Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça, consulta em Wikipedia (data da consulta)
11 de fevereiro de 2024, domingo. Há 1 anos
Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça (Lisboa, ca. 1610 — Salvador (Bahia), 1675), 1º visconde de Barbacena. Filho de Jorge Furtado de Mendonça, 4.º senhor de Barbacena de juro e herdade, comendador da Ordem de Cristo, alcaide-mor do Castelo da Covilhã, e de sua mulher Mariana de Vilhena, filha de Aires Telles da Silva, alcaide-mor do Castelo da Covilhã. Foi agraciado por Carta de D. Pedro, Príncipe Regente de D. Afonso VI de Portugal, com o título de visconde do Barbacena por carta de 19 de dezembro de 1661, título que continuou nos seus descendentes.[1Comendador da Ordem de Cristo, 5.º senhor da vila de Barbacena de juro e herdade, general de artilharia e cavalaria na província do Alentejo, governador das armas da Beira, do partido de Castelo Branco, do conselho de guerra, governador e capitão-general do Brasil. Serviu na guerra da aclamação de D. João IV de Portugal, em que se tornou muito distinto. A nomeação de governador e capitão-general do Brasil é de 1671, e durante o tempo do seu governo, ordenou a exploração das minas de esmeraldas.Ocupou o cargo de Governador-Geral do Estado do Brasil quatro anos, entre 1671 e 1675, quando ali morreu em 8 de outubro.A 30 de abril de 1672 deu carta patente de primeiro chefe da empresa de descobrir minas e pedras preciosas no sertão brasileiro, o bandeirante Fernão Dias, de São Paulo, chefe de uma grande bandeira com o pomposo título de «governdor das esmeraldas e da conquista dos índios Mapaxós.»O historiador mineiro Diogo de Vasconcelos, porém, em sua «História das Minas
, fala em carta patente de 20 de outubro de 1672, com os poderes de estilo, nomeando-o chefe e governador de sua leva e das esmeraldas. Esta bandeira famosíssima não descobre esmeraldas mas desvenda terras ainda desconhecidas e torna célebre o nome de Fernão Dias Pais.Comenta o livro «Ensaios
, Editora Anhambi, São Paulo, 1958, página 636: «Quer-nos parecer que a este Governador Geral se deve o mais longínquo emprego até hoje divulgado do adjetivo ´paulista´, ocorrente numa ordem expedida em 27 de julho de 1671. O gentílico deve ter-se generalizado rapidamente. Na documentação municipal de São Paulo aparece pela primeira vez em ata de 27 de janeiro de 1695.»Segundo «Nobreza de
, Tomo II, página 371, teria consagrado «enorme actividade à exploração interior da colónia, em especial o sertão do Piauí, sendo cruel na repressão das pequenas rebeldias dos indígenas. Também enviou uma expedição de castigo a Angola, submetendo alguns sobas que não obedeciam aos que, do Brasil, iam ali abastecer-se de escravos negros. Teve a miragem das minas de esmeraldas e de prata. Um explorador que achara um jazigo deste metal interessou-o na exploração. O governador mandou do Reino um filho, Jorge Furtado de Mendonça, espalhar a boa nova e conseguiu os elementos de exploração. Mas o explorador morreu de repente sem deixar nota do local do jazigo e o facto encheu o governador de tão profundo desgosto que pouco tempo depois sucumbiu.»Casou-se com sua prima D. Maria de Távora, última filha de João Furtado de Mendonça. Seu filho Jorge Furtado de Mendonça, morto em 1708, foi o 2º visconde de Barbacena.