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Estado de calamidade pública e luto oficial na enchente de 82 (6 de Fevereiro de 1982) Wildcard SSL Certificates

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Estado de calamidade pública e luto oficial na enchente de 82
6 de fevereiro de 1982, sábado
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06/02/2016 - 12:58Estado de calamidade pública e luto oficial na enchente de 82 Foto: Divulgação Estado de calamidade pública e luto oficial na enchente de 82

Foram 288 famílias atingidas, com muita destruição em meio a lama nas casas da Barra Funda, mais seis mortes sendo uma vítima no Curtume e outras cinco na Barra Funda. E ainda, o deslocamento de trilhos na estrada férrea, o comprometimento total da antiga igreja São João Batista e um cenário de devastação na fábrica de tecidos Votorantim.

O dia 6 de fevereiro de 1982 ficou marcado como a pior enchente registrada em Votorantim. Poderia ser comparada com a de 1929, porém nessa não houve vítimas fatais e foi programada, com as comportas sendo abertas na represa de Itupararanga.

Roberto Ruiz, morador do bairro da Chave, teve a vida marcada pela tragédia de 82. Houve a morte da mãe Ondina Rocha e do irmão solteiro Ronaldo Ruiz, já seu pai Domingos, o popular Mingo, foi medicado e como desabrigado o encaminharam à escola Daniel Verano. A família Ruiz morava na rua João Tobias, nº 20, na parte baixa da Barra Funda.

“Estava casado havia quatro anos, morava com a esposa e um filho na rua Heitor Avino. A cada dois dias, após trabalhar no primeiro turno na fábrica de tecidos Votorantim me deslocava até a Barra Funda para visitar meus pais. Agora não os tenho e sofro muito pelo que ocorreu. A enchente foi num sábado, fico imaginando que seria pior se acontecesse um dia antes, com tantas crianças estudando na Escola Comendador ou se ocorresse durante o horário da missa” comenta Roberto.Foi uma tromba d’água muito forte e rápida. Dos altos da Serra de São Francisco as vertentes se avolumaram e o aumento da vazão deu velocidade às águas que destruíram sete açudes e que contavam com represamentos por meio de cercados e barrancos. As águas se concentraram no córrego do Cubatão e chegou com muita força na Barra Funda.“Meu pai contou, junto a outros sobreviventes, que foi tudo muito rápido. Em cinco minutos começou a alagar a parte baixa do bairro e pouco depois estava com quase dois metros de altura. Quando começou a encobrir os pés dos moradores, eles foram saindo de suas moradias. Na casa dos meus pais a porta que era de madeira estufou e não abria, então tiveram que pular a janela. Quando saíram as águas já estavam com um metro de altura” comenta Roberto.No momento desesperador só dava tempo de tentar salvar a vida. Na casa da família Ruiz, como nas demais moradias, havia a criação de animais. Mingo, o pai de Roberto, tinha 60 passarinhos, sendo metade em gaiola e outra parte em viveiro. Todos morreram.“Meu pai no meio do sufoco se agarrou num poste de cimento e conforme as águas iam subindo, ele escalava, até que chegou numa altura e todo machucado, quase sem forças para se manter, conseguiu se jogar num telhado e ficou desacordado até a chegada do socorro” retrata o filho Roberto.Enquanto acontecia a enchente na Barra Funda, Roberto Ruiz estava no Bairro da Chave onde foi alagado, porém sem a mesma gravidade. Ele tentava salvar os bens materiais que podia e nem imaginava o risco exposto pelos demais familiares no outro bairro.“Nessa enchente também faleceram a dona Cida, dona Ermínia e dona Isabel da escola Comendador. Minha mãe Ondina e meu irmão Ronaldo estavam próximos um do outro. Meu irmão conseguiu subir num telhado, já minha mãe estava perto do popular Minero. Ali estava estacionada uma perua Kombi, com a força das águas o veículo flutuou e veio desgovernado em direção a eles. Resultado é que a correnteza levou minha mãe e meu irmão vendo a cena se desesperou e pulou do telhado para salvá-la, também foi levado pela enxurrada” lamenta Roberto.Passado o temporal e as águas baixando, a noiva de Ronaldo foi a casa do irmão Roberto e chorando disse que não localizavam seus familiares. Roberto encontrou seu pai no abrigo montado na escola Daniel Verano e posteriormente os corpos do irmão Ronaldo e da mãe Ondina.“Chamou-me a atenção logo após a enchente, que na casa de meus pais a geladeira da cozinha e a tv da sala foram parar no quarto, tudo muito revirado e o barro com quase um metro de altura. Mas algo ficou intacto, minha mãe mantinha posicionada na parte alta de uma cômoda a imagem de Nossa Senhora Aparecida e outras pequenas esculturas. Provavelmente a cômoda flutuou com as águas, mas não virou. Os símbolos de religiosidade ficaram intactos e não caíram.” finaliza Roberto. (Cesar Silva é jornalista formado pela Uniso, gestor público pós-graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), membro da Academia Votorantinense de Letras, Artes e História e autor de dois livros sobre a História de Votorantim) Coluna publicada na página 13 da edição 154 da Gazeta de Votorantim de 6 a 12 de fevereiro de 2016

Até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui 15 de maio de 1648, sexta-feira


Jaime Zuzarte Cortesão
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