Digo eu frei João de Carvalho que eu recebi de Sebastião Fernandes Preto um cruzado para quatro missas que mandou dizer por Bras de Pinha e por passar na verdade lhe dei esta por mim feita e assinada hoje 13 de abril de 1630. [Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII. Página 228]
Digo eu Catharina Diniz que é verdade que recebi de Antonio Pedroso testamenteiro de sua irmã Thomazia de Alvarenga que Deus tem um manto se sarja... camisas que me deixou de esmola... recebi mais do dito testamenteiro dezesseis varas de pano de algoão como testamenteiro da dita defunta e por verdade roguei a Manuel Fernandes Sardinha que este fizesse e assinasse por mim - Assino a rogo de Catharina Diniz, Manuel Fernandes Sardinha, hoje 2 de agosto de 1632. [Página 267]
Balthazar Soares - A um herdeiro do carvoeiro por nome Domingos Luiz devo sete tostões mando se lhe pague. [Página 283]
Inventário de Antonio de Oliveira que se fez por morte e falecimento da mesma, mulher do capitão André Fernandes.
Nesta vila de Santa Ana da Parnaíba da capitania de São Vicente partes do Brasil etc. em 21 de abril de 1632 nesta dita vila nas casas da morada do capitão André Fernandes o juiz ordinário e dos órfãos João de Godoy foi comigo o tabelião a fazer o inventário da fazenda que ficou por morte e falecimento de Antonio de Oliveira mulher do capitão André Fernandes de que mandou a mim tabelião fazer este auto em que assinaram e eu Manuel de Alvarenga tabelião o escrevi com declaração que ... sobredito tabelião o escrevi. João de Godoy. [Página 315 do pdf]
Termo de juramento dado ao capitão André Fernandes
Dia 21 de abril de 1632 nesta dita vila o juiz ordinário João de Godoy deu juramento dos Santos Evangelhos sobre um livro deles ao capitão André Fernandes para que sob cargo do juramento bem e verdadeiramente [Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII. Página 313, 319 do pdf]
Rol da Fazenda que se achou e foi lançada neste inventário
Prata lavrada - Um prato (...) - Um saleiro velho de prata - Duas tamboladeiras grandes - Um capo - Uma naveta e mais cinco pratos pequenos e um de cozinha e um pucaro com seus (...) e um (...) e quatro colheres. [Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII. Página 320 do pdf]
Um pedaço de roça de mandioca que está em Juquiri
Gabo vaccum
Quarenta cabeças de gado vaccum entre grandes e pequenas. Com declaração que se não deita aqui o gado que está em Jarabativa por se não saber a copia que é e neste gado fica metido o da capela. Um burro castiço.
Terras
Uma carta de data de terras em Birachoiava. Outra carta de data de terras em It(..)hy termo desta vila de duas léguas a saber da dita carta se deitou uma légua em patrimônio a Francisco Fernandes de Oliveira de que está de posse por autoridade da justiça.
Outra carta de data de terras em Juquiri de uma légua a saber dada digo (...) braças rio abaixo onde chamam Jurum(...).
Mais manifestou que deitava aqui tudo aquilo que se achar diretamente ser seu liquido nas terras de Jurubativa e em outra qualquer parte que tenha porquanto ele não sabe. [Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII. Página 316, 322 do pdf]
Rol do que se deve
Pedro da Costa doze alqueires de trigo grão a dois tostões o alqueire. Mais uma peroleira de vinho em quatro pesos que tudo lhe deu de sinal para lhe fazer uma moenda de canas de açúcar.
Devo Paulo de Amaral seis patacas de um porco cevado que lhe matou em Birachoiaba indo para o sertão. [Inventários e Testamentos, 1920. Volume VIII. Página 321, 327 do pdf]
O primeiro empreiteiro de estradas no Brasil - Estrada de Minas - O ouro provindo das minas descobertas pelos paulistas transportado para São Paulo e daí para o Rio de Janeiro por via marítima, sendo embarcado em Santos ou em Parati. Esta circunstância excitava a cobiça dos piratas que operavam nos mares das costas e se apoderaram de muitos carregamentos. Neste ano foi assinalada a passagem em frente à barra do Rio de Janeiro, rumo ao Sul, de vários navios franceses que despertaram grandes suspeitas, tendo o governador mandado aviso a todas as povoações do Sul para que se acautelassem. Provisão de Artur de Sá relativa ao Caminho Novo
1840
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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.