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Agulha do Itacolomi, 06.03.2019, Luciano Bender, escaladas.com.br
6 de março de 201907/04/2024 12:46:40

Cadastrada por: Luciano Bender, em 06-03-2019 às 10:52Altitude: 1047 metrosDescrição: “A história do Itacolomi é uma das histórias mais interessantes do meio excursionista, dadas as peripécias e lutas para a sua conquista” (relato dos conquistadores)Itacolomi, em tupi-guarani, quer dizer “pedra com filho” (in “Geologia do Brasil” e “Nova Geografia Aborígene”, de Cristóvam de Mauricéia) ou “menino de Pedra” (itá - pedra; curumi - menino). Localizado em Magé, este "conjunto", formado pela Agulha do Itacolomi e pela Pedra do Itacolomi (ou Pedra Mãe, como muitos também a conhecem), apresenta uma morfologia bastante peculiar, que, de fato, remete a seu nome - uma "agulhinha" encostada a uma montanha de grande dimensão, como mãe e filho.A região era (e ainda é) muito frequentada por palmiteiros e caçadores, que ali encontravam pacas, queixadas, tatus, cutias, cuícas, caxinguelês, gambás, macacos, tucanos, papagaios e, até mesmo, jaguatiricas (“as oncinhas”), segundo moradores das redondezas.

As explorações começaram na 1ª metade do século, mas, não há relatos de quando exatamente alguém tentou pela primeira vez escalar esta pedra. Sabe-se que quando Edmundo Braga, Ulisses Braga e Waldemar Borges fizeram as primeiras investidas para tentar conquistá-la, a partir de maio de 1943, um pedaço de corda foi encontrado num dos trechos da chaminé sudeste que leva ao colo, formado pelo encontro da Agulha com a Pedra Mãe.

Segundo os conquistadores, a corda havia sido abandonada muitos anos antes de eles terem começado a conquista, tais quais eram as condições em que ela se encontrava. Mais tarde, devido às características da corda, com a ligação de fatos e através de relatos de moradores da região, concluiu-se que esta havia sido deixada pelo casal Bendy (o casal de estrangeiros que conquistou o Dedo de Nossa Senhora e os Dedinhos), também sócios do antigo CE (Centro dos Excursionistas, hoje CEB). As tentativas de escalar o colo sudeste restaram infrutíferas, entretanto, tendo esta via sido abandonada, após vários grampos terem sido batidos. Tempos depois, o exploradores tentaram outra rota, dessa vez pelo colo noroeste, enfrentando dessa vez um longo paredão de praticamente 90º, com cerca de 100 metros de extensão, sendo seu início negativo. Iniciaram esta via em 22/02/1944 e nela foram batidos 95 grampos, nos quais seria afixado posteriormente um longo cabo de aço de 5/8” e, junto a este, outro cabo de aço de 1/4” que seria utilizado como "corda de segurança".

Chegando a serem confundidos com "caçadores de ouro", tal qual era persistência destes na região, após um número de cerca de 30 investidas, finalmente, no dia 12 de junho de 1948, Edmundo Braga, Alfredo Maciel e Guanahyr Alves do Amaral atingem o cume da Agulha.Esta rota, única forma de se atingir o cume, chegou a ser considerada pelos conquistadores como mais sendo uma verdadeira "obra da engenharia" do que uma escalada propriamente dita, onde meios naturais são utilizados. Foram usados sistemas de roldanas e molinetes que puxavam os cabos de aço e assim suspendiam o indivíduo. A utilização dos cabos, como segurança, foi para substituir as cordas que os conquistadores foram deixando na parede ao longo dos anos e que , naturalmente, apodreciam-se. As roldanas, por suas vezes, para compensar o enorme esforço que era necessário para o indivíduo erguer-se pelos cabos, numa parede cuja inclinação mínima é de 90º, chegando a ter trechos negativos.Colaboraram para esta conquista: Francisco Vasco dos Santos, Helio Barroso e Waldemar Borges.Como chegar à base: Dirigir-se a Santo Aleixo, distrito de Magé, pelo Rio do Ouro, e subir ladeira ao lado da escola municipal, nas proximidades da Agulha do Itacolomi. São necessárias cerca de 3 horas de caminhada, no sentido noroeste, contornando-se a Agulha.Coordenadas: -22.566090384134323,-43.10179120944338
Agulha do Itacolomi, 06.03.2019, Luciano Bender, escaladas.com.br

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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

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Eu confirmarei perante Deus tudo aquilo que afirmei aos homens.
José Maria da Silva Paranhos
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