titulo:Falecimento do líder indígena Tibiriçá, cacique dos Guaianase de Piratininga significa o “principal da terra” (109) Falecimento do líder indígena Tibiriçá, cacique dos Guaianase de Piratininga significa o “principal da terra” (25 de Dezembro de 1562)
Tibiricá, em 25 de dezembro do mesmo ano, começou a ficar muito doente, vítima de uma peste. A notícia que estava mal e prestes a falecer reuniu muitos índios e padres da vila. A tarde Tibiricá faleceu. Seu sepultamento aconteceu com pompa no Centro de São Paulo, onde foi enterrado e teve seu túmulo colocado na cripta da Igreja da Sé.
No ato estiveram presentes João Ramalho e sua família, sua mulher Bartira, seus muitos filhos e netos. O local de importância de seu enterro foi escolhido como reconhecimento à sua bravura nas batalhas em que protegeu a região. 1562 — Morre em São Paulo o célebre Martim Afonso Tibiriçá este nome significa o “principal da terra”, segundo Batista Caetano) cacique dos Guaianase de Piratininga, convertido à fé Católica por Anchieta e Leonardo Nunes. Meses antes, defendera vitoriosamente a nova vila de São Paulo, quando atacada por Arari, de quem era irmão 10 e 11 de julho de 1562)
“Morreu o nosso principal, grande amigo, e protetor Martim Afonso”, dizia Anchieta em carta de 10 de abril do ano seguinte. Tibiriçá era sogro de João Ramalho. [1]
Cacique guaianá, irmão de Araraí e de Caiubi. Aliciado pelo genro branco João Ramalho, o famoso cacique tornou- se aliado dos invasores. Foi um grande benfeitor dos estrangeiros, traindo os da sua própria raça, como fez Araribóia. Quando Tomé de Sousa criou a vila de Santo André, 1553, Tibiriça não se opôs. Cumpriu as ordens desse governo e continuou servindo aos que o sucederam. Se não fosse ele e a sua grande prole os jesuítas não teriam fundado São Paulo. De grande resistência física, era considerado o maior arqueiro do planalto. Não tinha medo de nada; apesar disto seu temperamento era muito sensível. Tornou- se tão amigo dos jesuítas Nobrega e Anchieta) que chegou até a brigar com o genro e tornou- se inimigo de muitos dos seus parentes, inclusive Araraí. Conta- se que certa vez os guainases aprisionaram um inimigo e o entregaram ao chefe. Na taba indígena preparou- se um grande festim e quando Tibiriça, todo empenachado, se prepara para devorar o inimigo, apareceram os missionários e o desarmaram. O cacique assoviou, bateu o pé e o arco e acabou deixando o prisioneiro. Como colaborador dos invasores recebeu o hábito de Cristo e uma tença anual. Morreu na sua choupana, que ficava no atual Largo de São Bento, a 25 de dezembro de 1562, vitima desinteria trazida pelos escravos dos portugueses das vilas vizinhas. [2]