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Atlas Escolar Histórico e Geográfico - Guarulhos, César Cunha, Daniel Carlos de Campos e Elton Soares de Oliveira
201108/04/2024 04:22:34

O RIO TIETÊNão há uma definição precisa na origemde seu nome. Tietê, ou “rio verdadeiro”, assimdenominado pelos indígenas era a fonte de alimentos e demais necessidades para os povosoriginais de São Paulo. Entretanto, há pesquisadores que afirmam que Tietê foi um nomedado pelos colonizadores.

Podemos também encontrar nomes atribuído a ele, como: Anhembi, Agembi, Aiembi, Anenby, Anienbi, Anhambi, Anhebi, Anhebu, Anhebig, Anhembu, Iniambi, Inhambi, Inhembi e Niembi. Dentre estes, Anhembi, de origem indígena, é um nome bastante familiar que significa “o rio de unas aves animais”, ou conforme Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro “Caminhos e Fronteiras”, “rio de anhumas ou anhimas”, aves que possuíam um unicórnio central e grito semelhante ao de um burro zurrando.

Inúmeros outros pesquisadores atribuem diversos significados, como Nhambi, erva rasteira de flores amareladas, ou Anhamgi, rio dos veados. Desde o começo da colonização, através do Rio Tietê, os bandeirantes paulistas exploraram e colonizaram as terras interioranas onde ao longo de seu curso foram fundadas dezenas de cidades, conduzindo pessoas e mercadorias, servindo como principal meio de locomoção fluvial, além de fonte de alimentos e de abastecimento das populações que iam se estabelecendo no domínio de suas águas.

Durante centenas de anos o Rio Tietê teve um significado cultural para as populações queviviam de suas riquezas. A partir do fim do século XIX, na Região Metropolitana de São Paulo, oTietê e suas várzeas passaram a se tornar objeto de desejo dos grandes investidores imobiliários. Assim, seus espaços de amortecimento de cheias (várzeas) foram aterrados e seu cursosinuoso foi transformado em linear e no espaço de suas águas foram implantadas grandes viasde tráfego e diversas empresas ao longo de suas margens. Consequentemente, um fenômenoque era natural, as inundações, passaram a se tornar um grande problema.O Rio Tietê nasce no Município de Salesópolis, na vertente continental da Serra do Mar,a apenas 22 quilômetros do Oceano Atlântico, seguindo pelo interior do Estado de São Paulo,numa extensão de 1.136 quilômetros, sendo que sua bacia hidrográfica incide no espaçoterritorial de 282 municípios, abrangendo parte dos municípios da Região Administrativa deCampinas e da RMSP, incluindo a Capital e grande parte de Guarulhos. A partir de suas nascentes, atravessando a Região Metropolitana de São Paulo, vence encostas abruptas, formandocorredeiras e cachoeiras, esculpindo rochas cristalinas no Planalto Paulistano entalhando aDepressão Periférica, a Cuestra Basáltica até atingir a Bacia Sedimentar do Paraná. Na divisacom Mato Grosso do Sul deságua no Rio Paraná, que por sua vez, segue até o Rio da Plataencontrando o Oceano Atlântico na divisa do Uruguai com a Argentina. Portanto, o Rio Tietê,ao contrário da maioria dos rios, ignora a proximidade de suas nascentes com o oceano, cercade 22 quilômetros, e segue para o interior continental até finalmente se encontrar com oAtlântico depois de banhar terras num percurso de 3500 quilômetros. [Página 57]

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Cidades (3)
sem imagemtesteGuarulhos/SP55 registros
testeSão Paulo/SP3529 registros
testeSorocaba/SP10973 registros
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Temas (2)
testeRio Anhemby / Tietê
457 registros
erroc2:testeRio Iniambis
19 registros
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1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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