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ESTRATÉGIAS DE OCUPAÇÃO DE TERRA E RELAÇÕES DE PODER NOS CAMPOS DE GUARAPUAVA (1768-1853), 2012. CINTHIAN APARECIDA BAIA
201205/04/2024 02:57:01

Dessa forma, como se observou no relato de Machado (1843, p. 111-112), de umpovo que possivelmente saberia fundir o ferro, que possuía uma agricultura de subsistência,foram, gradativamente, perdendo algumas características culturais em função das constantesfugas/deslocamentos no decorrer da história. Quanto aos atributos físicos da área explorada, Machado (1843, p. 112) menciona queessa localidade possuía um clima propício e terras muito produtivas, “pois que em Junhoachavam as immensas jabuticabeiras carregadas de frutas maduras, sazonadas, verdes, e atécom flôr, achando ao mesmo tempo milho plantado há pouco, um verde, outro secco, o quemostra que elles plantam em diversos mezes do anno” (MACHADO, 1843, p. 112). Porém éo único trecho que remete a uma possível ocupação para o aproveitamento agropastoril vistoque no decorrer de todo o relato o autor privilegia os prováveis recursos minerais que alocalidade conteria. Observa-se também no relato de Machado (1843, p. 112) a base alimentardiversificada dos indígenas que habitavam o vale do rio Ivaí e Piquiri. Conforme o autor osexpedicionários encontraram plantações de “limões galegos, cidras, ananazes plantados emlinha, mandioca, aipi, amendoim, feijão miudo e do ordinario, milho de diversas qualidades,melancias, aboboras, morangos [...]” (1843, p. 112). Nenhuma das expedições que ocorreram nesse período encontrou os Campos doPaiqueré, já que as mesmas tiveram que abandonar as explorações porque foram atacadaspelas “sezões” (febres). Nesse sentido, a expedição do alferes Antonio Pereira Borges voltoupara Guarapuava, seguindo o mesmo caminho que levou a expedição de Rochinha (FranciscoFerreira da Rocha Loures) a encontrá-los (MACHADO, 1843, 113). No regresso, encontraramuma mina de cobre em um rio que possuía o mesmo nome do metal, que ficava a 18 léguas(118, 8 km) da Freguesia de Guarapuava. Sobre esse descobrimento, Machado (1843, p. 114)informava que iria enviar ao governo central uma amostra desse metal para verificar apossibilidade de ser aproveitada a sua extração no período em questão.Conforme Machado as explorações continuavam[...] animadas por alguns emprehendores, que tem formado uma outraCompanhia social para conhecer bem o paiz, é provavel que se encontrem oscampos de Paiqueré (a que eu chamarei, campos situados na Provincia doCacique Tayaoba), e terá a comarca de Coritiba de povoar esse belíssimo eextenso sertão, que calculo ter o melhor de oitenta léguas [...] A’ vista doque levo exposto, parece-me que em poucos annos se póde domesticaressa immensidade de gentios, que habita entre os rios Tibagy,Paranápanema, Paraná, Iguassú, e Campos Geraes de Coritiba, que talvez pareça exageração minha calcular de 80,000 a 100,000, visto aextensão do territorio em que habitam [...]. (MACHADO, 1843, p. 112-113, grifo nosso). [Páginas 104 e 105]
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Senhores, ha perto de três mil anos que o rio Amazonas é navegado e que de seus seios transborda o ouro nos cofres dos reis da terra!” “Onffroy de Thoron, depois de largos e demorados estudos, rasgou a nossas vistas o véu do grande mistério: os navios de Salomão traziam rumo da América Meridional; vinham buscar as grandes riquezas que levavam ao rei de Tyro, na terra do El- Dorado, da legendária Manôa, sonhada á margem ocidental da lagoa Parima, á boca de um grande rio, que a ela levava suas águas caudalosas roladas sobre o leito esmeraldino, coberto de areias de ouro.
*Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro. TOMO V. 4.° Boletim. Redator Engenheiro Dr. A. de Paula Freitas

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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