O rio das Velhas é um curso de água do estado de Minas Gerais. Suas nascentes estão localizadas na cachoeira das Andorinhas, município de Ouro Preto. É o maior afluente em extensão do rio São Francisco, desaguando neste em Barra do Guaicuí, no município de Várzea da Palma.
Origem do nome
Segundo o escritor Aníbal Machado, nascido em Sabará, esse rio era conhecido pelos índios locais como Uaimií (Waimi´y), e pelos bandeirantes como Guaicuí, de onde vem o nome Barra do Guaicuí para o lugar onde deságua no rio São Francisco. Na língua tupinambá, gwaimi significa ´velho´ e o -i/-y final significa ´rio, água´, tanto em Guaicuí como em Waimi´y.
Importância histórica
O rio das Velhas teve grande importância histórica para o desenvolvimento da região central de Minas Gerais, tendo sido um dos principais caminhos através dos quais se desenvolveu o ciclo do ouro. A partir de sua nascente, o rio das Velhas passa por outras cidades históricas da região como Sabará, Santa Luzia e Belo Horizonte.
Pesquisas acadêmicas recentes que indicam que o rio das Velhas pode ter sido o caminho original da descoberta do ouro em Minas Gerais. Por essa teoria, exploradores vindos do nordeste teriam subido ao longo das margens do rio São Francisco e depois do rio das Velhas. É uma rota bem mais longa do que o caminho a partir do Rio de Janeiro ou de São Paulo, mas é um caminho mais natural. Chegando à região central de Minas Gerais, os exploradores descobriram ouro e pedras preciosas. Somente então, sabendo da localização aproximada, os paulistas teriam subido através da mata e das serras, por um caminho muito mais curto, mas também mais árduo e perigoso. A disputa pelas minas existentes na região levou à Guerra dos Emboabas, ao fim da qual a região - antes pertencente à Capitania de São Vicente - foi elevada à condição de Capitania, administrada diretamente pela Coroa portuguesa.[carece de fontes]