porteiro, e euManuel Gonçalves da Silva escrivão da Fazenda Real,e Junta que o escrevi.D. Luis Antônio de Souza— Jozé Onorio de Vai!-iodar es Aboim — Bernardo R0iz Solano do Valle —Gaspar Aires de Aguirre — João Ferreirp dos Passos.Nota á margem:—-Está satisfeita esta quantia de578000 os quaes se acham carregados a fs. 114 do L°de receita do Almoxarife André Alves da Silva.
Em nova carta escrita da Bahia em 1549, presumivelmente em agosto, ele relata: “Dormem em redes de algodão, sobre si, junto dos fogos, que em toda a noite têm acesos, assim pelo frio, porque andamnus, como também pelos demônios que dizem fugir do fogo, pela qual causa trazem tições de noite quando vão fora” (2000:62).A figura do diabo entre os índios era chamada de Yurupari ou de Anhanga (ou Agnan). Métraux (1979) trata das duas separadamente: “Todos os antigos missionários acordam “Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
“
Duas vezes a morte hei sofrido. Pois morre o pai com o filho morto. Para tamanha dor, não há conforto. Diliu-se em prantos o coração partido. Para que ninguém ouça o meu gemido, encerro-me na sombra do meu horto. Entregue ao pranto ao sofrer absurdo. Querendo ver se vejo o bem perdido! Brota a saudade onde a esperança finda. Sinto na alma ecoar dores de sinos! Só a resignação me resta ainda.
