Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974
1974
07/04/2024 23:44:53
Brasão de Sorocaba
Data: 01/01/1974
Créditos: Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História
Na parte superior do escudo bi-partido a panóplia (Panóplia designava, na Grécia Antiga, a armadura completa do soldado hoplita, composta pelo escudo, elmo, couraça e cnêmides, pesando entre 22 e 31 kg. De maneira análoga, na Idade Média, o termo foi aplicado à armadura dos cavaleiros europeus) composta do gibão, do arcabuz e do machado pintados ao natural sobre fundos vermelhos (ou goles), relembram os grandes bandeirantes sorocabanos Pasqual Moreira Cabral, Fernão Dias Falcão, os irmãos Paes de Barros e tantos outros mais.
A parte inferior relembra a primitiva mineração de ferro, a primeira que se realizou no Brasil, nos arredores de Sorocaba, no morro do Araçoyaba, uma montanha negra (ou de sable), sobre o fundo de ouro. Os suportes do escudo, os dois unicórnios, que são os cavalos heráldicos, recordam as feiras que tão notável papel representaram para a conservação da unidade nacional no Sul do Brasil.
O pequeno escudo, com a flor de lis sobre a porta principal da coroa mural, lembra que a cidade tem por orago Nossa Senhora da Ponte. A divisa "Sempre combati por uma pátria una e livre" ou "Pro una libera Patrla pugnavi" recorda o papel de Sorocaba pelas feiras e ainda a parte que tomou nos acontecimentos da Independência com a criação do Batalhão dos Sorocabanos, e outros fatos relativos ao pendor de Sorocaba pela implantação da liberdade do Brasil. A roda dentada estampada no listão, lembra a notável preeminência obtida em nossos dias pela indústria sorocabana.
Em 1601 o governador geral envia habitantes para Araçoiaba ao povoado que também se denominou Ipanema. Alguns anos mais tarde, em 1611, o pelourinho foi mudado para a beira do rio Sorocaba, para Itavuvú, sob a invocação de São Filipe, em homenagem ao rei da Espanha. [[Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974. Pégina 24]
Aí falta muita documentação, devido a um fato muito singular, que nos é contado pela Abadessa: Em 1901, durante a epidemia de Febre Amarela, a superiora do Convento, naquela época, com o nobre e louvável intuito de proteger as irmãs que se encontravam no Convento, temendo que fossem também atingidas pelo grande mal, queimou muita coisa no interior do imóvel e também jogou ao fogo, uma caixa contendo muitos papéis velhos e livros do Mosteiro, inclusive documentos de posse das terras. Para assegurar a posse das terras, foi feito um processo de usucapião há poucos anos atrás, com testemunhas da população que o Convento estava instalado ali, pelo menos há mais de 100 anos. (Página 1495)
Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde hoje é o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua fazenda e escravizados veio de Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada. (Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974. Página 1490.)
*Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974
Em 1929 m desse mendigos, falecido, deixou várias propriedade, inclusive uma chácara. Outro que perambula pela cidade empresta dinheiro a juros. Mendigo morreu rico: até europeus vinham mendigar em Sorocaba. Jornal O Estado (SC)
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Em 1538... aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los.