| No dia 25 de agosto de 1963 um morador de Sorocaba que intitulava "Procônsul Sérgio" enviou um manifesto contra a Reforma Agrária para jornais de todo o país, insistindo para que fosse publicado. O jornal "Ultima Hora" de Pernambuco atendeu o pedido publicou o texto no dia 25 de setembro [11]:
Sob o título “Apareceu mais (um) doido no Palco da Reforma Agrária”:Como se já não bastassem os doidos prós e contras á Reforma Agrária, agora surgiu mais este, que enviou a sua proclamação de protesto, ameaçando ocupar militarmente o Brasil, ajudado pelos sargentos da Força Pública de São Paulo, que talvez nem saibam que estão comprometidos no levante.
O texto alertava sobre o perigo que corria a reforma agrária. A qualquer momento o Procônsul reuniria as suas forças para retomar as propriedades privadas, e berrar “non duco, ducor” para a plebe. E ninguém iria poder fazer nada porque, conforme estava esclarecido na proclamação, ele estia querendo salvar o regime, uma vez que a Monarquia caiu justamente porque “roubaram-lhes” os escravos.
O projeto de Reforma Agrária, conforme ninguém ignorava, estava com mais emendas que a adultora de Guandu, e propunha mais uma, aquela que contornasse o caso criado pela Coluna Senador Vergueiro. Talvez a solução fosse devolver os escravos ao Procônsul Sérgio, desde que ele concordasse com a Reforma.
O mais recente “erererê” agrário se intitula Procônsul Sérgio, morador de Sorocaba e, mandou imprimir sua proclamação, que ora transcrevo para os leitores:
Coluna Senador Vergueiro:
Como Comandante Chefe da Coluna Senador Vergueiro, Coluna esta, integrada por descendentes diretos ou indiretos, parentes, afins e cultuadores da memória do grande Estadista que integrou a Regência Provisória, Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, venho à público, declarar o seguinte:
Que me dite bem o Governo, antes de pretender retalhar a propriedade rural dos paulistas, lembrando-se de que foi também um assalto ao patrimônio privado (Abolição da Escravidão no Brasil), que deitou por terra a Monarquia.
Com a patriótica e espontânea colaboração dos valorosos Sargentos de nossa briosa Força Pública, a Coluna Senador Vergueiro não vacilará em sair (sic) à rua para defender o patrimônio privado que, através de quatro séculos, foram acumulados pelos intrépidos Bandeirantes que bradaram bem alto "No duco, ducor".
SOROCABA EM 1963
22/02 - Azulão obteve acesso à Divisão Especial do Futebol Paulista. O estádio, passou a ser chamado de Estádio Dr. Humberto Reale [4]
23/02 - Recepção em Sorocaba dos jogadores do São Bento que haviam conquistado o acesso à elite do futebol paulista [5]
12/02 - Urbano Pádua Alves Araújo se torna o 39º diretor da Estrada de Ferro Sorocabana no dia 12 de fevereiro [3]
04/03 - Paulo Pence Pereira comunicou aos colegas maçons a aquisição da editora [6]
08/03 - A Vila dos Velhinhos de Sorocaba, entidade beneficente de assistência social, reconhecida de Utilidade Pública Municipal, pela Lei nº 1.061 [7]
23/04 - Mobilização de Sorocaba em favor da implantação de um hospital para tratamento de pessoas com câncer [8]
04/10 - Devido a greve, as oficinas da Sorocabana eram policiadas pela cavalaria [12]4 DE outubro DE 1963 - Adhemar sobrevoa cidades grevistas [13]
18/10 - Candidato perdeu por um voto após eleitores escreverem seu apelido na cédula [15]
20/10 - Carmem Carlos, a heroína que morreu para salvar o irmão cego [16]
30/10 - São Bento vence Santos de Pelé por 3 x 2 em Sorocaba [17]
25/11 - Os ferroviários da Sorocabana continuavam em greve e deram novo ultimato ao governador Adhemar de Barros [18]
02/12 - Realizado plebiscito desmembrando Votorantim de Sorocaba, reduzindo significativamente o seu parque industrial [19]
02/12 - Doutor Artidoro Mascarenhas deixa a prefeitura [20]
03/12 - Doutor Emerenciano Prestes de Barros, então com 54 anos de idade, assume a prefeitura [21]
31/12 - Doutor Emerenciano Prestes de Barros deixa a prefeitura [22]
- O Circo Guaraciaba se instala em Sorocaba
- Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba mudou-se para a sua sede própria, na Rua da Penha, nº 748 [1]
- Porphirio Rogich Vieira começou a dedicar-se ao jornalismo e a literatura [2] |