Ordem de Men de Sá para se dar aos Padres da Companhia,além do que lhes doou o alvará de 57, mais cinco mil réis por annoe doze cruzados em ferro, isto é, ferramentas.Chega a 8 de Dezembro, com o 2o Bispo D. Pedro Leitão, aIV Missão dos Jesuítas, composta dos Padres João de Mello, JoãoDicio, e Irmãos Jorge Rodrigues, Ruy Pereira, José, Crasto e Vicente Mestre. (Vasc. Chron. 1. II, n . 64).Os religiosos da Província, padres e irmãos passavam de 40.(Vasc, Chron. 1. II, n. 65).
1560
Partida a 16 de janeiro do Governador Geral Mem de Sá para o Rio, onde chega á barra, a 21 de fevereiro. O Padre Nobrega que era da sua companhia, (C. Av. XXXVIII, XXXIX; Nob., c. XXI) seguiu doente, fraco do sangue que lançava, para S. Vicente, donde mandaria reforços, que foram um bergantim artilhado,canoas com indios e dois religiosos, os Irmãos Gaspar Lourenço eFernão Luis.
Ataque aos Francezes, a 15 de Março, expulsos finalmente de suas posições. (Nob. c. XXI).
Mem de Sá, vitorioso, vae a S. Vicente (Nob., c. XXI) ver Nobrega e dar varias providencias: mudança da Villa de Santo André-da-Borda-do-Campo para Piratininga, obra de três léguas distante; caminho protegido contra os Tamoyos da Serra, entre São Vicente e São Paulo.
Duarte Coelho de Albuquerque assume o governo de Pernambuco. (C. Av. XLI).Chega á Bahia a V Missão, composta dos Irmãos Luis Rodrigues e Antônio Gonçalves. (C. Av. XLIX).Dada a renuncia de Vasco Fernandes Coutinho, Mem de Sá,á passagem pela Capitania, nomeia, indicado pelo povo, capitãomór e provedor, a Melchior de Azeredo. (O. Av. XLVII).O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial, (Anch., Carta Iojun. 60) chega á Bahia, vindo do sul (C. Av.. XXXVIII XL), [Página 30]
Carta Regia havendo recommendado ao Governador accordasse com os Padres e os ouvidores, meio de atalhar âos captiveiros eresgates injustos dos índios — é firmado o pacto de 30 de julho queassignaram com Mem de Sá os jesuitas Antônio Pires e GregorioSerrão, garantidor da liberdade dos indios, si não forem captivados em justa guerra: das difficuldades dessas provas, e vexamesfreqüentes por ella, começou a preferencia pelos escravos pretos,africanos, cuja côr dispensava tais provas para o serviço. [Página 35]
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:
“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.