PM de Itápolis (SP) doa bicicleta para criança que adoeceu
17 de setembro de 2019
04/04/2024 13:33:59
Avenida General Carneiro
Data: 01/09/1921
Créditos: Francisco Scardigno / MHS
Vila São Lazaro(va-1900) colorida digitalmente
O efetivo da Polícia Militar de Itápolis (SP), que pertence a 2° Companhia da PM de Taquaritinga (SP), fez a doação de uma bicicleta para uma menina, de apenas 8 anos, que estava hospitalizada pelo desejo de ter o acessório. A ação solidária aconteceu na manhã desta terça-feira (17 de Setembro).
A PM teve conhecimento da situação da criança através de um repórter policial da cidade, que narrou a história para alguns dos soldados. “Na manhã de hoje, ficamos sabendo que uma menina estava internada por causa de uma bicicleta e que os pais não possuíam condições financeiras para adquiri-la.
Rapidamente, todo o efetivo da PM aqui de Itápolis (cerca de 26 membros) contribuíram com a quantia que cada um podia ajudar e alguns deles foram até uma loja para comprar o brinquedo; também tivemos a colaboração do proprietário do estabelecimento, que reduziu o valor para que pudéssemos comprá-lo”, disse o Tenente Silvo ao Jornal Tribuna.A PM se dirigiu para a chácara onde a família mora e encontrou a criança em casa. “Os soldados foram até a residência da menina para entregar a bicicleta e relataram que ela ficou surpresa ao ver uma viatura da Polícia Militar se aproximando da residência dela. Quando ela viu a bicicleta, ficou sem reação e demorou para entender que aquele brinquedo era dela”, relatou o tenente.
A menina, de apenas 8 anos, recebendo o presente que ela tanto desejava e que foi adquirido graças a mobilização da PM de Itápolis. Na foto, o Sargento Coltro e Soldado Rocha entregam o brinquedo para ela.
Os pais, que trabalham como “caseiros” na chácara onde vivem, demonstraram grande emoção ao agradecerem os policiais militares pela boa ação. “Para nós é muito gratificante saber que pudermos amenizar o sofrimento de uma criança”, finalizou o Tenente Silvio.
Fonte: Tribuna
PM de Itápolis (SP) doa bicicleta para criança que adoeceu
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
“
Aprendi mais, e ainda agora creio, como indubitável, que uma vez dado o direito, dado é também o meio de o conservar e recuperar, quando invadido; pois que a obediência cega é o antagonismo da espontaneidade, que constitui a essência do ente moral chamado homem; e que isto se não modificava no estado social com a criação de um governo.Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) 118 registros