| registros | 09/04/2025 16:27:59 |
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Atualização: 24/10/2021 00:07:01 |
| Segundo Manolo Florentino a cachaça (giribita) era um dos produtos mais valorizados na troca de escravos com Angola. O governador Rodrigo José de Mezes destaca suas propriedades fortificantes particularmente úteis para os escravos enfrentarem a lida do dia a dia.
Russell Wool destaca que a cachaça era muito apreciada na Baixa Guiné e África Central e a alternativa preferida aos vinhos e conhaques de Portugal e Madeira. Uma ordem régia de 1649 já proibira a venda de cachaça, no entanto a medida de difícil implementação a ponto do padre Vieira em 1662 denunciar que toda a cachaça produzida já estava vendida antes mesmo de sair dos alambiques.
Em 1659 em nova proibição as disposições régias previam que se o fabricante clandestino de aguardente fosse “homem de qualidade” seria condenado a seis meses de prisão além de multa de cem cruzados, se fosse escravo seria açoitado nas ruas. Em 1660 um aumento na tarifação da cachaça levou a uma revolta popular liderada por Jerônimo Barbalho Bezerra, quando Salvador Correi de Sá era governador do Rio de Janeiro.
A partir do século XVIII os portugueses cuidavam o comércio europeu, enquanto que os brasileiros ficavam com o comércio com a África, de modo que os traficantes brasileiros tornaram-se cada vez mais poderosos, com fortunas maiores do que muitos fazendeiros e mineradores, além de promoverem a produção local de produtos e um comércio interno.
Em 1743 a Coroa através de uma Ordem do Conselho Ultramarino proibira a produção de cachaça em Minas Gerais. Este mesmo dispositivo proibia a construção de engenhos de açúcar e aguardente, no entanto, depoimento do governador da capitania Antonio de Noronha de 1777 relata que a determinação vinha sendo burlada. Em 1798 existiam 253 engenhos de aguardente no Rio de Janeiro. |
Fontes/Referências:
| [1] 21/02/1649 | Carta régia que proíbe na Bahia e em seu recôncavo o uso do chamado vinho de mel e da aguardente de açúcar ou cachaça, por ser em grande prejuízo da real fazenda. | ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O ... | | [2] 23/06/1659 | “Bando que mandou lançar o governador Francisco Barreto sobre a proibição de vender aguardente, vinho de mel ou cachaça” | Arquivo Histórico Ultramarino,... | | [3] 08/11/1660 | O capitão Jerônimo Barbalho Bezerra depõe o governador da capitania Agostinho Barbalho Bezerra, posto no governo por Salvador Correia de Sá e Benevides, como seu delegado | Sampaio, Albino Forjaz. Salvad... | | [4] 01/01/1662 | *Já proibida a venda de cachaça, no entanto a medida de difícil implementação a ponto do padre Vieira em denunciar que toda a cachaça produzida já estava vendida antes mesmo de sair dos alambiques | ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O ... | | [5] 12/06/1743 | Conselho Ultramarino a proibiu a construção de engenhos a fim de diminuir o consumo de cachaça e estimular a importação do vinho metropolitano | "Alimento, bebida e droga: uma... | | [6] 01/01/1777 | *As primeiras notícias sobre a existência de engenhos de açúcar na região de Sorocaba aparecem | MENESES, José Newton. Os alamb... | | [7] 01/01/1798 | *Existiam 253 engenhos de aguardente no Rio de Janeiro | LIMA, Heitor Ferreira. Formaçã... | |
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