titulo:Fábrica de Ipanema: Antonio Manjolo, Manoel Teixeira e José Garcia (66)
Fábrica de Ipanema: Antonio Manjolo, Manoel Teixeira e José Garcia (18 de Junho de 1835) Wildcard SSL Certificates

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Fábrica de Ipanema: Antonio Manjolo, Manoel Teixeira e José Garcia
18 de junho de 1835, quinta-feira
Ver ano (1835)
 registros


Correspondência de João Bloem a Francisco Antônio de Souza Queiroz:

Segundo consta um escravo apreendido daqueles que fugiram do tronco; foram os outros pelo caminho de São Paulo para Santa Cruz; faz- se muito preciso vigilância sobre um escravo Antonio Manjolo que fugiu na mesma ocasião, de boa estatura, com os sinais de Nação Monjolo na cara, e tem mais umas contusões de brigas na testa e rasgada a boca por um lado.

O escravo é carpinteiro antigo na Fábrica, e em máquinas; é provável que ele fosse para Santa Cruz, visto que Joanna do Espírito Santo que fugira em outra hora era a escrava para casar com o referido Antonio Manjolo; este fala alguma coisa embaraçado por ter encalhado com os queixos numa máquina; e também José Garcia, de boa estatura escravo de Santa Cruz, carpinteiro, estes escravos fazem falta nos concertos das máquinas.

Manoel Teixeira fugiu a terceira vez, crioulo, muito baixinho, de 40 anos mais ou menos; e João Mariano, segunda fugida já foi preso em outra ocasião nesta cidade.

Junto remeto a Vossa Excelência dois requerimentos dos escravos que fugiram para Vsa. Exa. mandar o que for devido, será de absoluta necessidade. [*10]

Este último documento relata parcialmente a história do escravo João, de nação Monjolo, um cativo no qual as autoridades de Ipanema estavam sempre “de olho”, pois já havia fugido outras vezes; era um dos funcionários mais antigos do empreendimento. Além disso, podemos perceber como as escapadas individuais ou em pequenos grupos prejudicavam o bom andamento da produção, assim como era motivo de preocupação da direção da Fábrica, da polícia e das autoridades da Província de São Paulo.

Outro ponto a ser destacado acima é a referência ao casamento entre escravos, fato demasiadamente importante quando se analisa o cotidiano dos cativos no plantel fabril. Eles pediam autorização aos diretores de Ipanema para se casarem entre si, e quando isso ocorria faziam questão de salientar o fato de terem sido ótimos trabalhadores, pacíficos e de não terem fugido.

Para os escravos, tal medida era um passo muito importante em suas vidas, porque era uma forma de sobrevivência cultural, afetiva, psicológica e emocional. Já para os senhores, num primeiro momento a iniciativa tornava os cativos mais dependentes, mas a longo prazo isso se transformaria em arma simbólica a fim de sobreviverem ao ambiente escravista

No final de 1568, quase 100 anos antes da "fundação oficial (1654)" de Sorocaba, foi nestas aldeias do médio Tietê, talvez no rio Sorocaba, que Domingos Luís Grou foi se refugiar, depois de cometer um homicídio.


Anchieta*...
01/12/1568

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