| Quando os europeus "descobriram" o Brasil, entre os nativos, haviam alguns "homens brancos". O mais ilustre deles é conhecido como "João Ramalho", o qual pouco se sabe. Sabe-se que teve mais de 200 filhos.
Anchieta se chocaria, como outros cronistas da época, com a liberdade sexual dos indígenas: “ as mulheres andam nuas e não sabem negarem-se a ninguém, mas até elas mesmas cometem e importunam os homens, jogando-se com eles nas redes, porque têm por honra dormir com os cristãos”.
Segundo Gilberto Freire “(...) o amor foi só o físico; com gosto só de carne, dele resultando filhos que os pais cristãos pouco se importaram de educar ou de criar à moda européia ou à sombra da Igreja. Meninos que cresceram à toa, pelo mato”.
Os autores sorocabanos afirmam que Suzana Dias, mãe dos "povoadores" de Sorocaba, Itu, Parnaíba e muitas outras cidades, era filha de Lopo Dias, sobrinha de João Ramalho e neta do Cacique dos Gauainase, Tibiriça. Autores, documentos e registros discordam.
Segundo a revista n.º 22 da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia, entitulada "Os Campos Bicudos da Cada de Suzana Dias":
“(...) assim, Suzana Dias, como seu avô, João Ramalho, dividia-se ( entre um mundo português e outro indígena. Levar esta herança dual, ela, com seu marido português, fez seu caminho para o deserto brasileiro (...)”
E segundo Taunay:
“Desde casal (Manuel Fernandes Ramos, português, e de Suzanna Dias, mameluca filha de João Ramalho) nasceram três tipos de singular robustes e excepcional energia: André, Domingos e Balthazar, os fundadores de Parnaíba, Itu e Sorocaba”. |