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Roteiro antigo
8 de setembro de 181605/04/2024 10:59:00

Memória histórica de Cananéia XV
Data: 01/06/1971
Página 493

Manoel da Cruz Correa da Silva Capitão-Mor nesta Vila de Santa Anna de Parnahiba por Sua Magestade e nomeado Juiz Ordinrário o por bem das Ordenanças dom . mo Senhor que Deos ge . etc . etc.

Atesto, e faço certo que o Alferes João de Deus Miz Claro, m.or no Destricto do meu comando, a sette annos tem andado na diligencia do descobrimento de ouro em pó nos matos de Juquiá Guassú, entre a fronteira de Iguape, e Vutucavarú, fazendo as suas entradas pela resaca de Pereatuva, a custa de sua fazenda, com o maior esforço, e excessivo disvelo / segundo me consta / só afim de querer descobrir os tesouros encobertos para o aumento da Real Fazenda, e dos Povos necessitados, cujo exforço o tem mostrado, não só por ser dotado de uma natural inclinação desde sua infância; como tambem tem sido sempre pronpto na execução das ordens do Real Serviço, quando lhe hé encarregado.

E por me ser esta pedida a passo de minha Letra e Signa Villa de Parnahiba 8 de Setembro de 1816.Manoel da Cruz Corr . a da S.a124Pg . 100 rs . de Sello . S. P.11 de Setembro de 1816.Mor. aPor se interessante damos abaixo o manuscrito seguinte que seencontra junto:

Roteiro Antigo

Entre Sorocaba, Itapitininga, Iguape e Uvutucavaru : nestes sertoins á perto de duzentos annos, mais, ou menos achou hum antigo segundo as noticias que propoz estando ao fim da vida: mandou escrever assim.

Seguindo-se pela reçaca dos Campos de Pereatuba, entre Sul, e Leste, passando dois ribeiroins, e duas serras; adiante se dá com hum ribeiro, que p.a as cabeceiras tem hum meio descalvado, ou bastante pedras.

Dobrando-se a mesma serra está outro ribeiro que pela cachoeira acima tiramos oiro em pedaços: e seguindo p.a diante, mais ao lado do Sul se dá com hum vargido, que com 4 ou 5 palmos que se tire de lodo se acha m . to bom cascalho, e oiro com muita conta.

E logo adiante subindo, e descendo algumas serras não mui incantiladas, está uma Lagoa grande, que feito hum socovão na beira se tirou ouro em pedaços, e muitas pedras que me pareciam preciosas.

E a lenda que veio dos tempos coloniais, perdura ainda, empolgando o espírito de muita gente boa... (Memória histórica de Cananéia XV, 06.1971. Páginas 492 e 493)
Roteiro antigo

Relacionamentos
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Cidades (6)
sem imagemBotucatu/SP109 registros
Iguape/SP210 registros
sem imagemItapetininga/SP186 registros
sem imagemJuquiá/SP70 registros
Santana de Parnaíba/SP554 registros
Sorocaba/SP10973 registros
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Temas (6)
Apereatuba
48 registros
Cachoeiras
114 registros
Lagoa Dourada
168 registros
Lagoas
68 registros
Ouro
1232 registros
Vutucavarú
31 registros
Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

344
É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias.
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