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Entre Drogas e Cachaça: A Política Colonial e as Tensões na América Portuguesa (Capitania do Rio de Janeiro e Estado do Maranhão e Grão-Pará, 1640-1710)
200808/04/2024 04:49:57

desprezo em relação à temática tornou passível de se concluir que os paulistas não tinham omesmo préstimo de vizinhos. Relação abalada por conta da querela dos jesuítas.

Em tom semelhante aquele que os fluminenses escreveram aos paulistas, estes últimos remeteram-se ao governador. Faziam questão de demonstrar que se o movimento no Rio de Janeiro tinha a adesão do “povo”, a posição dos paulistas de apoiarem o administrador régio também era unânime. Para isso, legitimavam sua escolha na fidelidade a uma figura com duplo perfil: homem a mando do rei e benfeitor para a localidade. Assim, chegavam a oferecer ajuda para a reconquista de seu governo, quando disseram que porque nós como seus leais vassalos, estamos aparelhados com pessoas em que fazemos para acompanhar a Vossa Senhoria, assim em razão do serviço de Sua Majestade como na obrigação em que Vossa Senhoria nos tem poço com sua afabilidade [“Carta dos Paulistas à Salvador Correia de Sá e Benavides” In: Idem, Ibidem, p. 23]; os paulistas elogiavam a administração de Salvador de Sá e demonstravam ao Sol lusitano que eram mais súditos que os fluminenses.

Era tudo o que o administrador régio queria, pois além de ter uma região da Repartição Sul ao seu lado, ao mesmo tempo promoveu instabilidade naquela localidade, evitando o aumento dos raios de ação do conflito. No fundo, ele tinha consciência que a não adesão dos paulistas causaria um enfraquecimento do movimento, talvez por isso, não tenha aceitado a ajuda dos moradores da Vila de São Paulo, informando que já tinha declarado perdão os fluminenses pelo motim e que esperava uma decisão régia sobre o episódio [“Resposta do Governador Salvador Correia de Sá e Benavides à Câmara de São Paulo, 2 de Março de 1661” In: Idem, Ibidem, p. 24.].

O que ainda pode confirmar que a celeuma jesuítica ainda pairava não só sobre acabeça dos paulistas como sobre os fluminenses remete-se à carta que os revoltososescreveram ao superior das aldeias dos índios de São Barnabé:

Os procuradores do povo lhe fizeram queixar hoje neste senado do padreAntonio de Mariz (...) de que tinha notícia e era certo, e dia aos saberes de que odito padre estava fazendo muita junta de índios na terra, amotinando-os paraseguirem e acompanharem o general Salvador Correia de Sá e Benavides,obrigando-os e incitando-os com palavras e promessas de que o dito general oshá de libertar porque o povo os quer cativar, sentindo muito mal dessas ações dopovo o que lhe tem dado grandíssimo escândalo.108.

A formação de um possível exército indígena pelos jesuítas para se unir ao governadore atacar os revoltosos trazia de volta o conflito, pelo menos para os fluminenses, com osjesuítas. Com o discurso da prisão do padre e de que o mesmo deveria tratar das cousas que [Página 170]
*Entre Drogas e Cachaça: A Política Colonial e as Tensões na América Portuguesa (Capitania do Rio de Janeiro e Estado do Maranhão e Grão-Pará, 1640-1710)

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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Cada experiência é um degrau para o progresso da alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma, e verá surgir o próximo degrau de evolução.Masaharu Taniguchi
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