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Diagnóstico Arqueológico Interventivo na área de influência da duplicação da rodovia Bunjiro Nakaro (SP-250), 2014. Municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, estado de São Paulo, 2014. Osvaldo Paulino da Silva
201404/04/2024 23:38:11

Segundo o historiador João Barcellos14 estas Koty foram identificadas até a Ilha de Santa Catarina por Hans Staden, que grafou Acutia. Estes pontos estratégicos foram de grande importância nas duas etapas de instalação dos povos europeus no Brasil: na fase das navegações, onde foi privilegiado o contato humano e as trocas mercantis; e na fase de instalação em terras brasileiras pela aristocracia portuguesa, baseada no antigo conceito feudal da posse da terra e do capital.

A sede atual do município de Cotia não está localizado no mesmo local de fundação da primeira Koty, pois a mesma, após a intervenção da Família Sardinha, século XVIII (1701-1800) perdeu sua qualidade funcional (as aldeias que não se moldavam à mobilidade econômica dos luso-paulistas desbravadores tendiam a desaparecer ou mudar sua localização no território).

Conforme discorre Barcellos, a manutenção do nome do município (não somente de Cotia, mas de diversos na região: Koty, Carapocuyba, Barueri, entre outros) talvez tenha se dado pela importância que o Padre Manuel da Nóbrega dava às informações sobre as rotas do Piabiyu, aproveitadas pelos europeus e transformadas (no caso desta região do estado de São Paulo) em rota continental da circulação de riquezas e da expansão colonial:

Com a organização de Asunción e a reorganização de Buenos Aires, a linha comercial entre essas regiões da dita América espanhola e os ´barões´ libertinos luso-americanos que nelas apostam seus ´cabedais´, verifica-se a ascensão política e mercantil da região itaquiana [Koty, Carapocuyba, Santa de Parnaíba, Barueri], e tudo isso, sob o riso escancarado do político e minerador e banqueiro Afonso Sardinha [o Velho], porque é o Piabiyu o caminho que mais engorda os negócios entre lusos e castelhanos. Quando Cotia ainda era denominada aldeia guarani Koty localizava-se nas proximidades da aldeia goayanaz de Carapocuyba, “que também era um portinho18 de ligação ao rio Anhamby” (atual Tietê).

Esta instalação poderia ser observada do Pico do Jaraguá e assim se definia: ligação em direção ao planalto de Piratininga ou caminho inverso na direção dos campos (Sorocaba) e na ligação de Sorocaba para Araratiguaba (atual Porto Feliz), sendo o mais importante porto do Anhemby em direção aos paranás. Sua principal função era de abastecimento e cobertura logística. Esta trilha foi utilizada pelas bandeiras de Fernão Dias Paes e Antônio Raposo Tavares durante o século XVII. [Páginas 20 e 21]

O tropeirismo caracterizou-se pelo uso generalizado do lombo de animal – equino ou, predominantemente, muar – para o transporte de cargas desde o Rio Grande do Sul até as feiras de Sorocaba, no estado de São Paulo. Referindo-se a tropas e tropeirismo, Barcellos22 cita o caminho percorrido pelo primeiro grande tropeiro registrado pela história, Cristóvão Pereira, no ano de 1731, que conduziu uma tropa de 800 cabeças do sul com destino a Minas e instalando-se para descanso na região de Sorocaba23, onde se estabelece então a feira tropeira. Cotia firma-se ainda mais neste período como ponto de encontro entre a feira e a capital paulistana.

Em sua dissertação “Caminhos e descaminhos: a ferrovia e a rodovia nobairro Barcelona em Sorocaba, SP”, Emerson Ribeiro discorre sobre as rotasindígenas conhecidas como Piabiyu, as bandeiras e posteriormente sobre otropeirismo, destacando a utilização, reutilização e adaptação dos antigoscaminhos indígenas para a configuração das rodovias atuais, enfatizando aRodovia Raposo Tavares e a Estrada de Ferro Sorocabana que cortam omunicípio de Sorocaba. O destaque é para a afirmação de Koty (Cotia)enquanto ´ponto de encontro´:De Piratininga partiam as bandeiras chegando a Cotia e em trêsdireções se deslocavam; para a esquerda alcançando a serra deParanabiacaba, que alcançava Uma (atual Ibiúna), dela partiaum caminho rumo ao litoral e outro rumo a serra de SãoFrancisco (Itapeva), descendo a serra encontrando (atualmente)Votorantim, continuando pela margem esquerda do rioSorocaba, chamada estrada do Lajeado24.Dos antigos latifúndios, Cotia, após a Abolição da Escravatura e ao iníciodo ciclo cafeeiro-industrial está incluída em relatório da Companhia Imperial de [Página 23]

4.4. Município de Ibiúna4.4.1. CaracterísticasO município de Ibiúna possui uma extensão territorial de 1.058,082 km²na região serrana do estado de São Paulo. Grande parte deste território (emtorno de 45%) é ocupado por áreas verdes (áreas nativas, reflorestamentos,capoeiras e cerrados), onde se destaca o Parque Estadual de Jurupará, com26.000 hectares. Aliado a formação do relevo, há uma grande malha fluvial,onde se destaca o Rio Una, que deu origem ao nome do município. Com umapopulação de 71.217 habitantes, grande parte vive na área rural (em torno de46.284 pessoas) e seu IDHM é de 0,71056.Atualmente possui a denominação de Estância Turística de Ibiúna,reconhecimento do governo estadual de São Paulo, por apresentarcaracterísticas turísticas e condições de lazer, recreação, recursos naturais eculturais específicos, juntamente com infra-estrutura e serviços dimensionadose direcionados para este fim, recebendo diversos aportes financeiros específicosdestinados a esta atividade desta instância governamental.4.4.2. Histórico do MunicípioEm guarani, Ybi una quer dizer “água de terra preta”, vilarejo que surgecomo a maioria das vilas luso-católicas fundadas no Brasil, com uma capelaerguida em uma fazenda, neste caso a Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores.

A fundação de Ibiúna remonta os diversos caminhos do Piabyiu e nas trilhas que buscam ouro e prata no Pico do Jaraguá e na Serra da Cahatyba (Segundo os Anais do Museu Histórico Nacional, foi da Serra de Cahatyba onde se retirou ouro pela primeira vez nas terras brasileiras) (Serra de São Francisco, ao sul das cidades paulistas de Votorantim e Sorocaba), esta na Bacia do Una. A abertura de uma mina e fundição de ferro na serra de Ybiraçoiaba (campos de Sorocaba) faz com que a região florestal das bacias da Cahatyba e do Una forneçam à mesma a matéria prima necessária. O “complexo hidro-serrano do Una” sob a competência administrativa de São Roque ganha evidência ao longo do século XVII58 e XVIII, tornando-se vila no século XIX.

Em 29 de agosto de 1811 o povoado é elevado à categoria de FreguesiaNossa Senhora das Dores do Una, passando à competência administrativa deSorocaba, retornando à responsabilidade de São Roque em 1850 e tornando-sevila em 24 de março de 1857. Em 30 de novembro de 1944 Una passou achamar-se Ibiúna.A partir de 1890 a região recebe diversos imigrantes, entre eles italianos(1890/1), árabes (1898) e japoneses (1932) e ainda, em menor número chineses(1960)59.Ibiúna é um município que concentra maior população instalada em árearural, conforme dados do IBGE 201060, característica histórica, pois suapopulação...[..] teve seu desenvolvimento em grupos ou núcleos localizadose somente mais tarde foram se tornando bairros rurais comescolas, capelas ou igrejas de diferentes religiões, com casascomerciais e servidas por estradas vicinais ligando com a sededo município. Muitos desses grupos ou núcleos localizadosconservam ainda o nome dos primeiros proprietários. É o casodos núcleo dos Paulos, dos Pires e dos Boavas, no bairroVerava61. [Páginas 50 e 51]
*Diagnóstico Arqueológico Interventivo na área de influência da duplicação da rodovia Bunjiro Nakaro (SP-250), 2014. Municípios de Vargem Grande Paulista, Cotia e Ibiúna, estado de São Paulo, 2014. Osvaldo Paulino da Silva

Relacionamentos
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Pessoas (7)
Afonso Sardinha, o Velho (1535-1616)
Falecido há 398 anos / 375 registros
Antônio Raposo Tavares (1598-1659)
91 registros
Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755)
34 registros
Fernão Dias Paes Leme (1608-1681)
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Hans Staden (1525-1576)
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Manuel da Nóbrega (1517-1570)
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João Barcellos
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Cidades (12)
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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Não vejo sentido em viajar dez mil milhas para despejar armas armas e balas em pessoas inocentes que nunca nos incomodaram.

Sobre servir na Guerra do Vietnã

Muhamad Ali se recusou a entrar no Exército dos Estados Unidos e a participar da guerra VietnãCassius Marcellus Clay Jr. (1942-2016)
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