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WILLIAM MCMASTER MURDOCH: CONHEÇA A VERDADEIRA HISTÓRIA DO HERÓI DO TITANIC, aventurasnahistoria.uol.com.br
14 de abril de 202109/04/2024 14:39:54

Por volta das 10 horas do dia 10 de abril de 1912, o imponente RMS Titanic saiu do porto de Southampton, na Inglaterra, e partiria rumo à cidade de Nova York. Porém, antes disso, ele ainda passou por Cherbourg, na França, e em Queenstown, agora conhecido como Cobh, na Irlanda, como explica W.B Bartlett em "Titanic: 9 Hours to Hell, the Survivors" Story’.

Antes de partir para o oeste do Atlântico, a embarcação já comportava 892 tripulantes e 1.320 passageiros, o que era apenas metade de sua capacidade de passageiros: 2.435, segundo Daniel Allen Butler, autor de ‘Unsinkable: The Full Story of RMS Titanic’. A falta de passageiros se deu por conta da baixa temporada e da interrupção do embarque no Reino Unido, que foi causada por uma greve de mineradores.

Pouco depois, o dia 14 de abril, há exatos 109 anos, ficaria conhecido por um dos naufrágios mais famosos da história. Descrito como “inafundável” pela companhia inglesa White Star Lane, a embarcação acabou colidindo com um iceberg e afundou no oceano.

Com a tragédia, cerca de 700 pessoas sobreviveram e mais de 1.500 morreram, entre elas William McMaster Murdoch, marinheiro britânico conhecido por ter servido como o primeiro oficial do RMS Titanic.

Tradicional família naval

Nascido na pequena Dalbeattie, na Escócia, William McMaster Murdoch veio ao mundo em 28 de fevereiro de 1873 em uma família de tradição naval, como explica o site Dalbeattie Town History.

Para se ter uma ideia de como era a história dos Murdoch com o mar, o sobrenome significa “homem do mar” em gaélico, ou “marinheiro” e “guerreiro do mar” em nórdico, segundo o The Internet Surname Database.

Entretanto, William acabou sendo o único filho de Samuel Murdoch a seguir a carreira marítima, encarando o ramo desde os 15 anos de idade, quando se juntou à tripulação do Charles Cotesworth como aprendiz, onde ficou até 1892.

Sua primeira viagem foi transcontinental, que tinha como destino a cidade de São Francisco, nos EUA. Nos anos seguintes, esteve em diversos países da África, Oceania, Europa e América.

Foi aprovado no exame de primeiro-oficial em março de 1895 e, no ano seguinte, passou no exame de mestre na primeira tentativa, se tornando uma referência em expedições de carga, como explica Sussane Störmer na biografia de William McMaster Murdoch.

Buscando acrescentar ainda mais experiência, serviu como tenente da Reserva Real da Marinha em 1899 até o fim do mesmo ano, quando a maior empresa de navios do mundo, a White Star Line, o contratou. Por lá, ele ficou por 12 anos — até sua morte em 14 de abril de 1912.

O trabalho na empresa não apenas garantiu uma posição de liderança, mas também deu prioridade para a mais ambiciosa missão da companhia em doze anos: o RMS Titanic.

Dentro do Titanic

O funcionário já havia trabalhado no navio-irmão Olympic — outro gigante dos mares — e auxiliou no inquérito que investigou a colisão da embarcação, em setembro de 1911, com o HMS Hawke da Marinha Real Britânica, como explica Störmer.

Por conta de sua experiência, ele se uniu aos velhos colegas de trabalho Charles Lightoller, David Blair e o capitão Edward Smith na viagem inaugural, partindo em 10 de abril de 1912 com sucesso.

Segundo o Undiscovered Scotland, a viagem permaneceu conforme planejada nos quatro dias seguintes, quando, na noite de domingo, 14, Murdoch substituiu Lightoller na ponte de comando, recebendo a informação dos vigias sobre a presença de um iceberg.

Foi o oficial, inclusive, que ordenou o curso da popa, realizando a curva para desviar — sem sucesso. Após a colisão, acompanhou o engenheiro Thomas Andrews para averiguar os danos, sendo um dos primeiros a concluir que a tragédia era eminente, segundo aponta Mark Chirnside em ‘The ‘Olympic’ Class Ships: Olympic, Titanic & Britannic’.

Com isso, se deslocou até o convés, sendo responsável por trabalhar na saída dos botes ímpares junto de outro funcionário.

De acordo com relatos, foi um dos poucos oficiais que entenderam que a prioridade era preferencial, ocupando os botes com homens quando não se completavam com mulheres e crianças, explica Chirnside.

Ao preparar o lançamento do barco desdobrável, Murdoch começou a serrar os fios sob um outro bote prestes a sair, buscando acelerar o processo antes que a água atingisse o convés. Foi a última vez que o funcionário foi visto com vida.

Polêmica cinematográfica

Apesar da trajetória historicamente registrada pelo trabalho e respeito, uma polêmica surtiu efeito após o lançamento do filme Titanic, em 1997. Na obra de James Cameron, William aceita suborno do passageiro Caledon Hockey para compor um dos botes salva-vidas com prioridade além de atirar em um passageiro que tentava invadir um dos barcos sem respeitar a prioridade — colocando o personagem como corrupto e impiedoso, como aponta o Observatório do Cinema.

O estopim foi o suicídio do oficial, que no filme é relatado com um disparo de revólver contra a cabeça. Segundo a ABC, as suposições do roteiro foram duramente contestadas por familiares de Murdoch e por membros da Titanic Foundation, que decidiram intimar o autor.

"Ele morreu enquanto pulava em um dos botes salva-vidas onde cordas estavam presas. Ele rasgou as cordas com uma faca, mas com o peso do barco cheio de gente recebeu um forte golpe na cabeça que o matou de imediato", disse José Ferreiro, diretor da fundação, em entrevista ao canal americano ABC.

Mesmo sem a certeza das versões, o então vice-presidente da 20th Century Fox se encontrou com o sobrinho do primeiro-oficial no ano seguinte ao lançamento do filme, dando £ 5 mil para compensar a angústia causada, além de formalizar um pedido de desculpar para a cidade natal do ex-tripulante, visto como ídolo até os dias atuais.

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